PORTUGAL - ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA EMIGRAÇÃO
A campanha para as eleições presidenciais de 23 de Janeiro e os seus resultados, confirmam plenamente a importância da decisão do PCP de intervir, com uma voz própria e autónoma, no debate e esclarecimento sobre a situação do País e os seus responsáveis, o papel e poderes exigidos ao Presidente da República e a imperiosa necessidade de uma ruptura com a política de direita capaz de abrir caminho a um Portugal mais desenvolvido, justo e soberano.
A candidatura de Francisco Lopes assumiu-se nestas eleições como a alternativa a Cavaco Silva e à política de direita, com que este está comprometido, e a votação que obteve constitui uma inequívoca afirmação de combatividade e de exigência de uma profunda mudança na vida nacional. Este apoio contará, como nenhum outro, para a necessária e imprescindível continuação da luta contra as injustiças e o processo de declínio nacional para o qual PS, PSD, CDS e Cavaco Silva têm arrastado o País.
A incompetência e o desrespeito do Governo PS/Sócrates ficaram, uma vez mais, demonstrados quer na elaboração dos Cadernos Eleitorais enviados para os Consulados, de onde desapareceram eleitores que sempre votaram, quer pela falta de uma campanha de incentivo ao recenseamento e de esclarecimento aos eleitores que tiraram o seu Cartão de Cidadão em Portugal, ficando aqui recenseados e deixando de poder votar nos países onde se encontram.
A fraquíssima participação no acto eleitoral – 5,3% - confirma a justa exigência do PCP para que as autoridades portuguesas criem as condições necessárias para os emigrantes exercerem os seus direitos cívicos, respeitando assim a Constituição da República.
Os resultados eleitorais da candidatura de Francisco Lopes nas Comunidades Portuguesas confirmam a justeza da decisão tomada e a campanha eleitoral mobilizou as organizações, camaradas e amigos, para uma maior intervenção na defesa dos direitos dos emigrantes, na participação na vida nacional, na luta por um Portugal desenvolvido, independente e progressista.
Esta batalha eleitoral faz parte das batalhas mais amplas que o PCP está a travar contra a política do actual Governo, com o apoio explícito do Presidente da República; faz parte da luta que travamos por uma política que defenda os interesses das nossas comunidades, que respeite os direitos laborais, as carreiras dos funcionários consulares, dos assistentes sociais e dos professores; faz parte da luta que promova a nossa cultura e língua e valorize o movimento associativo como parte integrante da nossa identidade e como veículo de divulgação de Portugal; faz parte da exigência de uma forte valorização das remessas dos emigrantes, necessárias ao combate ao défice e ao desenvolvimento do país.
Estas eleições foram uma batalha pelos ideais libertadores do 25 de Abril, pela construção dum Portugal soberano, alicerçado na dignidade da pessoa humana e na vontade popular, empenhado na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
A LUTA CONTINUA!
A Direcção da Organização na Emigração (DOE) do PCP saúda todos os eleitores que deram a sua confiança à candidatura de Francisco Lopes, garantindo-lhes que este foi um voto certo, o voto que o PCP respeitará, em todas as circunstâncias, na luta pela defesa dos direitos dos emigrantes.
A DOE do PCP saúda muito particularmente os seus militantes, os amigos e simpatizantes que, com o seu trabalho, fizeram chegar a voz e as propostas do PCP a todos os cantos do Mundo.
A DOE do PCP
Direcção da Organização na Emigração (DOE) do PCP
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