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Mostrando postagens de setembro, 2012

Pacífico encrespado

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Pacífico encrespado por Luís Carapinha   Sinais inquietantes continuam a chegar da região que a estratégia de hegemonia dos EUA apelida de Ásia-Pacífico. O quadro de disputas cruzadas e instabilidade em que a China é perfilada como o «alvo a abater» tende a adquirir contornos permanentes. A «cartada territorial» volta a ser esgrimida e instrumentalizada em toda a linha dos mares da China. Sinónimo do avolumar de tensões, a Cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático realizada em Julho terminou sem comunicado conjunto, o que acontece pela primeira vez em 45 anos de história. A última gota nesta perigosa corrente de escalada foi lançada nas últimas semanas pelo Japão por via do anúncio relativo à propriedade da ilha Diaoyu no Mar Oriental da China. A atitude provocadora do desacreditado executivo de Yoshihiko Noda do Partido Democrático Japonês não constitui apenas uma perigosa manobra demagógica de um nacionalismo bafiento a que se presta, desta feita, a precária social

DECLARAÇÃO CONJUNTA ELN E FARC SOBRE OS DIÁLOGOS DE PAZ NA COLÔMBIA

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Encontro FARC com o ELN DECLARAÇÃO CONJUNTA ELN E FARC SOBRE OS DIÁLOGOS DE PAZ NA COLÔMBIA O Exército de Libertação Nacional (ELN) e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), inspirados nos mais profundos sentimentos de fraternidade, solidariedade e camaradagem, com otimismo e moral de combate elevada, estreitados em um forte abraço de esperança na mudança revolucionária, nos reunimos para analisar a situação política nacional e internacional, os problemas da guerra e da paz na Colômbia e avançar no processo de unidade que, desde o ano de 2009, forjamos, passo a passo, com o propósito de fazer convergir ideias e ações que nos permitam enfrentar junto ao povo a oligarquia e o imperialismo como elementos que impõem a exploração e a miséria em nossa pátria. A nossa inflexível determinação é continuar a busca de uma paz que signifique o estabelecimento da verdadeira democracia, a soberania popular, a justiça social e a liberdade para a Colômbia e par

Acumulam-se as nuvens da guerra

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Acumulam-se as nuvens da guerra Não ao envolvimento! Não à participação!  por KKE  1. A crise capitalista, as dificuldades que a União Europeia mostra em a gerir – especialmente na zona do euro –, assim como os EUA, as suas consequências mesmo em países que ainda têm altas taxas de desenvolvimento, reforçam a competição, as contradições e a agressividade imperialista no sudeste asiático, no Mar Cáspio e na Ásia central, em África e na América Latina. A evolução dos acontecimentos no Mediterrâneo oriental, e não só, é particularmente perigosa. Este facto é visível na concretização do plano imperialista que visa o alargamento da actividade dos grandes grupos empresariais dos estados membros da UE e dos EUA no Médio Oriente, no Norte de África, no Golfo Pérsico, assim como a aquisição de vantagens geoestratégicas na competição frente à Rússia, à China, e à aliança do BRICs que ameaça a supremacia dos EUA na pirâmide imperialista. Esta situação está ligada à canalização do capital

Ler e estudar Lénine - Materialismo e Empiriocriticismo

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Ler e estudar Lénine - Materialismo e Empiriocriticismo Maria da Piedade Morgadinho     Em Outubro de 1908 Lénine, então no exílio, dava por concluída a sua obra Materialismo e Empiriocriticismo. Notas críticas sobre uma filosofia reaccionária, que viria a ser publicada, em Moscovo, em Maio de 1909. Há, portanto, 103 anos. Para a sua elaboração, Lénine procedeu a uma profunda investigação. Releu as obras filosóficas de Marx e de Engels e de filósofos seus contemporâneos. Calcula-se que tenha consultado mais de 200 fontes de filosofia e ciências naturais. Lénine sentiu a necessidade de escrever esta obra num período de complexas mudanças sócio-económicas no mundo inteiro, no quadro de uma aguda luta política e ideológica da classe operária contra a burguesia. Os finais do século XIX e começos do século XX foram anos de passagem do capitalismo pré-monopolista ao imperialismo, fase superior do capitalismo. A concentração dos recursos económicos e financeiros nas mãos de umas quan

O apartheid na África do Sul não morreu

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O apartheid na África do Sul não morreu por  John Pilger A teoria racista do “desenvolvimento separado” seguiu uma linha que vai dos primeiros monopólios da De Beers até à Marikana de hoje. Inspira-se numa ordem global dos “livres mercados” mantida pela força. O assassínio de 34 mineiros pela polícia sul-africana, a maioria atingida pelas costas, acaba com a ilusão da democracia pós-apartheid e revela o novo apartheid mundial do qual a África do Sul é modelo tanto histórico como contemporâneo. Em 1984, muito antes da infame expressão afrikaans antecipar “desenvolvimento separado” para a maioria do povo da África do Sul, um inglês, Cecil John Rhodes, supervisionou o Acto Glen Grey na então Colónia do Cabo. Fora ele preparado para forçar os negros da agricultura a formarem um exército de mão-de-obra barata, principalmente para as minas de oiro recentemente descobertas e outros minerais preciosos. Como resultado deste darwinismo social, a empresa De Beers de Rhodes desenvolveu-se ra

Belo Monte é a forma de viabilizar definitivamente a mineração em terras indígenas

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Indios contra  Belo Monte Belo Monte é a forma de viabilizar definitivamente a mineração em terras indígenas “A pretensão de apresentar uma visão de futuro calcada no desenvolvimento do setor mineral brasileiro com objetivo estratégico de sustentabilidade é, no mínimo, ofensiva”, afirma a pesquisadora Telma Monteiro , em artigo publicado no sítio Correio da Cidadania, 11-09-2012. Eis o artigo. Pode-se começar essa história ainda no Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) de Belo Monte no capítulo que fala dos direitos minerários na região da Volta Grande do Xingu. Nele consta que há 18 empresas, entre elas a Companhia Vale do Rio Doce(requerimento para mineração de ouro), com requerimento para pesquisa, 7 empresas com autorização de pesquisa e uma empresa com concessão de lavra (CVRD, concessão para extração de estanho) na região onde estão construindo Belo Monte.   Eram, na época de realização dos estudos ambientais, 70 processos incidente

O jogo dos espelhos

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O jogo dos espelhos por Jorge Messias   Quanto aos pobres (e novos pobres) deixarão de existir por razões naturais (doenças, fome, condições de vida, suicídios, decréscimo dos nascimentos, etc.). Se o ritmo for mais lento do que o desejável, existirá então o recurso à mágica receita dos cataclismos e das guerras devastadoras.   « Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém for tão pobre que tenha de se vender a alguém » ( Jean-Jacques Rousseau, «Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens») .   « Dinheiro, é bom! Mas certifica-te, sempre, de quem é dono de quem!... » ( Vítor Hugo, «Reflexões») . « O proletariado é o edificador do mundo moderno. Construiu as cidades e as fábricas. Produziu quase todos os objectos correntes da existência. Vive no meio das suas obras, num mundo transformado e humanizado pelas suas mãos . Senhor e dominador da Natureza, o operário é contudo possuído pelo capitalista e é afastado

Olga Benario Prestes

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76 anos da extradição ilegal de Olga Benario Prestes para a Alemanha nazista pelo governo de Getúlio Vargas No dia 23 de setembro de 1936, grávida de sete meses, Olga Benario Prestes era extraditada para a Alemanha nazista pelo governo de Getúlio Vargas. Junto com Elise Ewert, outra comunista e internacionalista alemã que participara da luta antifascista no Brasil, foi embarcada à força, na calada da noite, no navio cargueiro alemão La Coruña , viajando ilegalmente, sem culpa formada, sem julgamento nem defesa. O comandante do navio recebeu ordens expressas do cônsul alemão no Brasil para dirigir-se direto a Hamburgo, sem parar em nenhum outro porto estrangeiro, pois havia precedentes de portuários espanhóis e franceses resgatarem prisioneiros deportados para a Alemanha, quando tais navios aportavam à Espanha republicana ou à França. Após longa e pesada travessia, as duas prisioneiras foram conduzidas incomunicáveis para a prisão de mulheres de Barnimstrasse, em Berlim, onde O

A ditadura da austeridade, a ditadura dos mercados II : A exploração do trabalho aumenta

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A exploração do trabalho aumenta por Vito Giannotti "É claro que o mundo mudou, que a realidade do trabalho mudou, mas o fundamento do lucro do capital continua a ser a exploração e a opressão dos trabalhadores "  Há pessoas politicamente cegas, que pensam que o mundo do trabalho mudou. A exploração não é mais aquela dos séculos 19 ou 20. Por isso, é preciso mudar a política. A classe operária não está mais na miséria como antigamente. Esse é o papo de quem quer justificar o abandono da luta pelo socialismo e de sua adesão ao pensamento neoliberal. Isto é a aceitação do pensamento único, há 30 anos hegemônico. É claro que o mundo mudou, que a realidade do trabalho mudou, mas o fundamento do lucro do capital continua a ser a exploração e a opressão dos trabalhadores. A imposição de condições de vida e trabalho absolutamente desumanas. E o capital hoje, como sempre, prende, tortura e mata quem contesta ou faz morrer de miséria e de exploração sem fim.

A ditadura da austeridade, a ditadura dos mercados e sua ofensiva contra os trabalhadores - Agora o México!

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A classe operária deve organizar sem demora a sua defesa nas fábricas, nos locais de trabalho e nas ruas, esse será o cenário da batalha Declaração da Comissão Política do Partido Comunista do México Esta iniciativa de Reforma contém maioritariamente disposições que, no seu conjunto, representam o mais duro ataque alguma vez sofrido ao longo de várias gerações de operários no México, no sentido de reduzir o valor da força de trabalho. Legaliza a prática da subcontratação e a fuga às responsabilidades do patrão perante o IMSS. Facilita o despedimento e limita o direito a receber salários em atraso. Dificulta o direito a uma reforma e pensão dignas. Atira os operários jovens para a exploração mais cruel sob o eufemismo de «trabalho para treino». Admite o trabalho temporário por décadas ou para toda a vida, desde que não seja a mesma empresa, em cada seis meses, a beneficiar da nossa exploração e ruína Contra a desvalorização do Trabalho:  oposição total à Reforma laboral N

A exploração não tem cor

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A exploração não tem cor por Carlos Lopes Pereira Com a experiência da luta libertadora contra a dominação da minoria racista branca e dos 20 anos de governo da maior economia africana, os dirigentes do ANC sabem bem que a exploração não tem cor. E que, mais cedo do que tarde, terão de optar claramente entre aprofundar e fazer avançar a revolução democrática nacional ou traí-la.   O 11.º Congresso da COSATU, a grande central sindical da África do Sul, está a decorrer desde o início da semana e termina hoje, quinta-feira, em Midrand, a Norte de Joanesburgo. Devem ser reeleitos os principais dirigentes da organização, entre os quais o secretário-geral Zwelinzima Vavi, num sinal de que os sindicalistas procuram reforçar a unidade da central, numa altura em que se continua a registar greves, algumas ilegais, manifestações e confrontos com a polícia na zona mineira de Rustenburg, onde em meados de Agosto morreram 44 pessoas em Marikana. E onde surgiram críticas aos dirigentes do

A influência internacional da Revolução de Outubro

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A influência internacional da Revolução de Outubro por Jorge Cadima      Quando o jornalista norte-americano John Reed escolheu o título «Dez dias que abalaram o mundo» para o seu livro sobre a Revolução de Outubro, fez jus a um dos principais aspectos dessa grande revolução: o seu impacto internacional. Como não podia deixar de ser, a Revolução de Outubro tem a marca do quadro nacional onde se gerou e decorreu. Mas, quer na sua génese, quer nas enormes consequências que teve para a História da Humanidade ao longo dos 90 anos desde então decorridos, o que ressalta é sobretudo a dimensão internacional da Revolução bolchevique. As raízes internacionalistas da Revolução Os obreiros da Revolução de Outubro inscrevem-se na tradição histórica do movimento operário que, desde muito cedo, compreendeu e valorizou a natureza internacional da sua luta. Quando Marx e Engels escreveram, em 1848, o Manifesto do Partido Comunista, imortalizaram a consigna internacionalista «Proletários de todos o

Da «Europa conosco» à «Mais Europa!»

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Da «Europa conosco» à «Mais Europa!» por Rui Paz " São eles que há anos andam a saquear as receitas do Estado" Durão Barroso pronunciou no início de Setembro em Estrasburgo um discurso desastroso que lhe foi soprado pelas burguesias monopolista das grandes potências da UE e dos países periféricos, as quais cada vez mais isoladas e desacreditadas vêem no «federalismo» e num «super-Estado europeu» o seguro de vida para a sua política de exploração e opressão dos trabalhadores e dos povos dos seus países. A marcha para o abismo dos povos da UE que se acentuou com Maastricht, o euro, o BCE e o Tratado de Lisboa, e que agora se pretende aprofundar com o chamado Pacto Orçamental contou desde o início com a oposição dos trabalhadores e dos povos submetidos ao jugo do grande capital europeu. O partido único europeu constituído pelas suas duas principais componentes, a democracia-cristã e os partidos socialistas e social-democratas, optaram, sempre que lhes foi possível, po

FARC-EP : Acerca do nosso caráter político

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Acerca do nosso caráter político por Pablo Catatumbo (Membro do Secretariado das FARC-EP)  Somos um movimento de esquerda que luta pela superação do modelo económico e político existente, e por uma nação plena de dignidade e soberania. Acusam-nos, às FARC-EP de duas coisas. A primeira, de sermos a ferramenta para um verdadeiro desenvolvimento e consolidação da esquerda na Colômbia e a segunda, de sermos os arquitetos da mudança gradual da vida política para formas abertas de fascismo durante a última década.  São as FARC-EP um obstáculo que impede o avanço das tendências de esquerda na Colômbia?  A questão surge, a nosso ver, de duas situações: a ignorância sobre a nossa história e atividade como uma organização revolucionária, por um lado, e uma intenção óbvia de nos desligar da área das esquerdas na história do nosso país, por outro. É como se a nossa criação e desenvolvimento obedecesse a uma espécie de geração espontânea militar única na história universal. A realidad

Tragédia greco-portuguesa

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Tragédia greco-portuguesa  Mitos por ANTÓNIO IRIA REVEZ Um homem habitua-se a tudo, por mais desumana e cruel a realidade com que possa vir a ser confrontado. A repetição e o tempo se encarregam de entranhar no seu espírito, aquilo que de início lhe parecia estranho. Sobretudo se isso lhe acontecer cedo na vida. Assim sendo, essas ideias apoderam-se do indivíduo, colam-se-lhe à pele de tal forma que mal se consegue libertar. Felizes os que, por razões de variadíssima ordem, conseguem alcançar a liberdade e agir em conformidade com a sua consciência e a sua natureza. Maquiavel, esse eterno incompreendido, opinava, com razão ou sem ela, que não havia volta a dar, somos escravos dos nossos hábitos: «Ninguém deve confiar nas forças da natureza nem na jactância das palavras, se não estiverem corroboradas pelo hábito». Palavras aparentemente convidando à complacência e à aceitação daquilo que nos rodeia, sem espírito crítico, sem levantar dúvidas.   São de Marx as seguintes palav

A linguagem da verdade na luta de massas

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A linguagem da verdade na luta de massas por Miguel Urbano Rodrigues Em situações históricas como a actual os responsáveis pelas crises optam pelo auto elogio, enquanto se preparam para responder com a repressão ao protesto popular. Os Passos, Relvas e Companhia Lda esquecem que no movimento de fluxo e refluxo da História as grandes crises desembocam quase sempre numa contestação torrencial quando os povos, atingido um limite, não podem mais suportar a opressão da classe dominante e se mobilizam para lhe por termo. As medidas anunciadas pelo primeiro-ministro no dia 7 de Setembro - ostensivamente inconstitucionais - assinalaram uma vertiginosa galopada para a direita do governo mais reaccionário do País desde a Revolução de 1974. Passos Coelho pelo que disse, pela hipocrisia e até pelo tom, fez-me recordar falas de ministros de Salazar. Deles se diferencia não pelo conteúdo ideológico da «mensagem», mas porque alguns eram inteligentes e porque o que resta da herança de

Lições da História

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Lições da História por Jorge Cadima Há muito para aprender sobre o presente quando se olha para o passado. Por vezes situações históricas apresentam (apesar de naturais diferenças) semelhanças impressionantes com a actualidade. Um exemplo disso são os documentos relativos aos planos secretos anglo-norte-americanos, elaborados em 1957, para desestabilizar a Síria e criar condições para uma invasão por tropas estrangeiras e uma mudança de regime. Relata o jornal inglês Guardian (27 de Setembro de 2003) que documentos descobertos por um investigador nos arquivos do ex-ministro da Defesa do governo inglês chefiado por Harold MacMillan «revelam que em 1957 Harold MacMillan e o Presidente [dos EUA] Dwight Eisenhower aprovaram um plano da CIA e MI6 [serviços secretos ingleses] para encenar falsos incidentes de fronteira como pretexto para uma invasão da Síria pelos seus vizinhos pró-Ocidentais e para posteriormente "eliminar" o triumvirato mais influente de Damasco». E acrescen

A cábula

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Os animais, ás vêzes, nos dão importantes lições de como devemos agir. A cábula Anabela Fino O facto de Passos Coelho ter escolhido as 19.30 horas de sexta-feira para fazer o anúncio ao País das novas «medidas de ajustamento» – a palavra austeridade parece ter sido banida do léxico do Governo – suscitou inesperadas especulações. Que o momento foi escolhido por logo a seguir haver futebol na televisão, o mais eficaz anestésico nacional, disseram uns; que foi por ser véspera de fim-de-semana e Passos acreditar que o povão vai ao sábado e ao domingo a banhos à Caparica, deixando as preocupações em banho-maria até segunda-feira, aventaram outros...   Estava-se nisto quando uma foto veio esclarecer o parte do mistério: afinal o homem quis despachar o assunto para ir com a sua cara metade a um concerto, onde se terá divertido muito e juntado a sua bela voz à do público que fez coro com Paulo de Carvalho cantando a plenos pulmões «Nini dançaaava só para miiim».  

Análise da economia durante o curso da construção socialista na URSS

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Análise da economia durante o curso da construção socialista na URSS Relativamente à economia, com a formulação do Primeiro Plano de Planificação Central, situaram-se no centro do debate teórico e da luta política os seguintes assuntos: É a produção socialista produção de mercadorias? Qual é o papel da lei do valor, das relações mercadoria-dinheiro, na construção socialista? Consideramos incorrecta a análise teórica que diz que a lei do valor é uma lei de desenvolvimento do modo comunista de produção na sua primeira fase (socialista). Esta posição tornou-se dominante na década de 50 na URSS e na maioria dos PPCC. Esta posição fortaleceu-se devido à manutenção das relações mercadoria-dinheiro durante o trânsito planificado da produção individual à produção cooperativa. Esta base material acentuou as deficiências teóricas e as debilidades políticas na formulação e aplicação da planificação central. Durante as décadas posteriores, as políticas oportunistas debilitaram ainda mais a Pl

Economia Verde - O capitalismo mesmo tingido de verde não mudará a sua natureza agressiva e exploradora

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Economia Verde – Como privatizar a polinização das plantas por Vladimiro Vale O conceito Economia Verde é de facto um eufemismo que esconde um esquema ardiloso para justificar a aplicação das regras do capitalismo ao ambiente e à natureza. Como em qualquer esquema ardiloso, parte da identificação de problemas (neste caso ambientais) reais e graves e coloca objectivos nobres à cabeça, para depois começar a urdir a teia do engano, que neste caso é a da ingerência externa, a do condicionamento do desenvolvimento de países e a de aprofundamento de instrumentos que querem aplicar ao ambiente as regras de funcionamento do capitalismo. O conceito parte da ideia inicial de que destruímos a natureza porque não a valorizamos, para depois, à boa maneira capitalista, partir para misturar valor com preço e concluir que para conservar e proteger a natureza e as suas funções temos que lhes atribuir preço e colocá-las nos mercados. Como é óbvio as conclusões são «marteladas» para passar ao l

Todos os caminhos vão dar a Roma...

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Todos os caminhos vão dar a Roma... por Jorge Messias « Os factos demonstram que os países pobres da União Europeia não falam a mesma língua dos países ricos… Só a luta de classes – e só ela ! – pode abrir uma saída para a crise, ainda que esta situação não pareça viável a curto prazo...» (Umberto Martins , jornalista brasileiro especializado em economia política). «A Igreja Católica é uma grande empresa religiosa e, simultaneamente, económico-financeira. Não pode ser dirigida sem dinheiro . Por isso, o bispo Paul Marcinkus, antigo secretário do Instituto das Obras Religiosas, IOR, (instituição mais conhecida como Banco do Vaticano ), perguntava e respondia: “Pode viver-se neste mundo sem preocupações com o dinheiro? Não se pode governar a Igreja só com Avé-Marias ...”» Em 1960, a Igreja já controlava de 2% a 5% do mercado mundial de acções (Revista BULA, 22.8.2012). « A constante mudança do modo de produção, a permanente perturbação das formas de relação social, a interminável

O ideólogo anticomunista e antimarxista Michel Onfray atacou outra vez

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O ideólogo anticomunista e antimarxista Michel Onfray atacou outra vez  Annie Lacroix-Riz* Caros amigos,  Alguns correspondentes acabam de me alertar para as elucubrações de Michel Onfray, cuja actividade mediática consiste em denegrir toda a herança das Luzes e principalmente o marxismo, das quais este é um continuador essencial. Como se sabe, ele trabalha não apenas no plano filosófico mas também no plano histórico, sendo a história o seu domínio privilegiado de incompetência, tal como as suas pretensões. Sempre sem contradição, o que é mais seguro. Naturalmente, ele exerce o seu magistério em nome do «radicalismo» absoluto, sem concessões, método que faz lembrar aquele que usavam os sub-sinarcas (1) ideológicos de «esquerda» de antes da guerra. Uns, esquerdistas, bramavam, depois da assinatura do pacto franco-soviético de maio de 1935, contra os comunistas belicistas, sustentados pelo dinheiro do banco Worms, de Lemaigre-Dubreuil e que tais, e muitas vezes com o do Reich; o

Uma nova arma na tentativa de banalizar a imagem de Luiz Carlos Prestes

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Uma nova arma na tentativa de banalizar a imagem de Luiz Carlos Prestes por Anita Leocadia Prestes [*]     Já se passaram mais de 20 anos do desaparecimento de Luiz Carlos Prestes. Sua coerência com os ideais revolucionários a que dedicou toda sua vida, sem jamais se dobrar diante de interesses menores ou de caráter pessoal, sempre despertou o ódio dos donos do poder, levando-os à falsificação da História e das posições assumidas por Prestes para melhor poder caluniá-lo. Mesmo após seu falecimento, Prestes continua a incomodar os poderosos deste país, com insistência aparentemente surpreendente, uma vez que se trata de uma liderança do passado, que não mais está disputando qualquer espaço político. Presenciamos um esforço sutil, mas constante, desenvolvido através de modernos e possantes meios de comunicação, de dificultar às novas gerações o conhecimento da vida e da luta de homens como Luiz Carlos Prestes, cujo exemplo pode servir de inspiração aos jovens de hoje. Atualment

Fascismo: raízes históricas e ameaça actual

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Soldados psicopatas dos USA ostentando bandeira das SS Fascismo: raízes históricas e ameaça actual Por Jorge Cadima Nove décadas após a entrega do poder a Mussolini pelas classes dominantes italianas, o ascenso de forças de extrema direita e abertamente fascistas é uma realidade do continente europeu. Desde a glorificação oficial de veteranos das SS nas repúblicas bálticas, à entrada dos neo-nazis no Parlamento grego, o monstro ergue de novo a cabeça. Urge, pois, recordar alguns aspectos da natureza e do papel histórico do fascismo, bem como das cumplicidades que rodearam a sua ascensão. Para que não se voltem a repetir. A «Declaração de Praga» de 2008 equacionando «nazismo e comunismo» (deixando significativamente de fora a designação «fascismo») e a subsequente resolução do Parlamento Europeu criando um «dia Europeu de Lembrança das vítimas do Estalinismo e do Nazismo», tornaram doutrina oficial de regime a grotesca falsificação histórica de que fascismo e comunismo seriam

Revolução de Outubro - Erro ou necessidade histórica?

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Revolução de Outubro - Erro ou necessidade histórica? Domingos Abrantes      A questão, nos exactos termos em que está formulada, colocou-se a partir do momento em que a superação revolucionária do capitalismo entrou no campo das opções práticas e, desde então - apesar de decorridos que são 90 anos desde que o proletariado russo, sob a direcção de Lénine e do Partido Bolchevique, se lançou ao «assalto do céu» e o triunfo da revolução ter dado uma resposta inequívoca à questão colocada - o problema jamais deixou de estar no centro dos debates político-ideológicos que se prendem com o papel da classe operária e dos partidos revolucionários, com a natureza do capitalismo e as vias para o socialismo, com as questões da estratégia e da táctica revolucionárias relativas à necessidade da revolução ou não, para a superação do capitalismo. 1 - A história regista ao longo dos tempos vários casos de revoluções que influenciaram de forma determinante a vida dos povos e a marcha do mundo, ma

Os conteúdos escolares e a ideologia dominante

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Os conteúdos escolares e a ideologia dominante por Cátia Lapeiro É uma opinião largamente difundida pelo sistema capitalista que a educação seja algo de apolítico, ou, como se costuma frequentemente dizer, seja «neutra». Esta afirmação reflecte uma concepção de educação que prescinde dos elementos sociológicos que a condicionam, e cria o conceito de «educação pela educação», naquilo que é um espaço social. Ao contrário, se considerarmos a educação como determinada pela forma social dentro da qual se constituem as suas finalidades, e na qual deve ser realizada, este conceito acha-se imediatamente envolvido nos contrastes reais da sociedade, ou seja, inserido no contexto da luta de classes. A educação preenche um lugar insubstituível nas sociedades humanas, na construção da sua história e na estruturação das relações entre os homens. Por isso, a educação de massas é um dos mais potentes instrumentos de controlo das mesmas, como também pode ser um poderoso instrumento para a sua li

PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO SAÚDA A MILITÂNCIA DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS E DESEJA ÊXITO PARA A FESTA DO AVANTE

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PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO SAÚDA A MILITÂNCIA DO PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS E DESEJA ÊXITO PARA A FESTA DO AVANTE Há mais de noventa anos vigora a amizade fraterna e internacionalista entre os comunistas do PCB e do PCP, para muito além do idioma comum e da história entrelaçada dos nossos povos e dos nossos países. Fomos forjados sob a inspiração da Revolução Russa e sempre nos alinhamos sem vacilações no Movimento Comunista Internacional. Na vigência das ditaduras burguesas no Brasil e em Portugal, os comunistas perseguidos sempre encontraram solidariedade recíproca. Muitos portugueses militaram no PCB; muitos brasileiros militaram no PCP. Por isso, é com profunda tristeza que não pudemos enviar uma delegação do nosso Partido à generosa e combativa Festa do Avante. Quando recebemos um convite padrão da Secretaria Internacional do PCP, consultamo-la sobre a possibilidade de dispormos de um stand próprio na Festa e de podermos expor nossas posições políticas no tradicional Esp