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Mostrando postagens de 2014

O QUE OS POVOS INDÍGENAS PODEM ESPERAR?

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O QUE OS POVOS INDÍGENAS PODEM ESPERAR? por Yuri Vasconcelos* "Portanto, os Povos Indígenas não podem esperar nada da institucionalidade burguesa para esse próximo período. Os graves problemas vivenciados pelas comunidades indígenas não serão resolvidos pela manutenção e desenvolvimento do mercado e da economia capitalista, uma vez que esse modo de produção possui, em sua essência, a lógica do lucro, a mercantilização da terra, a degradação ambiental, a homogeneização da cultura e a exploração do homem pelo homem." A questão indígena no Brasil continua a ser um debate secundarizado ou mesmo abandonado pelas políticas públicas. Depois de séculos de extermínio sistemático e vários anos sendo considerados, legalmente, como seres inferiorizados e forçados a uma política integracionista e homogeneizadora, as políticas neoliberais na atualidade aprofundam o descaso do Estado brasileiro com as populações indígenas. Passadas as eleições 2014, as comunidades indígenas

A resistência palestiniana é uma necessidade

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Entrevista a Leila Khaled A resistência palestiniana é uma necessidade Isolar Israel e responsabilizar os criminosos sionistas, resistir à liquidação do povo e da causa palestiniana e garantir a unidade das forças nacionais, são os objectivos que Leila Khaled, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina e membro do Conselho Nacional Palestiniano, indicou como prioritários em entrevista ao Avante!, concedida à margem da sua participação no Seminário Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, realizado a 29 de Novembro, em Almada. Qual é o objectivo da sua participação, em nome da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), neste Seminário Internacional de solidariedade com o povo palestiniano? Fomos convidados pelas organizações portuguesas que promoveram o Seminário. A vinda a Portugal permitiu, ainda, que nos encontrássemos com todos os partidos e grupos parlamentares da Assembleia da República, incluindo o Partido Comunista Português.

Engels - Um salário justo por um dia de trabalho justo

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Um salário justo por um dia de trabalho justo Friederich Engels  ( 1 ) -  1881 "A justiça da economia política, na medida em que esta traduz verdadeiramente as leis que regem a atual sociedade, é uma justiça para um só lado – o lado do capital. Que o velho mote seja pois enterrado para sempre e substituído por outro: A apropriação dos meios de trabalho – matérias-primas, fábricas e maquinaria – pelos próprios trabalhadores." Este foi o lema do movimento operário inglês nos últimos 50 anos. Prestou bons serviços no período de crescimento dos sindicatos, depois da revogação, em 1824, da infame lei sobre o direito de associação 2 ; prestou ainda melhores serviços durante o glorioso movimento cartista 3 , quando os operários ingleses encabeçavam a marcha da classe operária europeia. Mas os tempos mudam, e muitas coisas que eram desejáveis e úteis há 50 anos ou mesmo há 30 anos, estão agora obsoletas e seriam completamente desadequadas. Será o caso desta antiga e cons

As reivindicações feministas

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As reivindicações feministas por J C MARIÁTEGUI "artigo publicado em 1924, no qual o espírito atento de repórter do autor registra o nascimento das lutas das mulheres em seu país." "O trabalho muda radicalmente a mentalidade feminina. A mulher adquire, em virtude do trabalho, uma nova noção de si mesma. Antigamente a sociedade a destinava ao matrimônio ou ao amancebamento. Aqueles que (hoje) rechaçam o feminismo e seus progressos com argumentos sentimentais ou tradicionalistas pretendem que a mulher seja educada só para o lar. A defesa poética do lar é, na realidade, uma defesa da servidão. Em vez de enobrecer e dignificar o papel da mulher, o diminui e rebaixa. A mulher é muito mais que uma mãe e uma fêmea, assim como o homem é mais que um macho." P ulsam no Peru as primeiras inquietudes feministas. Existem algumas células, alguns núcleos de feminismo. Os propugnadores do nacionalismo extremo pensarão provavelmente: aí está outra ideia exót

Terrorismo organizado

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Terrorismo organizado por Ângelo Alves  "Estamos a falar de brutais crimes, de terrorismo de Estado, de crimes contra a Humanidade que numa outra qualquer situação já teriam sido motivo de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU e muito possivelmente de uma agressão militar em nome da «liberdade» e contra a «ditadura». Da nossa parte tão somente exigimos que os responsáveis – executivos e políticos – sejam punidos, que as vítimas sejam compensadas e que por todo o Mundo se retire a lição: um dos factores de maior perigo na situação internacional são os EUA, o seu governo, as suas forças armadas e as suas agências de terrorismo organizado." O Senado norte-americano discutiu um relatório de 6000 páginas - das quais apenas 524 foram desclassificadas - sobre um assunto que mereceria a maior atenção de todo o Mundo. O pouco que se conhece do relatório confirma aquilo que já se sabia: a CIA, sob as ordens do presidente Bush, desenvolveu um chamado «programa

A diáspora portuguesa

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Emigração Causas e consequências por Anselmo Dias "Para essa gente que está no Governo – e para os seus mandantes –, a emigração, em termos globais, serve um propósito ideológico para vender a imagem do chamado «empreendedorismo», do desafio à capacidade individual de cada um na procura de soluções e na valorização do «self-made-man» que «prospera» e «enriquece no estrangeiro», ou seja, mentiras sobre mentiras.   Com os casos de «sucesso» – que existem –, muitos dos quais à custa de muito trabalho e sacrifícios, não se pode iludir a realidade em que vive e trabalha a maioria dos(as) portugueses(as) no estrangeiro" O empobrecimento da população cujo consumo próprio tem um peso expressivo no PIB havia de dar no que deu: um dramático crescimento do desemprego Quem, nos anos de chumbo do fascismo, no contexto da pobreza, da repressão a todos os níveis e da guerra colonial não se lembra dos milhares e milhares de concidadãos que através do «salto» ou por

UPPs nas favelas do Rio de Janeiro

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Cooperação em segurança entre Brasil e Colômbia:  como foram construídas e quais as consequências da implantação das UPPs nas favelas do Rio de Janeiro por José Alves de Sousa  "O modelo de segurança militarizada das favelas, até por se inspirar no modelo colombiano de policiamento por quadrantes de Bogotá e Medelín, guarda semelhanças com a política de “segurança democrática” do ex-presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez, continuada com o eufemismo da Política Integral de Segurança e Defesa para a Prosperidade, do actual presidente Juan Manuel Santos." Com o fim da Guerra Fria, os governos norte-americanos vitoriosos na “guerra contra o comunismo” ficaram sem seu inimigo principal, a URSS e o Pacto de Varsóvia, mas não desistiram de continuar mantendo em pleno funcionamento seu poderoso complexo militar-industrial, espinhal dorsal da economia, muito menos desarticularam seu braço armado representado pela OTAN. Portanto era urgente a necessidade de fabricar uma n

Portugal : Um Zoo humano de inimigos do povo

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Um Zoo humano de inimigos do povo por Miguel Urbano Rodrigues O governo Passos-Portas, a fauna que preenche o “comentário político”, a casta de aventureiros sem escrúpulos que a política de direita fez florescer tornam o país um microcosmos do capitalismo no seu estado mais apodrecido. Na tentativa de impedimento do direito à greve na TAP a questão já não é apenas a ostensiva ilegalidade. É a utilização, tal como nos tempos do salazarismo, do argumento das “motivações ideológicas” da greve. Este bando fascizante torna o país irrespirável. Diariamente, ao abrir o televisor e escutar o discurso do governo, sou sacudido pelo absurdo. Sinto-me projetado num teatro onde os atores se comportam no palco como seres extraterrestres. Eufóricos, dizem, com convicção e arrogância, coisas nunca ouvidas. Nem na época de Salazar gente tão insolente e corrupta se moveu nos terraços do Poder. Os ministros eram então mais cautelosos. Um estigma doloroso turva, contudo, a alegria da

A crise de 1929

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A crise de 1929 I.V. Stáline   ( 1 ) "Se o capitalismo pudesse ajustar a produção não para a obtenção do lucro máximo, mas para a melhoria sistemática da situação material das massas populares, se pudesse dirigir o lucro não para a satisfação dos caprichos das classes parasitárias, não para o aperfeiçoamento dos métodos de exploração, não para a exportação de capitais, mas para a elevação sistemática da situação material dos operários e camponeses, então não haveria crises. Mas então também o capitalismo não seria capitalismo. Para eliminar as crises é preciso eliminar o capitalismo." (…) Hoje, quando a crise econômica mundial desenvolve a sua acção destruidora, afundando camadas inteiras de pequenos e médios capitalistas, devastando grupos inteiros da aristocracia operária e de agricultores e condenado à fome milhões de trabalhadores, todos perguntam: qual é a causa da crise, qual a sua origem, como combatê-la, como eliminá-la? Inventam-se as mais diversas «teorias

Inquisição americana

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O 11/Set e a "Inquisição americana" por Michel Chossudovsky "A inquisição da América é utilizada para estender a esfera de influência estado-unidense e justificar intervenções militares, como parte de uma campanha internacional contra "terroristas islâmicos". Seu objectivo final, o qual nunca é mencionado nos relatos da imprensa, é conquista territorial e controle de recursos estratégicos. " *Nota do mafarrico : texto publicado originalmente wm setembro/2008" A "Guerra global ao terrorismo" é uma forma moderna de inquisição. Ela tem todos os ingredientes essenciais das inquisições francesa e espanhola.  Perseguir "terroristas islâmicos", executar uma guerra antecipativa (preemptive) à escala mundial para "proteger a pátria" são argumentos utilizados para justificar uma agenda militar.  A "Guerra global ao terrorismo" (GGT) é apresentada como um "Choque de civilizações", uma gue

Bispos e banqueiros são velhos companheiros

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Bispos e banqueiros são velhos companheiros por Jorge Messias "Curioso é este paralelo entre o que se passou há trezentos anos e o que se vai processando no nosso tempo. O namoro entre a Igreja e o poder continua. Não enfraqueceu a atração pelo dinheiro que está na base do convívio fraterno entre bispos e banqueiros. A gula dos ricos pela carne dos pobres é insaciável." Tem interesse e ajuda a compreender o que no mundo actualmente se passa, recordar em traços gerais as afinidades que sempre ligaram as hierarquias religiosas aos altos postos e ao aparelho do capitalismo político e financeiro mundial. Necessariamente numa abordagem muito superficial e só para nossa informação. A expressão igreja começou a ser usada na antiga Grécia vários séculos antes de Cristo. Designava conselhos eleitos entre os cidadãos com a finalidade de gerirem a polis ou cidade, conceito que depois evoluiu para a noção mais sofisticada de cidade-estado ou seja, cidade que era cabeça po

Brasil : Presidente Rousseff declara guerra à classe trabalhadora

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O Brasil e a política do neoliberalismo Presidente Rousseff declara guerra à classe trabalhadora por James Petras "A tarefa de Levy de reconcentrar rendimento, ascender lucros e reverter políticas sociais será muito mais árdua em 2014-2015 do que foi em 2003-2005. Principalmente porque, anteriormente, ele estava simplesmente a continuar as políticas do regime Cardoso – e Lula prometeu aos trabalhadores que isso era apenas temporário. Hoje Levy deve cortar e retalhar ganhos que os trabalhadores e os pobres consideravam como garantidos. De facto, em 2013-2014 movimentos de massa urbanos pressionavam por maiores despesas sociais em transportes, educação e saúde. Para a terapia de choque de Levy avançar, em algum ponto será necessária repressão, como foi o caso no Chile e na Europa do Sul quando políticas de austeridade semelhantes deprimiram rendimentos e multiplicaram o desemprego. " A classe trabalhadora brasileira está a enfrentar o mais selvagem assalto aos seus

Jornalismo em tempos macabros

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Jornalismo em tempos macabros O horror como mercadoria noticiosa "Exercer o trabalho jornalístico com a razão anestésica como editorial oculta, é traficar a ideologia do amo à custa, inclusivamente, dos interesses laborais do “jornalista”. Convertem-se em serventes de uma máquina de guerra ideológica que elimina toda a possibilidade de entendimento crítico sobre as barbaridades que ocorrem e sobre as barbaridades com que se “informa” o “público”, o “consumidor” ou a “audiência”. Nunca falam de igual para igual a um interlocutor igual. Mas fazem-se “objectivos”, “neutros”… põem cara “inocente” e defendem como feras o seu “direito” a travestir-se como seres informativos “autónomos” ou “independentes”. Tudo falácias de mercado com que se domestica uma massa de profissionais que não podem, que não querem e que não se interessam em transformar o mundo que, também a eles, explora e esmaga." "A isso nos têm acostumado no México, por exemplo. A isso nos têm submetido sem

Obama, cinco anos de crimes com o Nobel da Paz nas mãos

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Obama, cinco anos de crimes com o Nobel da Paz nas mãos Fonte:   RT   -  [Tradução do Diário Liberdade ] "Ultimamente, a retórica agressiva contra a Rússia é cada vez mais frequente nos discursos de Obama. Assim, o presidente dos EUA tenta apresentar a Rússia como "um dos maiores perigos que afronta a comunidade internacional". Ao mesmo tempo, a OTAN se aproxima cada vez mais das fronteira com a Rússia. "É a OTAN e não a Rússia quem tem bases militares por todo o planeta", indicou o presidente russo Vladimir Putin em uma recente entrevista. A tática de Obama de pressionar a Rússia por meio de sanções econômicas tampouco parece ser muito amistosa." Cinco anos atrás o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi presenteado com o Prêmio Nobel da Paz. Desde então, os EUA bombardearam sete países, armaram o Estado Islâmico e provocaram conflitos militares em vários países. Em dezembro de 2009, apenas dois meses após se converter em nobel

Brasil - BOLSONARO: O CÔNEGO E O MYRAMEMBECA

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BOLSONARO: O CÔNEGO E O MYRAMEMBECA por José Ribamar Bessa Freire "Nos últimos anos, Bolsonaro atacou mulheres, sempre mulheres, no melhor estilo Myramembeca. Diferente do pedreiro de Manaus, o deputado não faz isso escondido num porão, mas da tribuna do Congresso com um salário que é pago por nós, contribuintes. Resta saber as razões pelas quais ele odeia mulheres, um assunto que deixa de ser privado quando aflora num discurso público.   No caso do Mauro Chibé, tudo ficou esclarecido a partir de uma pista dada por Wundt, criador do laboratório do Instituto Experimental de Psicologia da Universidade de Leipzig. Dona Odaléa, então professora de Psicologia no Instituto de Educação do Amazonas, vidrada em Wundt, sugere que os apelidos são indicativos do caráter e da psique humana e animal. Por isso, ela procurou o significado de Myramembeca e não hesitou em diagnosticar a virulência de Mauro Chibé contra as mulheres como resultado de sua impotência sexual. O cara

O irrespirável ar da América

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O irrespirável ar da América por António Santos "O ar da América tornou-se irrespirável porque o racismo está profundamente institucionalizado e dele depende o funcionamento da economia: em comparação à população branca, a taxa de desemprego dos negros e o seu nível de pobreza são três vezes mais elevados; a taxa de encarceração é sete vezes superior; os afro-americanos vivem em média menos 10 anos que os brancos e são afectados pelo dobro da percentagem de abandono escolar. " " Na atmosfera democraticamente rarefeita dos EUA persiste a segregação legal, a discriminação institucional e o racismo estrutural. É uma doença que não se cura com panaceias verbais nem paliativos legais. O racismo (enquanto actual opressão sistémica) nasceu com o capitalismo e não poderá desaparecer enquanto um homem explorar outro homem." «Não consigo respirar» Eric Garner repetiu em vão. Os olhos do mundo inteiro assistiram, atônitos de indignação e repulsa, ao vídeo da execu

Sobre a mulheridade e a opressão

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Sobre a mulheridade e a opressão por Elaine Tavares "Vivo mulheridade. As fases lunares, as delicadezas, a ternura, a emoção, o desejo de esmaltes e batons. Vivo a mulheridade na forma de estar no mundo, sem oprimir quando com poder. Uso e abuso das dessemelhanças. Na luta das mulheres quando necessário, feminina todos os dias. Assim, como a centopeia antes de saber dos pés. Sendo mulher. E nesse passo cadenciado, vou carregando os tijolos da construção da sociedade justa, sem discriminação, sem preconceito, sem violência. Esse mundo no qual nem o homem nem a mulher sejam lobos de si mesmos. Essa utopia... Vivo a mulheridade, sempre, mas sem esquecer de onde eu venho nem a classe a qual pertenço. Essa é a minha opção!" Nunca me vi discriminada ou oprimida por ser mulher. Na família, jamais. Desde pequena, mergulhada no mundo dos livros, aprendi que para conquistar os sonhos que brotavam na cabeça, o que tinha de fazer era levantar e agir. A condição feminina não m

Carta aberta do Comandante das FARC ao General Alzate

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Carta aberta do Comandante das FARC ao General Alzate Escrito por Timoleón Jiménez - Timoshenko "Interesses alheios a nossa realidade, como a guerra fria, impuseram a doutrina de segurança nacional às forças armadas colombianas, com suas correspondentes sequelas de violações aos direitos humanos e o levante armado, situação que se agravou ainda mais com a imposição das chamadas guerras contra as drogas e o terrorismo, que não eram nem de perto nossas. É fato comprovado que a noção de narco-guerrilhas, idealizada pelo embaixador norte-americano Lewis Tambs, em 1984, quando vinculou sem o menor respaldo comprobatório as FARC ao famoso complexo de cocaína de Tranquilandia, não tinha outro propósito que dissimular a aliança entre o Pentágono, a CIA e as máfias colombianas para fornecer armas contra a Nicarágua. Porém, ainda que o próprio Congresso estadunidense tenha descoberto e publicado a trama que vinculava o governo de Ronald Reagan e Lewis Tambs aos cartéis de

EUA: Crime... e depois?

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Crime... e depois? por Anabela Fino "Ser «suspeito» em qualquer parte do mundo, seja pela cor da pele, pela religião, pelas ideias tornou-se uma via aberta para a prisão, para a tortura, para a morte. Os EUA – patrocinadores de instâncias judiciais a que não se submetem, como é o caso do Tribunal Penal Internacional – criaram a prisão de Guantánamo em território ocupado de Cuba e transformaram-na numa terra sem lei para tratar os presos com total impunidade. Sabendo que as convenções de Genebra consagram direitos elementares, decidiram que as mesmas não se aplicavam aos «seus» presos, assim destituídos da condição humana, pelo que ficaram com as mãos livres para todos os crimes. E cometeram-nos. Como já o haviam feito em Abu Ghaib, no Iraque, ou no Afeganistão, ou onde quer que seja que chegue o longo braço da CIA." O relatório divulgado anteontem pela Comissão para os Serviços de Informações do Senado dos Estados Unidos confirma o que já se sabia e que al

Os capitalistas já votaram e escolheram o Podemos

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Os capitalistas já votaram e escolheram o Podemos por Marat "O Podemos espanhol começa a assemelhar-se a outras coisas já vistas, nomeadamente com o Syriza grego: partidos que cavalgam movimentos sociais inorgânicos, construídos à volta de uma figura intensamente promovida mediaticamente, com o rótulo de “radicais” e exteriores ao “sistema”, mas que o mesmo “sistema” acarinha e coopta. Partidos que são contra “os Partidos e contra “as ideologias”. E cujas propostas “radicais” se vão diluindo à medida que lhes acenam com a proximidade do poder." “Nada revive o passado com tanta força como um odor ao qual esteve alguma vez associado.” (Vladimir Nabokov) 1.- O rastilho, a gasolina e o fogo: Às vezes somos tentados a bater com a cabeça na parede quando observamos o modo simplista com que muita gente se limita a não descortinar a realidade social, económica e política espanholas mais além de onde chega a ponta do seu nariz. Façam o exercício de olhar o re

KKE - Discurso de Giorgos Marinos no 16.º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, no Equador

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Discurso de Giorgos Marinos, membro da CP do CC do KKE , no 16.º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, no Equador "A intervenção da UE-EUA e NATO na Ucrânia e a ascensão de forças reacionárias e até fascistas no Estado e na liderança do governo do país, bem como a competição mais genérica dos poderes euro-atlânticos com a Rússia, desenvolveram uma situação explosiva. Estes desenvolvimentos, a intensificação do anticomunismo, o objetivo da proibir o Partido Comunista da Ucrânia, proibir os Partidos Comunistas na Europa e noutras regiões do mundo exigem o reforço da vigilância e da solidariedade internacionalista. 100 anos após a primeira Guerra Mundial e 75 anos após a 2.ª Guerra Mundial, há o grande perigo de conflitos militares generalizados. Qual é o fio condutor estes desenvolvimentos, quais são as reais causas das intervenções imperialistas e das guerras? Os monopólios e grandes grupos empresariais estão no centro do imperialismo, que é a fase superio

O que não querem que se saiba acerca da corrupção

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O que não querem que se saiba acerca da corrupção por Bruno Carvalho "Entre o absurdo da cobertura noticiosa da detenção de José Sócrates, sobraram poucos artigos lúcidos sobre a corrupção. Em geral, procura-se individualizar o caso, lançando o ónus da prova sobre o ex-primeiro-ministro e, sobretudo, tenta-se excluir do debate a corrupção enquanto fenómeno do sistema político e econômico em que vivemos. Há, inclusive, quem se atreva a garantir que a justiça portuguesa deve ser felicitada porque dá mostras de ser efectiva na luta contra a corrupção. No fundo, José Sócrates seria uma espécie de maçã podre numa árvore saudável e robusta. Mas não é assim. A corrupção não é uma simples doença que possa ser curada pelos tribunais. A corrupção é sistêmica. É uma praga intrínseca ao sistema económico em que vivemos e alastra-se pelos corredores dos luxuosos escritórios bancários, empresariais e partidários. Também se arrasta pelas redacções, importante ferramenta de controlo medi

Brasil : Para nunca esquecer de Belo Monte

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Para nunca esquecer de Belo Monte POR TELMA MONTEIRO "Essas mesmas empreiteiras umbilicalmente ligadas às campanhas eleitorais e agora, comprovadamente, a propinas, idealizaram fazer Belo Monte com os auspícios da Eletrobrás. A verdade é que o seu único interesse foi o de fazer a obra e faturar na frente. Sim, pois quem constrói uma hidrelétrica fatura na frente, já que o empreendimento só vai ser rentável depois de funcionar. Espertamente, Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, deram um jeito de o leilão ser concretizado sem elas. De Belo Monte sair do papel. Se a usina vai gerar pouca energia ou muita energia, pouco importa. Lula chegou a dizer que havia lugar para todas as empreiteiras nesse “bolo” chamado Belo Monte. E aí estão elas, as mesmas grandes empreiteiras associadas numa empresa chamada Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM)." Estou resgatando essa história para que o leitor entenda como é o mecanismo de bastidores das grandes obras qu