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Mostrando postagens de novembro, 2015

O Lado Invisível do Terrorismo

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O Lado Invisível do Terrorismo Marcelo Zero Ao contrário do que supõe o ‘senso comum’, a imensa maioria das mortes por terrorismo ocorrem no Oriente Médio, África e Ásia, e apenas marginal e ocasionalmente na Europa e EUA. Além disso, há forte correlação entre o crescimento do terrorismo em escala global e as intervenções militares realizadas, em tese, para coibir o fenômeno . "Em 2003, quando se inicia a invasão do Iraque, sob o falso pretexto de neutralizar armas de destruição em massa, implantar a democracia e combater o terrorismo, tínhamos cerca de 3.000 mortes por terrorismo em todo o mundo. À medida que tal intervenção cresce, o número de mortes aumenta até cerca de 11 mil, em 2007. A partir de aí há uma discreta queda até 2011, quando se inicia a guerra civil da Síria. Desde aquele ano, há uma evolução exponencial do terrorismo, obviamente vinculada ao apoio que o Ocidente deu e ainda dá aos grupos terroristas que lutam contra o governo Assad, bem como ao

Mais de 500 jihadistas recebem atenção médica no Ziv Medical Centre de Israel

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Mais de 500 jihadistas recebem atenção médica no Ziv Medical Centre de Israel por Resumen Medio Oriente/Red Voltaire "uma célebre jornalista do News Corp, Sharri Markson, travou conversas com alguns pacientes para coletar seus testemunhos. A jornalista pode assim verificar que mais de 500 desses pacientes são membros da Al-Qaeda feridos em combate em solo sírio. Vários oficiais de segurança intervieram para interromper a jornalista quando esta anotava detalhes sobre a maneira como estes jihadistas são transferidos a Israel para receber assistência médica e como são enviados posteriormente para continuar a jihad na Síria. Em setembro de 2014, o primeiro ministro israelense, Benyamin Netanyahu, foi fotografado nesse mesmo hospital enquanto visitava e felicitava os jihadistas da Al-Qaeda." Vários jornalistas que participam de uma viagem de imprensa organizada pela Australia/Israel and Jewish Affairs Council (AIJAC) visitaram o Ziv Medical Centre, em Zefat (n

A reescravização dos povos ocidentais

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A reescravização dos povos ocidentais por Paul Craig Roberts "As corporações estão a comprar poder a preço barato. Elas compraram toda a Câmara dos Representantes (House of Representatives) dos EUA por apenas US$200 milhões. Isto é o que as corporações pagam ao Congresso para concordar com a "Via Rápida" ("Fast Track"), a qual permite ao agente das corporações, o Representante Comercial dos EUA, negociar em segredo sem a contribuição ou supervisão do Congresso . Por outras palavras, um agente corporativo dos EUA faz a negociação com agentes corporativos dos países que serão abrangidos pela "parceria" e este punhado de pessoas bem subornadas redigirá um acordo que ultrapassa a lei de acordo com os interesses das corporações. Ninguém a negociar a parceria representa os povos ou os interesses públicos. Os governos dos países em parceria incomodam-se em votar a proposta – e serão bem pagos para votar pelo acordo. Uma vez em vigor estas

O assassinato das mineradoras

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O assassinato das mineradoras A reportagem é de Francisco Câmpera, publicada por El País, 17-11-2015. "Além das tristes mortes, o desastre ambiental do Rio Doce é incalculável, atingiu dezenas de cidades de Minas Gerais e do Estado do Espírito Santo. Peixes mortos, invasão do leito pela lama, contaminação da água…cidades inteiras estão sem água potável e sem renda, porque muitas viviam do rio.   E o Estado sumiu… Não foi capaz de fazer o seu papel de fiscalizar e proteger a população. Há muita corrupção nos órgãos de fiscalização no Brasil ou falta de condições de trabalho. E muitas vezes quando um servidor público quer fiscalizar uma empresa grande e poderosa, encontra resistência e sofre perseguição. Logo após a tragédia um Secretário de Estado de Minas Gerais, Altamir Rôso, disse que a Samarco foi vítima do acidente. Veja que inversão de valores, que acinte! Ainda o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, deu uma coletiva à imprensa na própria sede da

Como surgiu o Estado Islâmico, como se financia e quem faz “vista grossa”

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Como surgiu o Estado Islâmico, como se financia e quem faz “vista grossa” por Olga Rodríguez "As matanças como a de Paris são habituais no Médio Oriente, quer seja por exércitos ou por grupos terroristas. A chamada guerra contra o terror, a estratégia das bombas e das intervenções, mostrou-se ineficaz: longe de diminuir, o terrorismo e a violência crescem." "O Daesh foi visto por alguns actores regionais - Israel, Turquia, Arábia Saudita, etc. - como uma arma potencial contra o Irão. Manteve débil o regime xiita do Iraque e manteve ocupados grupos inimigos de Israel, como o Hezbollah, que luta na Síria contra diversos grupos da oposição, entre os quais o Daesh. A Turquia fez “vista grossa” perante o Daesh. O primeiro-ministro Erdogan tem querido ver nos movimentos islamitas radicais uma forma de deter tanto a influência xiita na zona como os curdos. Permitiu a passagem de jihadistas pela sua fronteira, bombardeou as YPG curdas - unidades de protecção popula

Não foi por amor, foi por machismo

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Não foi por amor, foi por machismo por Sabrina Aquino "Sabe-se que as referidas leis não terão o efeito regulador necessário quando o que acontece na prática é o inverso de seu combate: a naturalização da violência contra a mulher em nossa sociedade. A deslegitimização da violência de gênero, desde as ações políticas de seus diversos atores, é um poderoso instrumento para a não aceitação dessa pavorosa realidade como um problema real e urgente a ser combatido. Um desses atores, não menos influente, é a imprensa, que constrói o discurso e o senso comum da cidadania. As narrativas que encontramos na grande maioria dos veículos midiáticos legitimam a violência contra a mulher em inacreditáveis malabarismos discursivos para não dar o nome correto à motivação (machismo) e ao crime de fato (feminicídio)." "As narrativas da imprensa estão escandalosamente articuladas para legitimar a violência contra a mulher, tratando feminicídio como "crime passional", c

Síria: A escalada do confronto entra numa nova fase

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Síria: A escalada do confronto entra numa nova fase por KKE "As intervenções dos imperialistas nas várias regiões e países, que podem ser levadas a cabo em nome de intenções e slogans “puros” e “bons”, têm o selo do lucro capitalista, dos lucros dos monopólios e da competição desenfreada a desenvolver-se entre eles, sobre a divisão das matérias-primas, as rotas de transportes, os gasodutos e as ações bolsistas. Em todo o caso, a longa “cadeia” de intervenções imperialistas nos recentes anos é testemunho disto mesmo. A Síria não é exceção." "Nesta fase está a tornar-se óbvio, por um lado, que os EUA e os seus aliados têm como objetivo derrotar o regime Sírio, que é um aliado estratégico da Rússia e do Irão e um aliado da China. Tal desenvolvimento, claro, seria um golpe contra todos estes poderes. Os EUA e os seus aliados utilizam as questões de “combate ao terrorismo”, “restaurar a democracia” e resolver “questões humanitárias”, tais como a proteção das

Israel, os meios de comunicação e a anatomia de uma sociedade doente

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Israel, os meios de comunicação e a anatomia de uma sociedade doente por Eric Draitser*/Resumen Medio Oriente/Rebelion "O efeito é justificar o assassinato de palestinos apresentando-os como uma simples resposta a um fator extremo: a violência contra os israelenses. Porém, é claro, qualquer pessoa que tenha um conhecimento rudimentar do assunto sabe que os esfaqueamentos são em si respostas aos ataques dos colonos israelenses e das forças de segurança contra os palestinos, assim como a consequência previsível da brutalidade e da ocupação aparentemente intermináveis, a pobreza e o desespero." "A história do colonialismo está repleta de exemplos deste tipo. E, é claro, os israelenses, e o próprio Estado de Israel, se apresentam como as vítimas. O título marca o tema como um “desafio à segurança” de Israel, em lugar de, por exemplo, um problema do colonialismo ou de uma cruel ocupação. Assim que, tomados em sua totalidade, o título e o artigo têm o efeito acumul

A mineração e os eco-chatos

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A mineração e os eco-chatos por Elaine​Tavares "Uma única barragem como essa da Samarco está causando um rastro de destruição que se espalha não só pelo estado de Minas, mas vai caminhando pelas veias abertas dos rios e riachos, até chegar ao mar, onde também provocará forte desequilíbrio. Conforme informações do biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz (ES), só esse desastre compromete e impacta a vida marinha por mais de 100 anos. Ele não hesita em dizer que a irresponsabilidade da Samarco assassinou a quinta maior bacia hidrográfica do Brasil. “A natureza se regenera” dizem alguns, fazendo pouco caso dos efeitos do crime. Sim, é fato, ela se regenera. O que não se regenera é a vida perdida por conta desse tipo de exploração da riqueza. Mas, afinal, quem se importa com o destino daqueles que são apenas mão-de-obra barata para o giro da roda do capital? Assim como nas guerras “limpas”, nas quais ninguém vê os corpos d

O que precedeu os ataques do estado islâmico na França

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O que precedeu os ataques do estado islâmico na França por Moon of Alabama "Dezembro de 2012 - A França financia os rebeldes sírios num renovado esforço para expulsar Assad . "A França se tornou-se o mais importante financiador da oposição armada síria e financia diretamente os grupos rebeldes em torno de Alepo, no quadro de um esforço renovado para derrubar o assediado regime de Assad. No mês passado grandes somas de dinheiro foram transferidas por representantes do governo francês, através da fronteira com a Turquia, para os comandantes rebeldes, de acordo com fontes diplomáticas. O dinheiro foi usado para comprar armas para o interior da Síria e financiar operações contra as forças lealistas." Eis o que aconteceu dia 13 à noite: pelo menos 120 mortos nos ataques em Paris, Hollande decretou o estado de emergência.  Homens armados e bombistas atacaram restaurantes, uma sala de concertos e um estádio desportivo, em vários locais em Paris, sexta-feira

Atentados em Paris não aconteceram

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Atentados em Paris não aconteceram por Cinema Secreto : cinegnose "Como todos os atentados, visam locais icônicos que parecem seguir o velho roteiro hollywoodiano: era uma vez um lugar bonito e civilizado cuja ordem é quebrada pelo mal para depois a ordem ser reestabelecida pelos protagonistas – o Estado policial." Acumulação, consonância e onipresença. Esses três palavras definem a atual cobertura da grande mídia brasileira aos ataques em Paris. Ao contrário da autêntica Chernobyl brasileira em que se transformou a catástrofe ambiental e humana em Mariana/MG com o rompimento da barragem de detritos da Vale do Rio Doce/Samarco. Por que essa diferença de tratamento? Há muitos motivos políticos e econômicos em não expor uma empresa privada anunciante na grande mídia. Mas também porque a essência do terrorismo é midiática para ser midiatizável. Os atentados em Paris foram praticamente um kit imprensa dado de mão beijada para as redações com personagens, histórias e rot

O papel da CIOLS na criação do PT e da CUT

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O papel da CIOLS na criação do PT e da CUT por Unidade Classista "Esta mesma aliança da Igreja Católica (todas suas alas), com as diversas correntes, os renegados e ex-guerrilheiros arrependidos, que começavam a voltar ao país, conformam o PT. O discurso de defesa do socialismo pequeno-burguês e radicalismo antipatronal, é empregado para angariar prestígio junto às massas. Os revisionistas, que se opuseram inicialmente ao petismo, logo irão se incorporar à frente popular eleitoreira de Lula presidente. Derrotado nas primeiras disputas presidenciais, o PT assume descaradamente suas posições burguesas, com sucessivos rachas internos. A trajetória da CUT é semelhante, é parte do mesmo processo. Assim como a CIOLS, seu surgimento em agosto de 83, já traz a marca de sindicalismo amarelo. Divisionistas, os sindicalistas petistas rompem com um processo que estava em curso desde o início dos anos 80, e que apoiava-se na onda de greves do período, para a construção de uma única

O significado histórico da Revolução de Outubro

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O significado histórico da Revolução de Outubro Domenico Losurdo "Quantos livros foram escritos para assimilar o comunismo ao nazismo ou ao fascismo, como formas diversas de ditaduras ou de regimes totalitários? Porem, se estudamos a história da Rússia do século 20, damo-nos conta de que a ideologia e os métodos que depois se tornaram próprios do fascismo e do nazismo emergem e se desenvolvem progressivamente como reação exatamente ao movimento revolucionário russo." A União Soviética cede o lugar à Santa Rússia, a bandeira vermelha à tricolor czarista, Leningrado volta a se chamar São Petersburgo, os sovietes são bombardeados ou dissolvidos por Boris Yeltsin para serem substituídos pelas dumas, de feliz memoria czarista, numerosos partidos comunistas, entre os quais o italiano, mudam precipitadamente de nome para sublinhar sua diferença com respeito ao processo histórico iniciado com o Outubro de 1917: a nostalgia dos bons tempos antigos se difunde não apenas e

A propósito do conceito de “etapa” na luta pelo socialismo, nos planos ideológico e prático [1]

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A propósito do conceito de “etapa” na luta pelo socialismo, nos planos ideológico e prático [1]  por Pedro Miguel Lima [Este trabalho é publicado por partes. Hoje publica-se a primeira parte] "O partido proletário é o «instrumento» dirigente da revolução. Não pode ser reconhecido como comunista o partido que não trabalha, em primeira instância, para a revolução, por mais longínqua que ela possa estar, por mais sinuosos e perigosos os caminhos que a ela conduzem. " I. Introdução A única etapa possível entre o capitalismo e o socialismo é a revolução socialista Volta hoje a aparecer uma teoria das «etapas» para a passagem do capitalismo ao socialismo – não seria a revolução socialista –, que se encontra bastante popularizada, mas não é nova. Note-se que não se trata de etapas dentro do sistema capitalista, ou dentro do sistema socialista, ou no próprio processo da revolução, que, obviamente, existem e têm de ser equacionadas e definidas obj

Lutas dos povos africanos pela emancipação social

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Lutas dos povos africanos pela emancipação social por CARLOS LOPES PEREIRA "Na África Ocidental, nos anos 60, o ganês Kwame Nkrumah, o congolês Patrice Lumumba ou o maliano Modibo Keita, combatentes pela independência dos seus países, que chegaram a governar, eram homens progressistas que pugnaram pela unidade africana e pela construção de sociedades desenvolvidas e sem exploração. Mais tarde, nos anos 80, um jovem capitão, Thomas Sankara, tomou o poder no Alto Volta, mudou o nome do país para Burkina Faso (“terra dos homens dignos”) e governou com apoio popular, antes de ser derrubado e assassinado. De orientação progressista foram também o primeiro presidente argelino, Ahmed Ben Bella, ou o líder egípcio Gamal Abdel Nasser, no Norte de África, ou o presidente tanzaniano Julius Nyerere, na África Oriental. Como combatentes anti-imperialistas destacaram-se, igualmente, Nelson Mandela, na África do Sul, Robert Mugabe, no Zimbabwé, ou Sam Nujoma, na Namíbia, chegados ao pode

No centenário da Teoria da Relatividade - Breve perfil científico e político de Einstein

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No centenário da Teoria da Relatividade Breve perfil científico e político de Einstein por JORGE REZENDE "A Palestina foi dividida em 1947 pelas Nações Unidas e daí resultou a criação de Israel (coisa a que Einstein se tinha oposto em 1938), o que conduziu à guerra na região. Einstein e outros criticaram firmemente o massacre de Deir Yassin, em carta aberta ao New York Times, perpetrado pelo partido de Menachem Begin, Herut, equiparando-o aos «partidos nazis e fascistas» (Menachem Begin viria a ser primeiro ministro de Israel entre 1977 e 1983…). Em Maio de 1948 Israel tornou-se independente e Einstein declarou que se tratava da «realização dos nossos [dos judeus] sonhos». Quando, em 1952, lhe foi oferecida a presidência de Israel, Einstein, polidamente, recusou." "Desde 1932, antes da fixação de Einstein nos EUA, até à data da sua morte, o FBI organizou um ficheiro que atingiu 1800 páginas. O seu telefone foi posto sob escuta, as suas cartas abertas, o lixo

Brasil : Quem choca o ovo da serpente?

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Quem choca o ovo da serpente? por Afonso Costa "O recrudescimento do fascismo não é de hoje. Iniciou em nível internacional na Europa no final do século passado, como não poderia deixar de ser. A volta dos velhos “ideais” totalitários partiu de algumas premissas básicas: o fim da União Soviética e a consequente ofensiva do capital, com a financeirização da economia, a chantagem sobre os governos a partir da autoproclamada dívida pública e a adesão de alguns setores, até então progressistas, a essas políticas, além da incapacidade da esquerda de fazer frente a esse movimento. No Brasil não foi diferente. O avanço dos setores ultraconservadores começou no governo Collor, continuou no Itamar, acelerou durante os oito anos de FHC e encontrou vasto campo nos governos petistas. A crise que estourou em 2008 inegavelmente é fator determinante para o fortalecimento do fascismo, que esteve durante muito tempo no ostracismo, mas jamais foi extinto. As dificuldades enfrentadas

«Façamos nós, por nossas mãos, tudo o que a nós diz respeito»

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«Façamos nós, por nossas mãos, tudo o que a nós diz respeito» Por João Vilela "São variadíssimos os méritos que podemos e devemos atribuir ao PC Grego e ao seu contributo para a correcção de sérios desvios programáticos e estratégicos no seio do movimento comunista internacional, a começar pelo mais nocivo de todos eles, o reformismo.Mas permito-me salientar o mérito inestimável de, mais do que uma denúncia puramente doutrinária desse desvio e das suas inconformidades com o marxismo-leninismo, o PC Grego ter proposto – e aplicado – ao movimento comunista internacional uma linha de acção política que corrige de forma prática esse desvio reformista: se a raiz do reformismo está no «cretinismo parlamentar», para citarmos Engels, de tudo encarrilar para as instituições burguesas na esperança (ingénua…) de nelas conseguir ganhos de causa duradouros para o proletariado, como se os ganhos obtidos e plasmados na lei burguesa não fossem efémeros e apenas existentes na estrita medida

Empoderarmo-nos para derrubar o patriarcado

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Empoderarmo-nos para derrubar o patriarcado ( em galego) Artigo publicado no Combater nº9 , o noso voceiro nacional. "O heteropatriarcado é umha estrutura perigosa tam incrustada na sociedade que é apenas perceptível polas pessoas que se revolucionam contra tudo o que conheciam -ou o que lhes figerom conhecer-. Este tirano ordena que tipo relaçons tanto sexuais como afetivas devemos manter para sermos bem vistas polo resto das pessoas, que características físicas devemos conseguir para ter éxito, ou quanto mais nos devemos esforçar para lograr o mesmo que um homem. Amparado polo capitalismo, que lhe proporciona os mecanismos para atuar, o patriarcado submetem-nos à posiçom de jovens dependentes da aprovaçom alheia, inseguras no caminho de chegar a ser o que se aguarda de nós e frágiles em materia de autoestima, podendo sacar todo tipo de proveito das nossas versons minguadas." O nosso corpo é a forma que temos de estar no mundo, de caminhar por ele, de experiment

Como falar de modo "equilibrado" acerca do conflito na Palestina

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Como falar de modo "equilibrado" acerca do conflito na Palestina  – Dicionário das palavras mais utilizadas pelos media corporativos e pelos políticos ocidentais por Majed Bamya "Civil: Esta palavra jamais se aplica a um palestino, mesmo que seja criança. Em contrapartida, aplica-se sem escrúpulos aos colonos armados e aos reservistas do exército israelense. Encara-se seriamente ampliar a sua utilização aos soldados de ocupação na activa. Segurança: Direito exclusivamente reservado a israelenses. Este direito permite justificar tudo: bombardeamentos cegos, massacres, construção de um muro em pleno território palestino, prisões arbitrárias em massa, incursões, execuções extrajudiciais, demolição de casas e punições colectivas como o cerco imposto a 1,8 milhão de palestinos em Gaza." Este dicionário permite compreender melhor a desinformação dos meios de comunicação corporativos quanto aos acontecimentos na Palestina. Para entender os desenvolvimento

Brasil : A armadilha do superávit primário

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A armadilha do superávit primário por Paulo Kliass* "Junto com Levy e sua equipe, instalou-se no interior do núcleo duro do governo uma abordagem conservadora da conjuntura econômica e a solução que passou a ser vocalizada se resumia ao tema da situação fiscal, alardeada aos quatro ventos como sendo catastrófica. Os meios de comunicação se encarregavam de amplificar, de forma articulada e disciplinada, essa voz única do já surrado discurso de que “não existem alternativas”. Em pouco tempo foram desenhados os primeiros rascunhos do austericídio. O governo preparava o terreno para ampliar os efeitos dos primeiros sinais da recessão das atividades econômicas, das falências e do desemprego. Aliás, acelerava na contramão de todos os avisos lançados por economistas como Maria Conceição Tavares, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e outros:" Com o intuito de salvaguardar os interesses da banca global, o FMI e o Banco Mundial impuseram aos governos a obtenção de um exce