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Mostrando postagens de junho, 2016

Do cessar-fogo na Colômbia à paz, desejada, mas muito distante

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Do cessar-fogo na Colômbia à paz, desejada, mas muito distante por Miguel Urbano Rodrigues "Miguel Urbano, um dos revolucionários que mais escreveu sobre a heroica luta das FARC-EP e mais divulgou a sua epopeia faz, nesta hora de refluxo, o comentário possível aos acordos recentemente assinados em Havana, entre aquela organização revolucionária e o governo da Colômbia.   Termina, confessando a sua dificuldade em «imaginar que tipo de «reconciliação» (…) será possível, num contexto em que a classe dominante não esconde a sua fidelidade ao neoliberalismo ortodoxo e à íntima aliança com os Estados Unidos»." A assinatura em Havana, no dia 23 de Junho, pelas FARC-EP e pelo governo de Juan Manuel Santos, dos Acordos de Cessar Fogo e de Hostilidades Bilateral e Definitivo, de Renúncia às Armas, e o de Garantias de Segurança e Combate ao Paramiliarismo foi recebida com entusiasmo pelo povo colombiano e com alívio e satisfação pela maioria da humanidade. Mas seria uma i

Um olhar sobre o Brexit

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Um olhar sobre o Brexit por João Ferreira "É a UE quem, com as suas políticas, tem aberto a porta e estendido o tapete ao avanço da extrema-direita, do racismo e da xenofobia na Europa; o acordo assinado entre a UE e o governo de Cameron (do qual, estranhamente, pouco se ouviu falar) elevava o racismo e a xenofobia ao estatuto de lei na UE, ao consagrar a possibilidade de discriminação entre trabalhadores nacionais e trabalhadores migrantes e ao limitar a livre circulação de pessoas na UE, com base em critérios de origem nacional ou de condição econômica dos migrantes." "A ausência ou debilidade de projectos de ruptura pela esquerda com a UE constitui um perigo capaz de comportar consequências potencialmente trágicas para a Europa. A captura da esquerda por posições reformistas, que escondem a natureza de classe da UE e semeiam ilusões sobre o seu papel, não deixaria de abrir caminho ao avanço da extrema-direita e ao reforço das suas posições junto das camadas

As 40 regras básicas do anticomunismo

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As 40 regras básicas do anticomunismo Texto original em espanhol publicado  no Mafarrico Nada que venha de "comunistas" é confiável. A não ser que, de alguma forma, possa servir a seu favor, como o "Relatório Secreto" de Khrushchev de 1956 ou qualquer groselha escrita por Trotsky." "Atrocidades e outras coisas ruins ocorridas em regimes não-comunistas devem ser imputados a "a indivíduos". Qualquer coisa ruim que acontece em um regime "comunista" é culpa da ideologia e do sistema. E de Stalin, é claro." Que tal algumas pitadas de ironia? Acho esses espanhóis muito divertidos. Qualquer semelhança com práticas "camaradas" no Brasil / Portugal e no mundo, será muy provavelmente mera coincidência. rs.rs....... 1.  Insistir constantemente na alegação segundo a qual o marxismo está desacreditado, ultrapassado e totalmente morto e enterrado. Então prossiga na construção de uma lucrativa carreira para super

A guerra contra a História é campanha a longo prazo da OTAN

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A guerra contra a História é campanha a longo prazo da OTAN Por Mateusz Piskorski "A preparação da cúpula vem sendo observada com todo cuidado pelo Departamento de Estado estadunidense. Como representante de John Kerry, Anthony Blinken visitou há pouco alguns países do Leste Europeu. Suas conversas com os colegas europeus orientais encontraram um ponto de encontro: os antigos membros do bloco leste deveriam apoiar sem reservas a posição de Washington durante a cúpula, em especial no tocante ao fortalecimento militar no chamado flanco oriental, e arcar com as despesas de defesa nos respectivos orçamentos nacionais." Aviso: Enquanto este artigo era publicado em vários idiomas, seu autor foi preso e detido  em 18 de maio de 2016. A OTAN é uma aliança imemorial que libertou a Europa do nazismo e nos protege contra o Urso Russo... é o que deveríamos acreditar. A verdade histórica é bem outra, mas a OTAN está empenhada em revisar. Uma tarefa longa, de consequências

Estados disfuncionais – I -- A liberdade irrestrita para o capital

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Estados disfuncionais – I A liberdade irrestrita para o capital por Daniel Vaz de Carvalho "As políticas sociais são orientadas pelos critérios mais reacionários do liberalismo do século XIX. As privatizações, a degradação da legislação laboral, a perversão dos direitos dos trabalhadores, retomam a tese de que o melhor que os governos têm a fazer é absterem-se de interferir tanto na economia como no social. É a liberdade irrestrita para o capital, a "flexibilidade laboral", ou seja, condicionar e tornar irrelevante a legislação laboral, "pois cada individuo conhece melhor o seu próprio interesse e luta por ele." " "Com o domínio da oligarquia, as privatizações, a competitividade pelos "custos salariais", a carga fiscal passada para os trabalhadores, a liberdade irrestrita para o capital, os Estados tornaram-se disfuncionais, abandonando a obrigação de promover o bem-estar da maioria, tomando como sua prioridade "dar confian

A equação político-militar na Síria - 1ª parte

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A equação político-militar na Síria  por Elisseos Vagenas 1 "Os EUA e os seus aliados, ao iniciarem a intervenção imperialista na Síria, há cerca de 5 anos, adiantaram como pretextos questões de “democracia”, o derrubamento do “ditador Assad”, o apoio à assim chamada “Primavera Árabe”. Esta hipocrisia foi completamente óbvia, olhando para quem está a invocar “liberdade” e “democracia”: as monarquias antipopulares do Golfo, a Turquia, que ocupa metade de Chipre, a UE e os EUA, que desempenham o papel de liderança no massacre dos povos e no derrubamento de regimes que não são do seu agrado, para que os seus monopólios possam ganhar melhores posições.   Hoje, os mesmos poderes, insistindo na utilização de pretextos em matéria de democracia, também trouxeram de volta o pretexto da “guerra ao terror” e da “autodefesa” contra os ataques que lhes movem os jihadistas, baseados nos territórios da Síria controlados pelo chamado “Estado Islâmico”. " Passaram mai

O futuro de Israel é aterrador

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O futuro de Israel é aterrador por Ramzy Baroud* "Se em 14 de Maio de 1948, aquando da criação unilateral do Estado de Israel, havia já uma forte identidade palestina, forjada por séculos de história, hoje os quase 70 anos após a partilha colectiva do sofrimento imposto por Israel a todos os palestinos, civis ou militantes de movimentos de libertação armados, homens ou mulheres, adultos ou crianças, tornam o povo palestino invencível aos olhos do mundo.   Há povos que surpreendentemente se tornam invencíveis nas circunstâncias mais difíceis.  É o caso do povo palestino." A Sociedade israelense está permanentemente a desviar-se para a direita, pelo que todo o paradigma político do país está em constante redefinição. Israel, agora «governado pelo Governo de direita mais extrema da sua história», passou em poucos anos de uma apreciação informada a um cliché sem nexo. De facto, ultrapassou essa fronteira exatamente em maio de 2015 quando o primeiro-ministro B

EUA ameaçam intervir na Eritreia

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EUA ameaçam intervir na Eritreia por Carlos Lopes Pereira "Situada na África Oriental, com cerca de mil quilômetros de costa no Mar Vermelho, a Eritreia é um pequeno país de seis milhões de habitantes. A maior parte da população – metade é islâmica, metade é cristã – vive da agricultura, pecuária e pesca. Há expectativas de exploração do petróleo mas a maior riqueza do país é a sua localização estratégica. Além disso, o governo de Asmara não aceita «ajudas» estrangeiras e rejeita as políticas do Fundo Mundial Monetário e do Banco Mundial." Há indícios de que os Estados Unidos estão a preparar uma intervenção militar «humanitária» na Eritreia utilizando pretextos idênticos aos que justificaram a agressão da NATO contra a Líbia em 2011. À semelhança do que aconteceu no caso do país norte-africano, os EUA capturaram a máquina dos «direitos humanos» das Nações Unidas para invocar a «responsabilidade de proteger» os cidadãos eritreus de alegados abusos do próprio go

O lado não ideológico do fascismo: crise de sobreprodução e guerra aos salários

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Observações contemporâneas sobre o lado não ideológico do fascismo: crise de sobreprodução e guerra aos salários por Annie Lacroix-Riz*   "... exemplo do fascismo alemão, com um sucesso mais tardio do que em Itália (outubro de 1922), mas considerado mais “perfeito”: o alinhamento das classes dirigentes da Europa continental com este modelo e a atração considerável que exerceu sobre as dos Estados Unidos e do Reino Unido tiveram as mesmas motivações sócio-econômicas" O fascismo é muitas vezes apresentado como “uma contrarrevolução preventiva” das classes dirigentes, com o objetivo de reprimir o recrudescimento da agitação social e política que se tinha seguido à I Guerra mundial (no caso da Alemanha, em novembro de 1918-janeiro de 1919 e, no italiano, 1919-1920)1 .  Foi, sobretudo, uma réplica feroz da crise de sobreprodução que ameaçou o colapso dos lucros. Cingir-me-ei aqui ao exemplo do fascismo alemão, com um sucesso mais tardio do que em Itália (outubro de 1

O Governo Temer, os ruralistas e a resistência dos indígenas

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O Governo Temer, os ruralistas e a resistência dos indígenas Por Luiz Bernardo Pericás . "Os indígenas brasileiros, assim, não têm nada a comemorar com o governo golpista de Michel Temer. Pelo contrário. Mas eles certamente se manterão firmes e altivos em sua resistência histórica. Inclusive contra o usurpador de plantão e seus asseclas. É dever de todos nós apoiar a sua causa." A população indígena brasileira tem motivos para se preocupar com o governo interino encabeçado por Michel Temer e sua quadrilha. As demandas históricas dos povos originários não recebem a devida atenção das autoridades nem visibilidade da imprensa e suas causas são, frequentemente, relegadas a um segundo plano na esfera do Estado. O resultado: perseguição crescente às suas comunidades, assassinatos, abandono ou descaso em relação à infraestrutura básica e perda de território. Entre os principais inimigos dos índios se destaca a bancada ruralista no Congresso, que aprovou na comissão es

Brasil : A Funai pede socorro

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A Funai pede socorro El País / Pública "Por outro lado, a situação coloca em risco também os povos indígenas. “São caçadores, madeireiros, todo mundo entra nas nossas terras… Você vai ver como as coisas estão na CTLs e só está a pessoa, não tem equipamento de trabalho, e o responsável pela unidade não tem nem gasolina para o transporte. Como ele vai fazer a vigilância? Ele vai sofrer emboscada, não tem como”, argumenta Rosimeire Maria Teles, do povo Arapaso, do Amazonas. Segundo ela, os funcionários não têm telefones funcionando para fazer denúncias à sede do órgão. “A gente percebe muito a fragilidade da Funai”, diz. “Participando do movimento indígena, eu vi também como essa fragilidade dificulta para a gente conseguir articular as políticas com a Funai. O papel da CTL é organizar as demandas com a gente, tentar fazer esse trabalho, mas eles não têm como dar suporte nessas condições”, conclui. “Lá na terra indígena São Marcos [MT], a gente está sofrendo essa inva

América, crise do capitalismo, crise do progressismo

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América, crise do capitalismo, crise do progressismo por Partido Comunista do México "O desassombrado documento que hoje publicamos é um sereno exercício de crítica revolucionária sobre a preocupante situação de regressão existente na América Latina e no Caribe.   Esta análise debruça-se, sem subterfúgios nem subentendidos e com inusual frontalidade, sobre as derrotas que se avizinham para os povos daquela região, e daí se parte para a conclusão que «o PCM deve manter a sua política de contra-ataque, de rutura radical com o capitalismo e a luta pelo poder operário»; e se prevê o advento de uma crise política e ideológica que «pode apresentar semelhanças com a crise política e ideológica dos anos 90 que se seguiu ao triunfo da contrarrevolução na URSS»." As eleições na Venezuela confirmam a previsão do nosso V Congresso, e a encruzilhada não foi apenas uma hipótese, mas é uma dura realidade. Dissemos então que as forças bolivarianas, PSUV, PCV, movimento popula

Krupskaia: "Porque é que a II Internacional defende Trotsky"

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"Porque é que a II Internacional defende Trotsky" por N. Kruspaia "E não é por acaso que Trotsky, que nunca compreendeu o que faz a própria essência da ditadura do proletariado, que nunca compreendeu o papel que desempenham as massas populares na construção do socialismo e que acreditava que o socialismo pode ser edificado com ordens vindas de cima, comprometeu-se na via da organização de atentados terroristas contra Stalin, Vorochilov e os outros membros do Bureau Político que ajudam as massas a edificar o socialismo. Não é por acaso que o bloco sem princípios que Zinoviev e Kamenev tinham formado com Trotsky os empurrou, gradualmente, para o abismo profundo da pior das traições à causa de Lenin, à causa das massas trabalhadoras, à causa do socialismo, Trotsky, Zinoviev, Kamenev e todo o seu bando de assassinos agiram de acordo com o fascismo alemão, concluíram uma aliança com a Gestapo. Eis porque o país foi tão unânime em reclamar que estes cães danados fossem

Hitler foi financiado pelos Bancos Centrais dos EUA (Federal Reserve) e da Inglaterra (Bank of England)

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Hitler foi financiado pelos Bancos Centrais dos EUA (Federal Reserve) e da Inglaterra (Bank of England) - Traduzido do russo por Ollie Richardson para Fort Russ  -  ru-polit.livejournal (originalmente de 2009) Traduzido por Tanya & Eugene "Hoje, quando a elite financeira mundial já começou a implementar o plano da "Grande depressão – 2", com a posterior transição para a "Nova Ordem Mundial", identificar seu papel fundamental na organização de crimes contra a humanidade constitui em prioridade essencial." Há mais de 70 anos atrás começava o maior massacre da história A recente resolução da Assembleia Parlamentar da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) equaliza plenamente os papéis da União Soviética e da Alemanha nazista para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Só que a tal resolução, na verdade, foi criada (pura e pragmaticamente) apenas para extorquir dinheiro da Rússia no interesse de algumas das economias fali

Os 12 produtos mais perigosos criados pela Monsanto

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Os 12 produtos mais perigosos criados pela Monsanto Diário Liberdade "Segundo a Associação de Consumidores Orgânicos em um documento do ano de 2011, “Há uma correlação direta entre o fornecimento de alimentos geneticamente modificados e os $ 2.000.000.000.000 de dólares que o governo dos EUA gasta anualmente em atenção médica, quer dizer, uma epidemia de enfermidades crônicas relacionadas com a dieta e um vínculo comercial com os laboratórios de medicamentos e vacinas. No lugar de frutos sadios, verduras, grãos e animais alimentados com erva natural, as granjas industriais dos Estados Unidos e da Argentina produzem um excesso de comida com fragmentos de engenharia genética que causam enfermidades cardíacas, derrame cerebral, diabetes e câncer, com o respaldo de subsídios agrícolas, enquanto que os agricultores orgânicos não recebem estes subsídios. A historia da Monsanto é reflexo de um quadro persistente de substâncias químicas tóxicas, demandas e manipulação da ci

A caotização do Brasil

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A caotização do Brasil por Andrew Fishman* "O novo fôlego para o projeto de lei de Veneziano surge enquanto gravações secretas ameaçam o núcleo do novo governo do presidente interino Michel Temer. Na terça-feira, o maior jornal do país, a Folha de S. Paulo, informou que o Procurador Geral solicitou a prisão do Presidente do Senado, Renan Calheiros, do ex-presidente, José Sarney, e do homem de confiança de Temer, o Senador Romero Jucá – todos importantes líderes do partido de Temer, o PMDB. Jucá e outro aliado de Temer foram forçados a renunciar aos seus ministérios no fim do mês passado. Um importante senador do partido da presidente Dilma Rousseff, o PT, esteve preso no ano passado num incidente semelhante. A própria presidente foi apanhada numa conversa gravada com o ex-presidente Lula da Silva a discutir a sua indicação para um ministério, o que foi visto pelos oponentes como uma prova de que tentavam colocá-lo fora do alcance da Operação Lava Jato , o que prov

A estratégia dos EUA

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A estratégia dos EUA por Jorge Beinstein* entrevistado por Hemisfério Izquierdo "Nos últimos anos os EUA acentuaram o seu perfil militarista, empurrando a NATO contra a Rússia, tentando criar um cerco agressivo contra a China, multiplicando suas intervenções directas e indirectas em numerosos países. Isso não lhe serviu para resolver a sua crise e sim, ao contrário, agravou-a. Se continuar a avançar pelo caminho belicista traçado por Bill Clinton, Bush (filho) e Obama cedo ou tarde chegará a um ponto de inflexão extremamente grave. Isso não exclui o facto de que a elite dominante norte-americana em certo momento poderia tentar chegar a algum tipo de acordo de coexistência com a Rússia e a China, ainda que pareça difícil que o tente (mas não impossível). Além disso não é fácil prever quanto tempo poderia durar esse apaziguamento. O problema central é que a sobrevivência da casta parasitária estado-unidense é impossível sem a extensão do saqueio imperialista sobre o resto do mund

Desmistificando mitos neoliberais

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Desmistificando mitos neoliberais por Juliano Giassi Goularti* e Alcides Goularti Filho** "Já advertia Marx, o “capital é o limite de si mesmo”. Assim, a acumulação capitalista que caminha na frente dos lucros esbarra na sua própria “anarquia”, isto é, pela força ou fraqueza da concorrência, pelo descompasso do investimento, pela incerteza quanto ao futuro, pela acumulação de capacidade ociosa não planejada e pela ausência de crédito " "os neoclássicos “vêem árvores mas não vêem florestas” e ignoram que a desvalorização do capital diz respeito a sua própria natureza. Em todo o caso, o futuro é incerto, o que por si só desmistifica por terra seus mitos, o que prova que o capitalismo é uma “contradição em processo” e ao mesmo tempo regado de “incerteza”. Para tanto, dada a incapacidade de lidar com o tempo e a incerteza, é uma blasfêmia afirmar que o futuro já está determinado." A modelagem neoclássica, ao tratar ‘contradições’ enquanto ‘falhas pontua

O colapso da velha ordem baseada no Petróleo

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O colapso da velha ordem baseada no Petróleo por Michael T. Klare* "A crise financeira, a crise económica, a crise moral, a crise da justiça, a crise social…, são facetas da crise estrutural do sistema do capital, indesmentível nos EUA e na Europa, espraiando-se hoje por todo o mundo.É por isso que dia após dia, acontecimento após acontecimento, os analistas veem frustradas as esperanças no início da recuperação do sistema – como a crise do sistema do capital é na sua estrutura ela não poderá ser resolvida sem ao fundo do sistema, à sua estrutura…   Neste bem informado texto de Michael T. Klare analisam-se as causas imediatas do insucesso da reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo e dos principais países produtores que não são da OPEP em Doha e prevê-se o colapso da «velha ordem baseada no petróleo»… E o que acontece ao sistema que criou esta «velha ordem»?" Domingo, 17 de Abril foi o momento aprazado. Esperava-se que os principais produtores de

A cultura da violência de gênero

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A cultura da violência de gênero por Ilka Oliva Corado "A cultura da violência sexual, também naturalizada que como toda resposta nos diz: é mulher. É mulher e não tem problema, é apenas uma mulher: um objeto, um restolho, uma escrava. Essa cultura que vem desde a atribuição de papeis, cores. Que nos diz como devemos pensar, como nos comportar, porque sim e porque não fazer conforme nosso gênero. E que se saímos da norma, então o que vier nos suceder é completamente culpa nossa. Ainda vivendo sob os parâmetros marcados pelo patriarcado também nos acusa e nos culpa. A nível mundial há a existência de leis que escravizam a mulher. A cultura da violência de gênero nos diz que as mulheres são o sexo frágil, que não podemos praticar esportes marcados como masculinos, que não podemos exercer profissões ou ofícios que milenarmente são reservados aos homens. Que nos diz que nosso destino na vida é sermos mães, limparmos a casa e cuidarmos de nossos filhos. Satisfazer sexualm

Bilderberg 2016: a reunião anual dos donos do mundo

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Bilderberg 2016: a reunião anual dos donos do mundo por kontra Info / Resumen Latinoamericano "Onde fica a “democracia” se quase tudo é decidido por estas grandes corporações em reuniões secretas? Talvez só como um jogo que cria ilusões aos povos acerca da escolha de seus destinos e, portanto, acalma as possibilidades de rebelião. Por vezes, os povos escolhem governos que desafiam as corporações, porém, isto é algo assim como uma anomalia, uma falha do sistema. Quando algo assim ocorre, o sistema midiático global se encarrega de destruir a imagem desse governante, as corporações afugentam as divisas desse país provocando corridas bancárias e cambiais, e depois o poder judiciário ou legislativo, cúmplice do pode real, se encarrega de terminar de destruir esse governo anômalo e já desgastado midiaticamente." Banqueiros, donos e CEOs (sigla em inglês para Chief Executive Officer, grande executivo) das principais corporações do mundo, membros da realeza europeia, o Secr

Crise política e escalada do capital no Brasil

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Crise política e escalada do capital no Brasil por Rosa Maria Marques e Patrick Rodrigues Andrade* "Este artigo tem como propósito destacar os aspectos maiores que deram origem à crise ora vivenciada. Nele procuramos evidenciar, do ponto de vista econômico e político, quais foram os segmentos da sociedade, os setores de atividade e as frações das classes dominantes beneficiadas pelas políticas desenvolvidas pelos governos Lula e Dilma. Isso é apresentado na primeira parte. Na segunda parte, tratamos das frações das classes dominantes que estiveram diretamente envolvidas na desestabilização do governo Dilma desde o momento de sua reeleição, sublinhando o papel da grande mídia como o verdadeiro partido da direita no Brasil, que se apresenta como o representante acabado dos interesses do chamado capital financeiro internacional." Apresentação Desde a reeleição de Dilma Rousseff, em outubro de 2014, o país viu-se emerso numa crise aberta. De fundamento aparentemente