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Mostrando postagens de 2013

EUA: Guerra económica contra os pobres

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Guerra económica contra os pobres por António Santos   "Os EUA são o país do mundo que gasta mais dinheiro em armamento e guerras. Nem os gastos de defesa combinados de todos os países do mundo alcançam as fortunas que os EUA dedicam ao armamento. Com Obama, 57% do orçamento federal é dedicado ao exército e outros corpos militares. A educação, por seu turno, corresponde a 6% e a saúde a 5%. Os verdadeiros problemas de segurança dos EUA, a fome e a miséria do seu povo, são considerados irrelevantes quando comparados às urgências políticas do império. Como é que 50 milhões de trabalhadores vão sobreviver sem este subsídio, não é uma emergência." O Governo dos EUA cortou no passado dia 1 de Novembro o valor da ajuda alimentar a 47 milhões de pessoas. A nova medida de austeridade, inserida no quadro da prescrição do programa de estímulo federal de 2009, traduz-se num corte de mais de 30 dólares por mês para a maioria das famílias carenciadas, o que se reveste de

À sombra da geopolítica dos EUA, ou Como sempre, é a “Grande Israel”

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À sombra da geopolítica dos EUA, ou Como sempre, é a “Grande Israel”   Fonte: redecastorphoto Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu     "Desde o início da “Primavera Árabe”, os EUA vêm se movimentando na direção de uma reestruturação geopolítica da região, a qual, é claro, também levantou a discussão sobre o destino de Israel. Desde então, a questão permanece na agenda. E não importa a forma que assuma, o tom não muda: Israel é invariavelmente apresentada como a vítima. Assim, na primavera de 2011, no auge da guerra contra a Líbia, quando a Autoridade Palestina levantou a questão de tornar-se membro da ONU, a imprensa-empresa ocidental rapidamente pôs-se a denunciar a traição, por Washington, que estaria “entregando” o Estado Judeu aos islamistas. Hoje, quando o absurdo dessa ideia já é óbvio para todos, a ênfase passou para a ameaça mortal que o Irã representaria para Israel, ênfase que, pelo que se vê, cresce alinhada à deterioração da situação na Síria. Nesse process

“The act of Killing”, um extraordinário documento

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“The act of Killing”, um extraordinário documento por Os Editores de O Diário Info     Um realizador norte-americano empreendeu a tarefa de documentar a chacina anti-comunista levada a cabo na Indonésia em 1965. O monstruoso massacre de um milhão de homens e mulheres, encorajado e saudado pelo imperialismo, surge reencenado por um dos seus principais perpetradores, pessoalmente responsável por mais de mil mortes. O filme foi estreado em Espanha a 30 de Agosto.     Um realizador de cinema pede a um assassino que recrie, em filme, as torturas e crimes que cometeu na vida real. Este, encantado com a oferta, dispõe-se a isso com entusiasmo e diligência. O resultado da experiência é uma alucinação cinematográfica que adquire proporções épicas quando se descobre que o criminoso é um dos líderes mais sanguinários dos esquadrões da morte na Indonésia, bandos de carniceiros que, em 1965, acabaram com a vida de um milhão de pessoas em menos de um ano. The Act of Killing, de

Líbia: de Kadhafi à Al-Qaëda. Com agradecimentos à CIA...

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Líbia: de Kadhafi à Al-Qaëda. Com agradecimentos à CIA... por Marc Vandepitte "A queda de Kadhafi tornou-se possível através de uma aliança entre as forças especiais francesas, britânicas, jordanas e qataris, de um lado, e dos grupos rebeldes líbios, de outro. O mais importante deles era precisamente o Libyan Islamic Fighting Group (LIFG), que figurava na lista das organizações terroristas proibidas. [...] A sua milícia teve direito a treinos americanos, mesmo antes de ter começado a rebelião na Líbia.   Estão os Estados Unidos verdadeiramente em guerra contra o terrorismo em África, ou fomentam-no para servir os seus interesses? Estado falhado Em 11 de outubro, o Primeiro-ministro líbio foi brutalmente derrubado antes de ser libertado algumas horas mais tarde. Este rapto é sintomático da situação no país. Em 12 de outubro, um automóvel armadilhado explodiu perto das embaixadas da Suécia e da Finlândia. Uma semana antes, a embaixada da Rússia foi evacuada, depois de t

Terror e militarismo na estratégia dos EUA para enfrentar a crise

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Terror e militarismo na estratégia dos EUA para enfrentar a crise por Luís Carapinha     "A essência exploradora e as práticas criminosas do capitalismo contrastaram em permanência com a imagem virtuosa da democracia representativa burguesa, arvorada em farol da liberdade e pináculo dos direitos do homem, cultivada pelos meios de legitimação da ordem capitalista." "O rastro de destruição e instabilidade deixado pelas guerras no Afeganistão (cuja ocupação militar prossegue), Iraque e Líbia deixa a descoberto a estratégia terrorista impulsionada pelos EUA. Na Síria os grupos financiados, armados e treinados pelos Estados Unidos e o séquito de potências e países cúmplices (cada qual munido da sua pequena agenda própria) travam uma guerra de procuração que tem – no plano estratégico – os olhos colocados no Irão, Rússia e China. Não é segredo que a doutrina militar dos EUA identifica nos três países diferentes níveis de ameaça à manutenção da sua hegemonia. Daí

Brasil : “Hoje eu vejo que bandido é o Estado”

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“Hoje eu vejo que bandido é o Estado”     "A polícia, é muito triste de dizer, não sei se tem alguém aí que faz pesquisa em psicologia, a fração de sádicos na sociedade, eu ouvi uma vez dizer que tinha 1%. Se pesquisar na polícia, eu garanto que vai encontrar um número bem maior. Não sei se eles são incentivados, ou há uma pré-seleção. Mas o sadismo ficou claro: eles têm um prazer enorme em ver você sofrer, e te diminuir."   Gustavo Dopcke , preso no dia 15, no Rio de Janeiro, na manifestação em apoio a greve dos educadores, conta como foi a experiência do cárcere.   Resolvi transcrever parte do depoimento do manifestante preso em 15 de outubro de 2013, no Rio, por causa da força desse relato e da palavra escrita. E para que não pairem dúvidas sobre o fim do Estado Democrático de Direito no Rio de Janeiro, apoiado pelo governo federal. Ninguém precisa ter bola de cristal para saber quais serão as consequências desse Estado policial. Não coube num post comu

Assassinos grandes e pequenos

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Assassinos grandes e pequenos por Filipe Diniz     Dados da ONU apontam para que só nesse ano( 2011) houvesse 3021 civis mortos e 4507 feridos no Afeganistão. Na tropa da ocupação imperialista, em tantos casos desesperada perante uma situação militar incontrolável, de vez em quando há um militar de baixa patente que vai a tribunal e é condenado. Um, o U.S. Sgt. Robert Bales, que matou 16 civis e feriu outros 6, foi condenado a prisão perpétua. Sendo os EUA o que são, as famílias destas vítimas receberam $50 000 por cada parente falecido, e os feridos sobreviventes receberam $11 000. Parece que estes valores foram inflacionados pelo impacto do crime – mediatizado como o «massacre de Kandahar» – porque, por exemplo, uma rapariga que ficou com um braço gravemente ferido noutra ocasião apenas teve direito a $392.16. Em qualquer caso as famílias assim contempladas foram informadas que se tratava de «assistência proporcionada pelo presidente Obama», o assassino em série que mata

Como se fabrica uma «alternância»...

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Como se fabrica uma «alternância»... por Agostinho Lopes     A alternância é uma estratégia, estratagema político bem conhecido dos povos, bem sintetizado na expressão « mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma »! Nos sistemas políticos democráticos (nas democracias burguesas) é a forma de assegurar a manutenção da mesma política, nas suas opções estratégicas, eixos estruturantes e medidas, ou seja, o serviço dos mesmos interesses de classe, através da mudança de composição dos titulares do governo, via substituição do partido (ou coligação) que assume o governo e que, anteriormente, era oposição. Tem sido assim em Portugal nestes quase 40 anos de regime democrático conquistado pela Revolução de Abril. A alternância tem um objectivo central: negar a alternativa, isto é, que haja uma efectiva alteração de política(s)! E a negação da alternativa exige a «fabricação» da «alternância»! Um processo que se inicia logo que um novo governo toma posse, ou mesmo antes, pelo men

EUA: Nós somos a alta tecnologia da espionagem global

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Nós somos a alta tecnologia da espionagem global Por Eduardo Febbro, de Paris      Todas as fantasias dos adeptos das teorias conspiratórias que imaginavam os EUA espionando cada canto do planeta com satélites e dispositivos ultra tecnológicos viraram fumaça em um par de dias. A alta tecnologia da espionagem global somos nós mesmos, não satélites espiões, nem raios invisíveis. Nós entregamos nossos correios, nossos segredos, as fotos e os nomes de nossos filhos e irmãos, de nossos amigos, envoltos em um papel de presente transparente. Especialistas em tecnologias da informação concordam: é imperativo mudar nossa cultura na rede. Só nos resta o espelho do nosso próprio desencanto. E certa tristeza humana e “geopolítica” ao constatar que, frente ao grande espião universal norte-americano vestido com a roupagem da democracia, os europeus não só deram mostras de uma espantosa covardia frente aos Estados Unidos, como também que, toda sua potência econômica, todo seu espaço

O mito da Caridade cristã

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O Papa, o Edir Macedo da Igreja Universal e o Valdomiro da Igreja  Mundial. O mito da Caridade cristã por Jorge Messias "Agora, a derrocada capitalista é geral. Os povos caminham para a miséria e nada pode disfarçar esta horrível realidade. Por isso o Vaticano, em estado de desespero, tenta o impossível: em plena era do conhecimento e já incapaz de ocultar completamente a realidade, procura manter o mito central do seu passado histórico ultraconservador: fingir ser aquilo que não é. Assim entronca esta síntese no tema central que nos tem vindo a ocupar – o lugar da hierarquia religiosa nas técnicas da fome e da produção da miséria, da desigualdade social e da redução drástica das liberdades democráticas – inscritas no agrobusiness. " « O aumento do preço dos alimentos deve-se, sobretudo, à especulação do capital financeiro de pensões e fundos de alto risco . Após o estoiro da bolha especulativa do sector imobiliário americano, a cotação dos produtos agrícola

HIROSHIMA

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HIROSHIMA por Albano Nunes "Não impediu o avanço do campo dos países socialistas, avanço que ulteriores derrotas não podem fazer esquecer, e que chegou a estender-se a um terço da população mundial e a alcançar realizações de dimensão histórica. Não conseguiu sequer impedir que a União Soviética, devastada e sangrada por mais de 20 milhões de mortes, se reerguesse a um ritmo vertiginoso e se dotasse ela também da arma atómica, feito de alcance histórico a juntar a tantos outros, que obrigou os EUA a encolher as garras agressivas e abriu espaço ao avanço universal da luta libertadora dos trabalhadores e dos povos." Ao lançar a bomba atómica sobre as populações das cidades japonesas de Hiroshima, a 6 de Agosto de 1945, e de Nagasaki, três dias depois, o imperialismo norte-americano cometeu um dos maiores crimes que a história regista. Trata-se de uma tragédia que não pode cair no esquecimento. Particularmente quando, perante a crise estrutural profunda em que o c

França : O saldo da privatização

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Air France anuncia nova vaga de despedimentos O saldo da privatização "Feitas as contas, desde que os privados se apoderaram da empresa mais de 16 mil postos de trabalho foram ou estão em vias de serem extintos em nome da rentabilidade. O pessoal de terra foi o mais afectado, mas as reduções atingiram também o pessoal de cabine e os pilotos. "  A administração da Air France anunciou, dia 31 de Julho, uma nova vaga de despedimentos que atingirá entre 2500 e 2600 trabalhadores já a partir de Setembro. Desde a fusão com a holandesa KLM, em 2003, e após a privatização total da companhia em 2004, a Air France tem conduzido uma política de rapina dos direitos laborais e sociais dos trabalhadores. Externalização de serviços, redução de efetivos, congelamento de salários e de admissões e cortes nas regalias sociais têm sido as principais medidas aplicadas pela empresa para reduzir custos e recuperar a rentabilidade. A hemorragia de pessoal começou em 2004 com a não s

Fifa, CBF e PT: formação de quadrilha!

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Fifa, CBF e PT: formação de quadrilha! por Hugo R C Souza  "Nem mesmo o argumento picareta, mas oficial, que as "autoridades" costumam usar como justificativa para o financiamento das festas dos ricos, ou seja, o de que a gastança "aquece" a economia local e gera dividendos com o aumento do turismo, do consumo, etc, nem mesmo essa lengalenga se sustentou. Segundo dados da própria Embratur, a abertura da Copa das Confederações em Brasília gerou cerca de R$ 22 milhões em rendimentos para o Distrito Federal, apenas metade do que foi gasto com o evento, sendo que a maioria do faturamento extra foi para o bolso de patrões, como os proprietários de grandes hotéis. " Como é do conhecimento de todos, o time formado por jogadores de futebol escolhidos e amestrados pela corrupta CBF venceu em junho o torneio Copa das Confederações, organizado pela não menos corrupta Fifa em dobradinha com o gerenciamento petista vende-pátria pela própria natureza. Não

A CIA e o controle do clima

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A CIA e o controle do clima por Silvia Ribeiro       A CIA, que, em documentos anteriores, qualificou a mudança climática e o controle do clima como fatores de importância geopolítica estratégica e de segurança nacional. Apesar disso, os republicanos votaram pelo desaparecimento do departamento de mudança climática da CIA, o que, segundo a Agência, motivou-a a financiar essa iniciativa. As razões poderiam ir além, já que o controle do clima é um projeto militar de longa data nesse país, que realizou experimentos desde a guerra do Vietnam, provocando chuva durante meses seguidos, para prejudicar os cultivos e caminhos dos vietnamitas.   A CIA estadunidense está financiando um estudo de geoengenharia (manipulação climática) que durará 21 meses, com um custo inicial de 630 mil dólares. O estudo está sendo realizado pela Academia Nacional de Ciências, com participação da NASA e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (cf. Revista Mother Jone

Sobre o “mensalão”, o lulismo e a ingratidão das elites

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José Dirceu-PT e Roberto Jeferson-PTB réus no "mensalão". Sobre o “mensalão”, o lulismo e a ingratidão das elites Escrito por Justino de Sousa Junior    "A esquerda governista deveria ter tido mais escrúpulo (tinha obrigação de ter pelo menos um pouco mais do que o senhor Ricúpero) na hora de escolher seus parceiros; antes de se aliar a Roberto Jeferson, Sarney, Calheiros, Barbalho etc. etc. etc., terminando com Maluf; antes de proteger o ministro Meireles, acusado de crime contra o sistema financeiro; antes, sobretudo, de reproduzir o modus operandi da política burguesa. A esquerda governista perdeu definitivamente o selo da probidade ao se aliar a figuras absolutamente questionáveis do cenário político brasileiro, ao silenciar quanto à história de seus partidos, seus métodos e práticas políticas, ao defendê-los e protegê-los de críticas e/ou investigações." "O discurso da vitimização faz algum sentido, mas ele mente ao tentar opor a perspectiva go

Da seriedade e da «solidariedade»

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Da seriedade e da «solidariedade» por João Ferreira "São as duas caras da social-democracia. Na Europa, como em Portugal. Por cá, António José Seguro afirmou que o Tratado Orçamental, que votou favoravelmente na Assembleia da República, teria como contrapartida certa e segura (Hollande, na altura, assim o prometia) o reforço do orçamento da UE. Num momento em que o PS se procura descolar do Governo com quem co-subscreve o programa da troika, é bom lembrar que este Tratado – para o qual Cavaco, já por diversas vezes, chamou a atenção, dizendo que à conta dele, no futuro, mesmo que mudem os governos, não mudará a política – este Tratado, dizia-se, prevê simplesmente isto: no pós-troika continuarão em vigor as políticas da troika, ou seja, austeridade eterna. É bom lembrar que PS, PSD e CDS aprovaram este Tratado e a sua transposição para a ordem jurídica nacional, nomeadamente na Lei de Enquadramento Orçamental, onde se estabelece que o pagamento da dívida aos credor

Pátria, lugar de exílio

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Pátria, lugar de exílio   por César Príncipe     "Os jornais, as rádios e as televisões (nas mãos de grupos multimédia, ancorados à finança e balizados pelo consenso rotativista) são chiens de garde dos senhores de turno. Ostentam os guiões do patronato que mais ordena e da agiotagem que mais conta, fornecem argumentário para a resig(nação) e a capitulação. Na emergência, a pátria deles é a patroika, instância de ocupantes e colaboracionistas, da Comandita das Três Siglas e do Clube dos Miguéis de Vasconcelos. Bom aluno euro-americano, o complexo mediático abraça a doutrina do alinhamento e da circularidade e da capsulagem do adverso. Para iludir a questão informativa e opinativa, multiplica os apresentadores da normalidade e aparentadores de diversidade e selecciona trupes de maldizer de superfície. A gramática reaccionária tomou conta de páginas e antenas. A vulgata política e a publicidade comercial confundem-se. Morfologicamente. Ideologicamente. Programaticam

O covil dos ladrões

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O covil dos ladrões por Jorge Messias   "Nesta linha de leitura, será útil lembrar o que foi declarado pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, em Maio de 2011 e no Brasil, uma nação que podemos olhar como num espelho e na qual incubam os projectos assassinos do agronegócio. Tratava-se, a dada altura, de caracterizar o que era o trabalhador escravo, nos tempos antigos e nos tempos modernos. «No século XIX» – refere-se no trabalho "Nova Escravidão na Economia Global" – «falava-se na abolição do escravo como uma libertação da terra, do capital, de formas de trabalho que já não serviam os interesses da acumulação do capital. Hoje, a economia não revela dificuldades em conviver com a escravidão. No século XXI, a ideia de expansão do trabalho é análoga à do tempo da escravidão e volta a exprimir-se através da precarização absoluta do trabalho e como fruto do neoliberalismo. E o novo escravo, tal como o antigo, é descartável». " «As Fundações e os go

Portugal: Preparar o país face a uma saída do Euro

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Preparar o país face a uma saída do Euro por Vasco Cardoso     "O Euro é, e sempre foi, um projeto do grande capital europeu, das transnacionais europeias e do diretório de potências comandado pela Alemanha e um instrumento central da concorrência e rivalidade interimperialistas. O grande capital nacional, integrado em posição subalterna com aquele, assumiu o projecto como seu e os partidos que o representam politicamente – PS, PSD e CDS – impuseram-no ao país. O Euro e os constrangimentos associados à UEM – que começaram muito antes da entrada em vigor da moeda – serviram especialmente bem os interesses da banca, nacional e estrangeira, e dos grandes grupos monopolistas, mas foram e são contrários aos interesses dos trabalhadores e do povo português, bem como dos trabalhadores e dos povos da Europa."       A agudização da crise económica, social e política que atinge o país tornou mais evidentes muitos dos alertas e denúncias que o PCP fez ao longo dos

Brasil : Mais de 53 mil pessoas são assassinadas por ano e as vítimas tornaram-se cada vez mais jovens

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Morte prematura de jovens custa R$ 79 bilhões por ano por Adital   "A mortalidade violenta de jovens (entre 15 e 29 anos) no Brasil é um problema que veio se agravando nas últimas décadas, sobretudo no que diz respeito à letalidade ocasionada por homicídios e por acidentes de transporte. No que se refere aos homicídios, a piora se deu em dois planos. Não apenas a letalidade aumentou ano a ano, mas as vítimas tornaram se gradativamente mais jovens. Com efeito, enquanto o máximo da taxa de homicídios por 100 mil habitantes cresceu 154% entre 1980 e 2010, quando passou de 27,7 para 70,6, a idade em que se alcançou essa taxa máxima de homicídio variou de 25 para 21 anos." Mais de 53 mil pessoas são assassinadas por ano e as vítimas tornaram-se cada vez mais jovens. O perfil desses jovens, vítimas dos vários tipos de mortes violentas, é em sua maioria homens, pardos, com 4 a 7 anos de estudo, mortos nas vias públicas, por armas de fogo. Esse é um dos dados que consta n

Elas, marcadas para morrer

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  Elas, marcadas para morrer por Ismael Machado*   "Para explorar as riquezas, o governo construiu estradas, como a Transamazônica, a BR-222, a BR-158, mas construiu também hidrelétricas, como Tucuruí, e estimulou e financiou a implantação de grandes projetos para explorar as riquezas ali existentes, como o Projeto Ferro Carajás. "Ao mesmo tempo incentivou a vinda de grandes empresas e pecuaristas do Centro-Sul do Brasil para investir na criação de gado bovino. Não só concedeu terras, mas créditos subsidiados pela política de incentivos fiscais da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). Esses grupos econômicos, especialmente aqueles que investiram na implantação da pecuária extensiva passaram a expulsar, de forma muito violenta, os povos indígenas e diversos pequenos agricultores que há muito tempo ocupavam da região”, enfatiza o dossiê da CPT." A partir de hoje, a Adital reproduz às sextas-feiras matéria especial da Agência Pública sobr

Esquerda Moderna

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Esquerda Moderna por Ângelo Alves       "O PS está assim a confirmar o que andou a tentar esconder nos últimos meses. Está de acordo com a essência e a ideologia do pacto de agressão, não quer ouvir falar de eleições antecipadas até às Autárquicas e está a preparar-se para prosseguir a mesma política de direita que está a infernizar a vida aos portugueses."     As negociações entre PS, PSD e CDS decorriam na segunda-feira, e nas palavras de um dos representantes do PS , de acordo com os pressupostos avançados por Cavaco Silva. Ou seja, o PS aceitou discutir o seguinte cenário: manter em funções, durante um ano, um governo de gestão; continuar a aplicar o pacto de agressão; marcar eleições para daqui a um ano e dizer aos portugueses que, seja qual for o resultado dessas eleições, o mandato do governo delas saído será o de manter o actual rumo de declínio, submissão e destruição económica e social do País.   É isto, e nenhuma outra coisa, que estes tr

Por uma política e um governo patrióticos e de esquerda!

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Por uma política e um governo patrióticos e de esquerda! Revista «O Militante» "Por que é que sistematicamente promove o BE, um partido que vive a surfar a conjuntura e também ele comprometido com o processo de integração capitalista europeu e a sua deriva federalista supranacional, e apologista de um oportunista conceito de «esquerda» que branqueia e absolve o PS e a social-democracia em geral, da sua estrutural identificação com o grande capital e o processo contra-revolucionário em Portugal? Porque o PCP, como uma vez mais ficou patente com a realização do seu XIX Congresso, é a grande força da alternativa, o mais consequente defensor das conquistas e valores de Abril e da Constituição que os consagra, o mais intransigente lutador contra a exploração capitalista e a opressão imperialista, um partido que existe não para melhorar o capitalismo mas para o abolir, portador de um Programa de transformação revolucionária da sociedade que aponta ao povo português a luta por

"DEMOCRACIA BURGUESA E FASCISMO"

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"DEMOCRACIA BURGUESA E FASCISMO" Fascismo: Crescimento repentino?   "Há uma luta entre elas – uma deve acabar com a outra. Ou o avanço das forças produtivas põem fim ao capitalismo, ou a existência continuada do capitalismo provocará uma progressiva pausa na produção e na técnica que mergulhará milhões de pessoas do planeta na pobreza, miséria e guerra. Estes são os dois únicos caminhos, capitalismo ou socialismo. Não existe outra alternativa. Todas as esperanças em uma terceira alternativa, que garantiria a realização do desenvolvimento pacífico e harmonioso sem a luta de classes, por meio da democracia capitalista, do capitalismo planificado, etc., são sonhos impossíveis."       Para os que aceitaram como inquestionável as formas sociais existentes e a sua continuidade, para os que apostaram pela possibilidade de uma melhora progressista pacífica dentro dessas formas sociais, e para os que qualificam a alternativa revolucionária como fantasi

A alternativa. A luta. O Partido

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  A alternativa. A luta. O Partido por Armindo Miranda Com a crise do capitalismo a acentuar as suas contradições, acentua-se o seu carácter explorador, opressor e desumano. Aprofunda-se o fosso entre uma enorme massa de seres humanos e uma elite multimilionária. Na maioria dos países em desenvolvimento, o número daqueles que vivem abaixo do limiar da pobreza aumenta de forma continuada; centenas de milhões de trabalhadores são empurrados para o desemprego e uma parte significativa não tem acesso a qualquer subsídio. Segundo a ONU, morrem por ano mais de 36 milhões de seres humanos devido ao mais vil atentado contra os direitos humanos – a fome. Ou seja, numa altura em que, devido à introdução de novas tecnologias, nunca foi tão grande a produção de bens alimentares morrem em cada minuto 70 seres humanos por falta de alimentos. Mais de 30 mil crianças morrem por dia devido a causas para as quais a ciência já tem resposta. Doenças que até há poucos anos foram consideradas errad