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Mostrando postagens de junho, 2013

Marxismo e Revisionismo

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Marxismo e Revisionismo Vladimir Ilitch Lenine "É indiscutível que estas objecções dos revisionistas se reduziam a um sistema bastante coerente de concepções, a saber: as sobejamente conhecidas concepções burguesas liberais. Os liberais disseram sempre que o parlamentarismo burguês suprime as classes e as diferenças de classe, visto que todos os cidadãos sem exceção têm direito de voto e de intervir nos assuntos do Estado. Toda a história da Europa na segunda metade do século XIX e toda a história da revolução russa, em princípios do século XX, demonstram à evidência como são absurdas tais concepções. Com as liberdades do capitalismo “democrático”, as diferenças económicas, longe de se atenuarem, acentuam-se e agravam- se. O parlamentarismo não elimina, antes põe a nu, a essência das repúblicas burguesas mais democráticas como órgãos de opressão de classe." "A política revisionista consiste em determinar o seu comportamento em função das circunstâncias, em ad

Brasil: um novo ciclo de lutas populares?*

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Sarney, Maluf, Lula e Collor Brasil: um novo ciclo de lutas populares?* por Atilio A. Boron     "À explosiva combinação acima assinalada é preciso somar o crescente abismo que separa a cidadania comum da partidocracia governante, incessante tecedora de toda sorte de inescrupulosas alianças e transformismos sem escrúpulos, que burlam a vontade do eleitorado, sacrificando identidades partidárias e afiliações ideológicas. Não por acaso todas as manifestações expressavam seu repúdio aos partidos políticos. Um indicador do custo fenomenal dessa partidocracia – que retira recursos do tesouro público que poderiam destinar-se ao investimento social – está dado pelo que no Brasil se denomina Fundo Partidário, que financia a manutenção de uma máquina meramente eleitoreira e que nada tem a ver com esse “princípio coletivo”, sintetizador da vontade nacional-popular do qual fala Antonio Gramsci."     As grandes manifestações populares de protesto no Brasil derrubara

Farinha do mesmo saco…

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Farinha do mesmo saco… por Aurélio Santos         "A revisão da Constituição para dar início ao processo de privatizações; a abertura da banca à iniciativa privada; a abertura do BPN (pelo qual hoje todos estamos a pagar caro); o início das parcerias público privadas (Ponte Vasco da Gama – um negócio desastroso para o Estado); a assinatura do Tratado de Maastricht que o insuspeito John Major então 1.º ministro de Inglaterra considerou de suicidário; o uso da repressão policial contra a resistência passiva à aplicação de uma inconstitucionalidade (protesto na Ponte 25 de Abril); o triste episódio ocorrido entre polícias no Terreiro do Paço que ficou conhecido como «os secos e molhados», são apenas alguns dos factos com a chancela do actual Presidente da República, então primeiro-ministro."     O actual Governo não tem doze ministros, tem treze. O 13.º ministro encontra-se no Palácio de Belém, ocupando o cargo de Presidente da República. Temos o direito e

Estado e sociedade genocidas

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Estado e sociedade genocidas por Fausto Arruda   "É dever de todos progressistas, verdadeiros democratas e revolucionários apoiarem de forma mais decidida ainda a luta dos irmãos povos indígenas."   "Ainda no período colonial começa uma prática que vai perdurar durante o Império e também por boa parte da nossa história republicana, cuja tônica estava em confinar os índios em pequenas extensões de terras, não raro limitadas ao entorno de suas aldeias, e sem qualquer preocupação com a manutenção das condições necessárias à sua reprodução sociocultural. É esta prática que podemos chamar de dizimação assistida. Os aldeamentos foram entregues à igreja e depois, ao estilo ianque, vieram o Serviço de Proteção ao Índio e a Funai na sequência de tutelas sobre os povos indígenas. Esta política, associada à praxe de transformar todos os demais espaços em terras devolutas sobre as quais se permitia a titulação concedida e tolerância à grilagem a latifundiários, vai gerar

Raízes históricas da crise social no Brasil – O papel do FMI

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Raízes históricas da crise social no Brasil – O papel do FMI por Michel Chossudovsky "A maior parte dos responsáveis políticos da Wall Street e de Washington, surpreendidos pela selecção de uma equipe económica ortodoxa liberal, ficou perfeitamente extasiada quando ele começou a promover vigorosamente uma agenda neoliberal radical, incluindo privatização da segurança social, rebaixamento substancial de pensões para empregados de sectores públicos e redução do custo e facilitação das exigências para capitalistas despedirem trabalhadores. ( Global Research, 2003 ) " Milhões de pessoas por todo o Brasil aderiram a um dos maiores movimentos de protesto da história do país. Ironicamente, o levantamento social dirige-se contra as políticas económicas de uma auto-proclamada alternativa "socialista" ao neoliberalismo conduzido pelo governo do Partido dos Trabalhadores (PT) da presidente Dilma Rousseff. O "remédio económico forte" do FMI, incluind

Governo desrespeita nações indígenas e impõe usinas

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Governo desrespeita nações indígenas e impõe usinas por Mário Lúcio de Paula       "Enquanto isso, cercadas por tropas da Força Nacional de Segurança, Polícia Federal, Polícia Militar e até mesmo do exército, as obras de usinas nos rios Madeira, Tapajós, Teles Pires, Xingu e outros prosseguem, inundando e degradando áreas camponesas, territórios indígenas, expulsando populações ribeirinhas. Tudo isso, diga-se de passagem, não tem como objetivo eletrificar a Amazônia, mas transmitir energia barata para transnacionais, grandes mineradoras, etc., situadas na região sudeste do país. O chamado "Linhão do Madeira" partirá de Rondônia para o estado de São Paulo, assim como o grosso da energia gerada em Belo Monte e outras usinas terão destino semelhante. Grandes grupos liderados por empresas estrangeiras já disputam esse filão bilionário e apressam o governo para que cumpra as exigências do imperialismo e conclua essas obras a ferro e fogo."    Cer

Enigmas do novo Papa

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Enigmas do novo Papa por Jorge Messias     "Os enigmas, no entanto, não ficam por aqui. Depois se veio saber que este conservador progressista, firmemente decidido a democratizar a igreja, colaborara com uma das mais ferozes tiranias que a América Latina jamais conheceu; e que seria insensato pensar-se que o poderoso arcebispo de Buenos Aires nenhuma informação tivesse acerca da pedofilia dos padres, dos desfalques da banca católica ou dos escândalos que minam as instituições ditas caritativas da sociedade civil confessional. É evidente que – tal como os outros cardeais – de tudo soube e tudo calou."   Enigmaticamente, o cardeal Ratzinger abdicou do seu trono de Sumo Pontífice. Não menos enigmática foi a sua sucessão, praticamente automática, confiada a um cardeal argentino quase desconhecido do povo católico. Os enigmas adensaram-se quando se soube que o novo Papa era considerado conservador, no mundo eclesiástico, propondo-se entretanto, a partir

Brasil: A virada da direita - o dia 20 em Florianópolis

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 Dir eitista, seguidor de FHC-PSDB, estreando seu uniforme nas manifestações   A virada da direita - o dia 20 em Florianópolis   por Elaine Tavares   " O grito das gentes, exigindo que os partidos políticos não se manifestassem não é uma coisa gratuita, inventada pela direita que decidiu entrar de cabeça no movimento. Não. Foi apenas a potencialização de um sentimento que os próprios partidos conhecidos como esquerda - em sua grande parte - permitiram que brotasse. Desde há muito tempo que esses partidos desistiram do trabalho de base, que foi tão importante para preparar a democratização do país depois de tantos anos da violência da ditadura militar. O PT, que hoje está no governo, também é em grande parte responsável por essa "bandeira" que se mostrou na rua. Muito antes da chegada ao governo já havia diminuído o trabalho na base e, ao assumir o governo, investiu muito mais na cooptação do que na educação para a emancipação. Depois, negando-se

Portugal : O ataque é brutal, a greve é geral

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O ataque é brutal, a greve é geral por António Santos   "Perante a lesa-pátria do governo, resistir é um acto patriótico. Fazer greve assume-se como expressão individual de uma urgência histórica que nos chama a defender a dignidade dos nossos filhos. Uma decisão pela qual o futuro nos pedirá contas. Porque não somos pais incógnito, netos de filhos ignaros, como acautelava o Zeca, fazemos greve. Para dizer, num referendo mais alto que todos os votos, que não admitimos regressar à longa noite do fascismo."         Qual é pátria qual é ela, que tem 900 anos de História e se vende por patacos à gula dos agiotas? Qual é pátria qual é ela, que não sacode o jugo dos traidores nem ousa desobedecer à sentença de morte? Qual é pátria qual é ela, que é mansa perante a iniquidade e faz gala da pacatez com que ruma ao garrote? A minha não é certamente, que a subserviência nunca foi apanágio do meu povo. Dois anos passaram desde a assinatura do memorando que ajoel

Água: Uma batalha de todos os dias

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Uma batalha de todos os dias por Jorge Cordeiro     "No quadro da inadiável ruptura com a política de direita é preciso pôr termo ao processo de mercantilização de direitos básicos e essenciais à vida. É preciso dar combate à apropriação privada da água e da sua gestão, defendendo o seu carácter público, salvaguardando o poder de decisão e controlo nacional sobre este sector estratégico. É preciso garantir políticas que assegurem a todos os cidadãos o direito a um abastecimento de água de qualidade e a preços socialmente justos. É preciso garantir o respeito pelo papel e competências do poder local, combater a privatização do grupo Águas de Portugal, reverter o processo de expropriação das autarquias." Não é uma força de expressão dizer-se que a questão da água é vital para cada ser humano, um direito inerente à vida. Mas esse direito é também uma questão de democracia, de soberania, de segurança ambiental, de protecção da natureza e de desenvolvimento. A ág

Desde que ... poderá ser tarde!

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Desde que ... poderá ser tarde! por Caio Andrade Bezerra da Silva   "Desde que não enfrentem o capitalismo como um todo, não queiram ouvir falar em revolução nem socialismo... A burguesia mata no peito as manifestações e oferece entregar alguns anéis, para não perder os dedos. Ou, pior, responde aprofundando o fascismo neointegralista. Ou alguém acha que as classes dominantes vão simplesmente se sensibilizar e entregar tudo de forma tranquila?!" Desde que o governo subsidie as empresas de ônibus (com nosso mesmo dinheiro), elas não se incomodam com os protestos, até podem reduzir tarifas; Desde que não questionem a estrutura, se limitem a críticas superficiais sobre corrupção e não forcem a mudança no sistema político, Dilma continuará dizendo que os protestos são legítimos, Calheiros e Alckmin continuarão amenizando a repressão; Desde que se mantenha o senso comum antipartidário, colocando todo tipo de organição no mesmo saco, sem um projeto de sociedade para

Armas de destruição em massa (ADM). 2.0

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Armas de destruição em massa (ADM). 2.0 por Jorge Cadima "A farsa é grotesca, mas ameaça transformar a tragédia em catástrofe. Desde há muito que a Síria está a ser destruída por mercenários armados, pagos e apoiados pelos EUA, Inglaterra, França, Arábia Saudita, Qatar, Turquia, Jordânia (e outros). Em Maio, Israel bombardeou Damasco. A Rússia ripostou reforçando o seu apoio ao governo sírio. O Hezbolá ripostou entrando em acção no terreno. O Irão já declarou repetidamente que, caso seja necessário, entrará em acção em apoio do aliado sírio. Uma escalada da aventura militar imperialista no Médio Oriente arrisca-se a incendiar, não apenas a região, mas todo o planeta." Há uma década, o imperialismo lançou uma enorme campanha de desinformação alegando que o Iraque de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa (ADM). Cedo se confirmou que o pretexto não passava duma Aldrabice para a Destruição em Massa (ADM). Agora, uma nova versão da saga ADM está em marcha.

É tempo de lançar de novo ao vento as ideias de Lenin. Lenin está agora Mais vivo do que todos os vivos.

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OS QUE ESTÃO ASSUSTADOS COM A FALÊNCIA DO VELHO E OS QUE LUTAM PELO NOVO por Vladimir Ilitch Lénine "A cobiça, a suja, raivosa, furiosa, cobiça do saco do dinheiro, o medo e servilismo dos seus parasitas - tal é a verdadeira base social do actual uivo dos intelectuais, do Retch à Nóvaia Jizn, contra a violência da parte do proletariado e do campesinato revolucionário. Tal é o significado objectivo do seu uivo, das suas tristes palavras, dos seus gritos de comediantes sobre a “liberdade” (a liberdade dos capitalistas de oprimir o povo), etc., etc. Eles estariam “dispostos” a reconhecer o socialismo se a humanidade saltasse para ele de golpe, com um salto espectacular, sem fricções, sem luta, sem ranger de dentes da parte dos exploradores, sem diversas tentativas da sua parte de defender os velhos tempos ou de voltar a eles por caminhos desviados, às ocultas, sem repetidas “respostas” da violência revolucionária proletária a essas tentativas. Estes parasitas intelectuais

Os perigos da “pátria amada”

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Os perigos da “pátria amada” por Camila Petroni e Débora Lessa,     "E aqui nasce uma nova preocupação: até ontem pairava no ar um espectro do oportunismo da “grande” mídia, que, aparentemente, pareceu ter sido desmistificado com as recentes publicações da Globo e seus atores com olhos pintados fazendo uma alusão à jornalista acertada covardemente com uma bala de borracha no olho, depois nos deparamos com um link a ser compartilhado nas redes sociais que trazia dicas de “Moda para protesto, roupa de guerra” - a estilista pop global, Gloria Kalil, já havia soltado no site dela opções de roupas (sic!) para ir ao ato. Agora, qualquer dúvida que ainda tínhamos sobre um possível oportunismo ficou clara ao nos depararmos com - o sempre tão incisivo - Arnaldo Jabor voltando atrás em relação a quando deslegitimizou as primeiras manifestações comparando-as com ações do PCC, vitimizando os policiais e ressaltando a ignorância política dos manifestantes. Ele se redime e depois comp

Lénine 1913, As três fontes e as três partes constitutivas do Marxismo

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Lénine 1913, As três fontes e as três partes constitutivas do Marxismo "Os homens sempre foram em política vítimas ingénuas do engano dos outros e do próprio e continuarão a sê-lo enquanto não aprendem a descobrir por trás de todas as frases, declarações e promessas morais, religiosas, políticas e sociais, os interesses de uma ou de outra classe. Os partidários de reformas e melhoramentos ver-se-ão sempre enganados pelos defensores do velho, enquanto não compreenderem que toda a instituição velha, por mais bárbara e apodrecida que pareça, se mantém pela força de umas ou de outras classes dominantes. E para vencer a resistência dessas classes só há um meio: encontrar na própria sociedade que nos rodeia, educar e organizar para a luta, os elementos que possam - e, pela sua situação social, devam - formar a força capaz de varrer o velho e criar o novo." As Três Fontes e as Três partes Constitutivas do Marxismo A doutrina de Marx suscita em todo o mundo civilizad

Brasil : NÃO BASTA SE INDIGNAR: É PRECISO MUDAR O SISTEMA!

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NÃO BASTA SE INDIGNAR: É PRECISO MUDAR O SISTEMA!   Por PCB   "No Brasil, a crescente fascistização do estado tem a ver com a opção do governo por evitar a crise do capitalismo com mais capitalismo. É preciso muita repressão para aprofundar a privatização do nosso petróleo, dos portos, aeroportos, rodovias, para expulsar os índios de suas terras, “flexibilizar” direitos, adotar um Código Florestal para o agronegócio, desonerar e favorecer o capital. Em nosso país, a explosão popular demorou a aparecer, em função das ilusões semeadas em 10 anos de um governo que se diz de “esquerda”, mas cuja principal preocupação é alavancar o capitalismo brasileiro. Aqui, a fascistização do estado se acentuou para que o país acolha “em paz” o novo Papa e os megaeventos (Copas das Confederações e do Mundo, Olimpíadas)."   O PCB (Partido Comunista Brasileiro) saúda e se engaja de forma militante no vigoroso movimento surgido a partir de uma manifestação em São Paulo cont

EUA é um estado policial "orwelliano"

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O significado mais profundo da espionagem em massa nos EUA por James Petras     "A expansão dos poderes de guerra do Presidente tem sido acompanhada pelo crescimento no âmbito do aparelho de espionagem do estado: quanto o Presidente ordena ataques com drones além-mar e maior o número das suas intervenções militares, maior a necessidade para a elite política que cerca o Presidente de aumentar o seu policiamento dos cidadãos na expectativa de uma reacção popular adversa. Neste contexto, a política de espionagem em massa é tomada como uma "acção preventiva". Quanto maiores as operações da polícia de estado, maior o medo e a insegurança entre cidadãos dissidentes e activistas. O assalto aos padrões de vida de americanos trabalhadores e da classe média a fim de financiar as séries de guerras infindáveis, e não a assim chamada "guerra ao terror", é a razão porque o estado tem desenvolvido ciber guerra maciça contra a cidadania estadunidense." A

As mafias caritativas mundiais

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As máfias caritativas mundiais por Jorge Messias "Na prática, não é este o entender da igreja católica, das outras Igrejas organizadas, das religiões. Ser poderoso, é estar do lado dos ricos. «A Igreja santificou o poder secular». Primeiro, foram os monarcas absolutos; depois, os mercadores; a seguir, os tiranos iluminados e os esclavagistas colonizadores; por último, o Vaticano aliou abertamente a cruz ao cifrão, o papado e o neoliberalismo moderno." «Sem dúvida que existem contradições sérias entre os monopólios industriais e bancários e os grandes senhores da terra. Os interesses dos monopólios industriais e bancários e os interesses dos grandes proprietários são contraditórios . Os industriais estão interessados no baixo preço das matérias-primas e dos produtos alimentares, o que lhes permitirá pagar salários mais baixos. Aos lavradores, interessa garantir baixos preços aos produtos industriais, nomeadamente àqueles com aplicação na agricultura. Mas os grandes pr

Troika sacrificou Grécia à banca

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Relatório do FMI admite «falhanços» Troika sacrificou Grécia à banca "A realidade mostra que as intervenções do FMI sempre se saldaram por «falhanços»: mais pobreza, desemprego, recessão económica, etc. E isto, claro, não se deveu a alegados erros mas, tal como na Grécia ou Portugal, é a consequência inevitável de políticas destruidoras, cujo objectivo primordial é defender os interesses dos credores, isto é, do grande capital." Um relatório publicado, dia 5, pelo Fundo Monetário Internacional admite que o plano de resgate da Grécia, aplicado em 2010, se saldou por «falhanços notórios». Não é a primeira vez que o FMI admite ter errado. Há alguns meses vimos os seus especialistas darem a mão à palmatória, confessando que calcularam mal os efeitos recessivos do aumento da carga fiscal. Enfim, poderia pensar-se que errar é humano… Porém, agora vêm afirmar preto no branco que o resgate da Grécia foi uma operação montada, não para ajudar o país a sair da bancarro

A Conspiração: Menoridade Penal

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A Conspiração: Menoridade Penal   por Vera Vassouras   "Jornalistas e políticos ousam se arvorar em defensores da sociedade, com suas garras afiadas e seus dentes à mostra, contra pessoas indefesas. Diminuam a menoridade penal, afirmam em uníssono, todavia, nenhuma palavra contra os crimes cometidos diariamente contra a inocência, violando um direito humano à plenitude da vida. Aos jovens são oferecidos sexo deturpado, álcool e futilidades, jamais conhecimento e respeito." O noticiário é unânime a favor do encarceramento das crianças e adolescentes. Pobres, naturalmente. Distorcendo realidades, escondem as causas da violência para assegurar a destruição física e mental das novas gerações.  Todas as guerras, individuais ou coletivas, são o resultado das guerras travadas diuturnamente contra crianças e adolescentes. Perseguidos e abusados por Igrejas, Exércitos e propaganda nazifascista, adestrados nos rituais da servidão e da mentira, são condenados a uma ex

EUA alargando sua presença militar em África para controlar matérias primas

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«Flores de nenúfar» dos EUA em África por Carlos Lopes Pereira           "Por estas razões, segundo Hassan, conquistar o controlo de África torna-se urgente para Washington e isso não se pode fazer unicamente pela concorrência dos actores económicos no mercado «livre». Para o bloco imperialista «trata-se acima de tudo de uma questão militar». E daí o papel decisivo dos EUA e da NATO desde 2011 nas guerras em África. E da crescente «cooperação militar» do Africom com 35 estados africanos." Os Estados Unidos estão a alargar a presença militar em África, numa estratégia de controlo das matérias-primas, em especial do petróleo. Há notícias de que o Pentágono quer estabelecer uma «estação de monitorização» em Cabo Verde, ao mesmo tempo que, mais a Sul, no Golfo da Guiné, navios e militares norte-americanos patrulham as águas territoriais de S. Tomé e Príncipe. Um artigo recente publicado por Nikolas Kozloff no portal The Huffington Post, intitulado «Washington

A inauguração do Estado Policial - EUA A caminho de uma ditadura democrática?

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A inauguração do Estado Policial - EUA A caminho de uma ditadura democrática? por Prof. Michel Chossudovsky " Da mesma maneira como aconteceu na chamada República Weimar, na Alemanha de 1930, liberdades e direitos fundamentais estão agora sendo anulados abaixo do pretexto de que a democracia estaria sendo ameaçada e precisaria de ser protegida. Grupos radicais e ou ativistas trabalhistas constituem aos olhos da administração de Obama uma ameaça ao estabelecimento econômico assim como a ordem política nacional americana [tem-se calafrios em lembrar-se do DOPS – Departamento de Ordem Pública e Social dos tempos da ditadura brasileira?]"   Tema: Estado Policial e Direitos Civis   Notas do Autor: O artigo que segue [1] foi publicado em janeiro de 2012 e focaliza uma importante lei legislativa (Lei - Autorização de Defesa Nacional – “National Defense Authorization Act” (NDAA) HR 1540).   Quase que nem notada na comprometida corrente da mídia esta

Brasil : TODO APOIO ÀS MANIFESTAÇÕES POPULARES

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TODO APOIO ÀS MANIFESTAÇÕES POPULARES (Nota política da Comissão Regional do PCB de São Paulo)       "Na verdade, as manifestações populares representam o esgotamento da paciência da população contra as políticas sociais-liberais dos governos federal, estadual e municipal e a política econômica de favorecimento ao capital, no caso específico aos empresários dos transportes que prestam um serviço de péssima qualidade e recebem vultosos lucros e subsídios da Prefeitura, mesmo levando-se em conta que as passagens em São Paulo são as mais caras do Brasil."   A Comissão Política Regional do PCB de São Paulo (CPR-SP) manifesta sua irrestrita solidariedade militante com os estudantes e trabalhadores de São Paulo que estão ocupando as ruas da cidade contra o aumento das passagens de ônibus e pela implementação da tarifa zero nos transportes da capital. Apesar da brutal repressão, na qual a polícia avançou contra os manifestantes com cavalaria, cassetetes, gás

Brasil: O namoro do desenvolvimentismo com o neoliberalismo

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O namoro do desenvolvimentismo com o neoliberalismo por Maria Luisa Mendonça,     A ilusão da “produtividade” do agronegócio serve para justificar o avanço sobre terras indígenas e camponesas, apesar do próprio Censo agropecuário mostrar que os pequenos e médios agricultores produzem 70% dos alimentos no país. O lobby em favor da expansão de monocultivos resultou no desmonte do Código Florestal e pretende acabar com a demarcação de territórios indígenas. As mudanças na legislação ambiental permitem maior avanço do agronegócio principalmente em áreas com acesso a infraestrutura, vastas bacias hidrográficas e biodiversidade. Os efeitos serão desastrosos, pois é evidente que a destruição de fontes de água, rios e biodiversidade gera queda da produtividade agrícola. O que ocorre no meio rural é o crescente controle de grandes empresas sobre a produção e comercialização agrícolas, simultaneamente a um processo de predominância do capital financeiro na agricultura, com o fortalecim

Alarme de incêndio: o fascismo espreita a crise

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A cara do fascismo Italiano ao longo dos séculos Alarme de incêndio: o fascismo espreita a crise por Milton Pinheiro     "O fascismo, em síntese, é uma possibilidade política de caráter social conservador que se apresenta durante o período do imperialismo capitalista para tentar se consolidar no desenvolvimento do capitalismo monopolista, apresentando-se como um instrumento de modernização social de corte irracionalista, alimentado por uma cultura de consumo dirigida a partir da vigência do capital financeiro. Essa sociedade da lógica tardo-burguesa tem estimulado a guerra imperialista, desenvolvido o misticismo da aparência para fugir da ciência e da filosofia, se aquartelando nos “nacionalismos chauvinistas”, no anticomunismo e nas saídas da contrarrevolução permanente (governos da ordem neoliberais)." No último dia 5 de junho, o jovem estudante Clément Méric, 18 anos, foi espancado até a morte por hordas fascistas na cidade de Paris, França. O triste f