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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Europa : Um sistema irreformável

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Um sistema irreformável por Miguel Viegas "A actual crise tem profundas raízes na natureza do sistema financeiro erigido ao longo de décadas e com particular ênfase a partir da década de oitenta que marca o início da hegemonia do paradigma neoliberal monetarista da escola de Chicago. Este sistema assenta na capacidade exclusiva de criação monetária ex nihilo (do nada) atribuída aos bancos através do crédito. Os limites que existiam a esta criação monetária foram sendo desmantelados. Assim a taxa de reservas obrigatória (que os bancos devem ter junto do banco central para satisfazer os levantamentos dos clientes) foi fixada a dois por cento dos depósitos em 1999 e posteriormente baixada para um por cento (na China esta taxa é de 20 por cento). Uma vez que os bancos vivem da remuneração do crédito concedido, é óbvio que estes procuram maximizar os empréstimos. Está na sua natureza." "O PCP tem como premissa fundamental a dissolução da União Económica e Monetá

Guerra na Ucrânia - Combates em toda a linha

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Guerra na Ucrânia Combates em toda a linha "Em Bruxelas, anuncia-se reuniões dos estados-membros sobre a crise e insiste-se no «continuado e crescente apoio dado aos separatistas pela Rússia». Entre Washington/NATO e Moscovo decorre um ping-pong sobre quem tem «legiões estrangeiras» a combater na Ucrânia, sobre a quem pode ser atribuída a instigação desta guerra, numa sucessão de palavras ásperas que os EUA dizem decorrer da «ocupação» de parte da Ucrânia pelos russos, e a Rússia sustenta ser parte de uma nova «guerra fria» destinada a fazer capitular o país e a promover a prevalência norte-americana no mundo." As autoridades antigolpistas do Donbass respondem à intensificação da campanha militar de Kiev com uma contra-ofensiva destinada a repelir o assédio de Kiev no Leste do país. O conflito nas regiões de Donetsk e Lugansk agravou-se substancialmente na última semana, primeiro com a retirada do derradeiro contingente golpista do aeroporto de Donetsk. Recuo c

A Ditadura Democrática Revolucionária do Proletariado e do Campesinato

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A Ditadura Democrática Revolucionária do Proletariado e do Campesinato V. I. Lénine - 12 de Abril (30 de Março) de 1905 A questão da participação da social-democracia no governo provisório revolucionário foi avançada para a ordem do dia não tanto pelo curso dos acontecimentos como pelos raciocínios teóricos dos sociais-democratas de uma certa orientação. Em dois artigos (n.°s 13 e 14) analisámos os raciocínios de Martínov (1) , que foi o primeiro a avançar esta questão. Acontece, contudo, que o interesse por ela é tão grande, e tão imensos os mal-entendidos gerados pelos mencionados raciocínios (ver particularmente o n.° 93 do Iskra ), que é necessário determo-nos mais uma vez nesta questão. Como quer que os sociais-democratas avaliem a probabilidade de num futuro próximo termos de resolver esta questão não apenas teoricamente, em todo o caso o partido tem de ter claros os objectivos próximos. Sem uma resposta clara a esta questão é já impossível uma propaganda e agitação conseq

Liberdade, onde estás? Não na América ou na Europa

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Liberdade, onde estás? Não na América ou na Europa por Paul Craig Roberts "Isto estabeleceu um novo princípio na Europa, o mesmo que o FMI tem aplicado implacavelmente a devedores latino-americanos e do Terceiro Mundo. O princípio é que quando prestamistas estrangeiros cometem erros e emprestam excessivamente a governos estrangeiros, carregando-os com dívida, os erros dos banqueiros são rectificados roubando as populações pobres. Pensões, serviços sociais e emprego público são cortados, recursos valiosos são vendidos em liquidação a estrangeiros por centavos e o governo é forçado a apoiar a política externa dos EUA. As "Confissões de um pistoleiro económico" ("Confessions of an Economic Hit Man") [NR] , de John Perkins descrevem o processo perfeitamente. Se não leu o livro de Perkins, não faz ideia de quão corrupto e vicioso são os Estados Unidos. Na verdade, Perkins mostra que os empréstimos excessivos são intencionais, a fim de preparar o país para

O fortalecimento do KKE indica, de novo, uma tendência para o reagrupamento de forças à sua volta

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O fortalecimento do KKE indica, de novo, uma tendência para o reagrupamento de forças à sua volta  Partido Comunista da Grécia (KKE) Nas eleições do dia 25 de janeiro, o KKE teve 5,5% dos votos, um aumento de 1% (+ 60.000 votos), em comparação com as eleições parlamentares de 2012, marcando de novo uma tendência positiva para o reagrupamento de forças em torno do KKE, uma tendência já antes verificada nas eleições parlamentares da UE, nas eleições regionais e locais e nas iniciativas do KKE no movimento operário. .  O KKE alcançou o terceiro lugar em 11 regiões eleitorais: 2ª região do Pireu, Samos, Lesbos, Lefkada, Zakynthos, Kephalonia, Kerkyra, Larisa, Trikala, Prebeza e Boiotia.   O KKE elegeu 15 deputados (tinha 12). .  O SG do CC do KKE, Dimitris Koutsoumpas, na sua declaração, saudou os milhares de trabalhadores do nosso país e a juventude, que responderam ao apelo do KKE e contribuíram hoje para o seu fortalecimento, confirmando de novo a tendência pos

Brasil : “Conter a inflação não pode significar aumentar o desemprego”

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“Conter a inflação não pode significar aumentar o desemprego” por BRASIL DE FATO Dilma em reunião ministerial abrindo o "saco de maldades" "Com essas medidas, o governo espera aumentar a arrecadação em cerca de R$ 40 bilhões, que serão retirados dos trabalhadores e das camadas mais pobres. Simultaneamente, com o 1,5 ponto percentual de elevação da Selic somente após a reeleição de Dilma, o Tesouro repassa aos rentistas detentores dos títulos da dívida pública algo próximo de R$ 14 bilhões ao ano.   “Esse é um mecanismo obsceno de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos, aumentando ainda mais a concentração da riqueza no Brasil, país que se situa entre os 12 com maior desigualdade de renda no mundo” Nesta quarta-feira (21), o governo anunciou o terceiro aumento consecutivo da taxa Selic que passou de 11,75% para 12,75% ao ano; Centrais sindicais lamentam decisão

Marine Le Pen “legitimada”

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Marine Le Pen “legitimada” por Joseph Kishore e Alex Lantier. "Juntamente com uma campanha asquerosa contra a população imigrante, a classe dominante está apoiando e legitimando movimentos fascistas e chauvinistas para direcioná-los contra as classes trabalhadoras como um todo. A lição básica das experiências dos anos 1930s, é que a luta contra o fascismo deve ser e será travada como uma guerra contra o sistema capitalista e suas representações políticas." A campanha internacional para legitimar os políticos fascistóides da Frente Nacional (FN) francesa alcançou um novo estágio nesta segunda-feira com a publicação no jornal The New York Times de um artigo sobre o tiroteio na sede do jornal satírico Charlie Hebdo pela líder do partido, Marine Le Pen. Ao franquear suas portas para Le Pen, o jornal, degradado pilar do liberalismo americano, sinaliza que significativas partes da classe dominante americana consideram que as ideias da líder fascista são parte fundamen

O imperialismo e a Coreia

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A propósito do filme A Entrevista O imperialismo e a Coreia por Jorge Cadima "O ano 2015 começa sob os piores auspícios. Um sistema capitalista incapaz de sair da profunda crise que ele próprio cavou, acentua o seu pendor de destruição e morte. Os velhos imperialismos euro-americanos não têm mais nada para oferecer aos seus povos senão a miséria, a exploração e a guerra. E para lidar com a inevitável resistência dos povos e com as potências em ascensão, recorrem de forma crescente à violência e à repressão. O imperialismo apenas conhece a linguagem da guerra, da mentira e da provocação para assegurar a sua dominação e a exploração dos trabalhadores e dos povos do mundo" "A monumental patranha sobre os alegados «ataques informáticos norte-coreanos contra a Sony» é mais uma operação de propaganda de guerra" "Passámos boa parte da primeira metade de 1994 a preparar a guerra na península coreana. [...] Nós os dois, então no Pentágono, preparámos os

A Europa e a Grécia

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A Europa e a Grécia porÂngelo Alves "É esta «Europa», decadente, em crise e em que o medo e a chantagem são armas de domínio, que vai também estar em julgamento nas eleições do próximo domingo na Grécia. Um país destruído economicamente, asfixiado por uma dívida imposta, vendido a retalho e ao preço da chuva ao grande capital estrangeiro, completamente submetido aos ditames dos seus «credores» e senhores e com um povo a sangrar feridas sociais, de dignidade e de soberania – é este País que vai a votos no domingo. Um povo massacrado e ferido, mas também um povo que há quase uma década protagoniza lutas sociais e de massas de grande envergadura para as quais o movimento sindical de classe e os comunistas gregos deram e dão contributos decisivos." Como o PCP alertou, os acontecimentos de Paris estão a ser aproveitados pelos sectores mais reacionários, pelas principais potências imperialistas e pela União Europeia para fazer avançar aquilo que há muito tentavam

A ilusão do metacontrole imperial do caos

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A ilusão do metacontrole imperial do caos por Jorge Beinstein "Na realidade, a “estratégia” de metacontrole imperial do caos, suas formas operativas concretas, convertem-na num emaranhado de tácticas que tendem a formar uma massa cada vez mais incoerente, prisioneira do curto prazo. O que se pretende converter na nova doutrina militar, num pensamento estratégico inovador que responde à realidade global actual facilitando a dominação imperialista do mundo não é outra coisa senão uma ilusão desesperada gerada pela dinâmica da decadência. Sob a aparência de ofensiva estratégica, irrompem as bofetadas historicamente defensivas de um sistema cuja cúpula imperial vai perdendo a capacidade de apreensão da totalidade real, a razão de estado vai-se convertendo num delírio criminoso extremamente perigoso dado o gigantismo tecnológico dos Estados Unidos e seus sócios europeus." “As Ilusões desesperadas geram vida em tuas veias”  St. Vulestry  “As pessoas acreditam que

França, terror e islamofobia

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França, terror e islamofobia por Narciso Isa Conde "Assim, o Estado francês do século XXI proclamou seu suposto horror pelo terror e seu hipotético amor pela liberdade. Enquanto isso, embarca na guerra mundial de “quarta geração” contra os países periféricos do sistema e na fascistização do domínio do imperialismo ocidental comandado pelos EUA. Tudo em nome da suposta superioridade da civilização branca e cristã que eles encarnam. A essa estratégia serve o desprezo às demais civilizações e o racismo praticado dentro e fora de suas civilizações e o racismo praticado dentro e fora de suas fronteiras, muito especialmente a islamofobia e sua construção ideológica em torno do fanatismo religioso como causa do terror, que inclui um capítulo especial contra o “terrorismo islâmico” em seus meios de difusão." O Estado francês destinou oito mil soldados para fazer a guerra na denominada periferia terceiro-mundista, subordinando-se aos EUA e assumindo um importante pape

Sobre a Atitude do Partido Operário em Relação à Religião

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Sobre a Atitude do Partido Operário em Relação à Religião por V.I. Lénine Reproduzimos artigo de V.I. Lénine , publicado no jornal Proletari nº 45 de 13 de maio de 1909, a respeito da posição que deve manter o partido revolucionário com a religião. O discurso do deputado Surkov na Duma de Estado durante a discussão do orçamento do Sínodo e os debates na nossa fracção na Duma durante a discussão do projecto deste discurso, os quais publicamos adiante, levantaram uma questão extraordinariamente importante e actual precisamente neste momento (1) . O interesse por tudo o que está ligado à religião abarcou indubitavelmente vastos círculos da «sociedade» e penetrou nas fileiras da intelectualidade próxima do movimento operário e também em certos círculos operários. A social-democracia tem a obrigação absoluta de apresentar uma exposição da sua atitude em relação à religião. A social-democracia baseia toda a sua concepção do mundo no socialismo científico, isto é, no mar

O milagre econômico soviético

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O milagre econômico soviético por Valentine Katassonov 1 "Dificilmente se poderá discordar dos autores no que respeita às consequências da destruição da «Corporação Econômica URSS». Apenas se pode questionar se tal destruição ocorreu instantaneamente, no momento da dissolução da URSS, em Dezembro de 1991. Na verdade, o processo de destruição começou antes, nos anos 60 do século passado, e prolongou-se durante quase três décadas." " A economia de Stáline passou o teste do tempo. Caso não se seja um opositor preconceituoso ou um inimigo da Rússia , então deve-se reconhecer que a economia de Stáline permitiu assegurar a superação do atraso econômico secular do país, tornando-o a par dos EUA na maior potência econômica do mundo; criar um complexo econômico nacional unificado que a tornou independente do mercado mundial; vencer a Alemanha e os países da coligação hitleriana; garantir o aumento incessante do bem-estar do povo, na base da redução consequente dos custos

Um KKE forte é um apoio para o povo

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Um KKE forte é um apoio para o povo por  Dimitris Koutsoumpas “Todos deveriam ter presente que nos anos anteriores se alternaram governos de um só partido ou de coligação, obtendo o voto do povo por extorsão, fomentando o medo do “pior” ou as ilusões sobre o “mal menor. É isso o que repetem agora.” Em 11 de Janeiro, no estádio coberto do Pireu, organizado pela Organização Partidária do KKE da Região de Ática, celebrou-se um grande evento político-cultural para comemorar o 96º aniversário do KKE em que interveio o Secretário-Geral do CC do KKE, Dimitris Koutsoumpas. Milhares de pessoas de todas as idades, trabalhadores, desempregados e jovens inundaram o estádio enviando a mensagem de que o KKE e a oposição popular devem ser fortes no dia seguinte às eleições. Participaram no evento sindicalistas da Federação Sindical Mundial e o embaixador de Cuba, Osvaldo Cobacho Martínez, o embaixador da Venezuela, Farid Fernández, o embaixador da Palestina, Marwan Toubasí, bem

Terrorismo de estado em México : Eles não eram "Charlie"

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Governo mexicano participou do ataque contra estudantes de Ayotzinapa por Anabel Hernandez, Steve Fisher "A história da escola normal está marcada pela trajetória do guerrilheiro Lucio Cabañas, que estudou ali e na década de 1960 chefiou o grupo armado Partido de los Pobres em Guerrero. Seu movimento foi perseguido ferozmente pelo governo, particularmente pelo Exército na chamada “guerra suja”, quando ocorreram desaparecimentos e execuções. Desde então a escola é relacionada com a guerrilha e seus estudantes sofrem ataques e abusos de autoridade. O ataque de 26 de setembro não foi apenas contra os estudantes mas contra a estrutura política e ideológica da escola. Um dos estudantes desaparecidos fazia parte do Comité Lucha Estudiantil (CLE), o órgão máximo de governo da escola normal, e 10 eram “ativistas políticos em formação” do COPI, segundo Omar García." O governo do presidente mexicano Enrique Peña Nieto participou do ataque aos estudantes da escola n

Produção das emoções é novo estágio do controle da classe dominante

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“Produção das emoções é novo estágio do controle da classe dominante” por Domenico Losurdo "Mas hoje as coisas mudarem porque com a televisão e as novas mídias, a classe dominante não tem somente esse monopólio de produção de ideias, mas também, o que é muito importante, o monopólio da produção das emoções. Transmitem-se imagens horríveis que podem ter sido escolhidas em uma série de outras imagens propositalmente ou que pode até ser falsa. [Através desse artifício] se consegue provocar uma indignação geral [na opinião pública] e esse monopólio de produção de emoções que é muito importante para o início das guerras. Quer dizer, o Iraque, na ocasião da segunda Guerra do Golfo, dizia-se que Saddam [Hussein, ex-presidente do Iraque] tinha armas de destruição em massa, que ele poderia empregá-las a qualquer minuto. Ou pior, na ocasião da primeira guerra do Golfo, todos estavam convencidos que as forças de Saddam mataram um sem número de bebês, uma história totalmente inv

A riqueza da Nigéria e os ataques fundamentalistas

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A riqueza da Nigéria e os ataques fundamentalistas por Elaine Tavares* "O fato é que os ataques do Boko Haram podem esconder interesses bem mais profanos do que a vontade de implantar o islã. Com o fim do bloco socialista e a impossibilidade de criar o inimigo “comunista”, agora as nações ricas já consolidaram um outro inimigo comum: o “terrorista”, que, inclusive, tem cara e nome árabe. É inegável que os grupos extremistas existem e atuam de maneira ultra violenta. Mas, também é preciso considerar que muitos deles são incentivados e financiados pelos países centrais para criar o caos. Isso já aconteceu no Afeganistão, no Iraque, na Síria. Depois, eles servem de argumento para missões de ocupação estrangeiras e toda a riqueza dos países invadidos escoa para fora." A riqueza que se esconde sob o solo da Nigéria é sua desdita. Ali está uma das maiores reservas de minério fóssil do mundo, cerca de um milhão de quilômetros quadrados de puro petróleo. Há jazidas d

Os Estados Unidos e a União Europeia armaram os terroristas no Iraque e na Síria e criaram o Estado Islâmico

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Os Estados Unidos e a União Europeia armaram os terroristas no Iraque e na Síria e criaram o Estado Islâmico por Tribunal Dignidade, Soberania, Paz contra a Guerra/Comité Independência e Soberania para a América Latina Perante o avanço do exército do Estado Islâmico, os EUA e os seus aliados da UE tentam destruir com bombardeamentos indiscriminados a sua própria criação, pois perceberam demasiado tarde ter originado um monstro difícil de matar. Nenhuma guerra pode ser ganha apenas com bombardeamentos. E quem paga o preço são, mais uma vez, os martirizados povos do Médio-Oriente, de novo e sempre vítimas da criminosa acção do imperialismo. O objectivo inicial era acabar com o governo democrático da Síria, mas para os aprendizes de feiticeiro foi uma má jogada. A ingerência dos Estados Unidos e da União Europeia no Médio Oriente para destruir o Iraque e derrubar o governo constitucional de Bashar al Assad da Síria, e o apoio económico e militar que incluiu o fornecim

O regresso do fascismo – A propósito do Charlie Hebdo

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O regresso do fascismo  – A propósito do Charlie Hebdo por Jorge Beinstein "o estado francês é hoje uma componente decisiva do dispositivo operacional da NATO que está empenhado numa estratégia de intervenção global destinada à recolonização ocidental do planeta. O comando supremo cabe, naturalmente, aos Estados Unidos. A estratégia operatória da referida agressão não se limita a um conjunto de acções militares do tipo clássico e sim a um leque completo de dispositivos destinados à desestruturação, à caotização de diferentes áreas do "resto do mundo", à sua transformação numa massa informe que seja presa fácil para a depredação. Assim o demonstra a longa série de intervenções ocidentais recentes na Ásia, África e América Latina, em alguns casos através de invasões militares como no Afeganistão e Iraque, em outros combinando bombardeamentos e/ou introdução de mercenários como na Líbia ou na Síria, ou ainda instalando bases militares e inflando exércitos locais e

Eu sou todos os Charlies - EU SOU PALESTINA!

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Eu sou todos os Charlies por Soares Novais [*] Eu sou Charlie;  Eu sou todos os Charlies;  Eu sou cada um dos 360 jornalistas e outros trabalhadores que a Controlinveste e o Belmiro despediram no Diário de Notícias, no Jornal de Notícias, na TSF, na Notícias Magazine, no 24 Horas e no Público;  Eu sou a senhora Ana que, aos 84 anos, é um dos mil sem-abrigo que vivem nas ruas de Lisboa;  Eu sou o tradutor checo, que passa os dias na biblioteca e a quem pela calada da noite roubam os livros na casa que habita numa das artérias da Capital [NR] ;  Eu sou todas as operárias e operários que viram as suas vidas desfeitas por capitalistas sem coração e sem pátria;  Eu sou a puta que, para alimentar os filhos, se vende na berma da estrada;  Eu sou cada um dos milhares de desempregados que faz fila nos chamados Centros de Emprego;  Eu sou cada um dos pensionistas e reformados a quem pagam 200 euros depois de uma vida inteira de trabalho;  Eu sou ca

Adeus às ilusões

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Adeus às ilusões Por Maria Orlanda Pinassi "E é o grande capital que agora exige o recolhimento da forma petista de governar sob “consenso” e do lulismo, esse genial recurso ideológico tão funcional durante a campanha para assimilar e atrair as massas para o inferno que as aguarda." "Parece, então, que a escolha exitosa no pleito, tanto quanto seria a outra, vai nos oferecer as pedras que irão pavimentar o caminho do inferno, ou seja, vai consolidar um padrão de desenvolvimento requisitado pelo capital, que certamente irá potencializar a escalada da superexploração do trabalho, da destruição ambiental, do extermínio da população pobre, da judicialização das questões sociais. Os incautos que, no afã da campanha, acreditaram na esquerdização de Dilma, que apostaram tão credulamente nesta vã alternativa, tiveram, sim, uma vitória de Pirro. Pois, o fato se explica pelo caráter extraparlamentar do capital, que decide, como já dissemos, no âmbito privado, e em

Rússia, China – nem aliadas nem rivais

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Rússia, China – nem aliadas nem rivais por  MK Bhadrakumar, Indian Punchline− rediffBLOGS Russia, China – neither allies nor rivals Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu "A China é potência muitíssimo autocentrada e “pragmática”, para pensar em alistar-se em alianças; e a Rússia, por sua vez, é ferozmente independente nas suas políticas externas, além de intensamente consciente e orgulhosa da própria história, e em nenhum caso se alistará como ‘parceira júnior’ de qualquer outro estado." Têm circulado ultimamente algumas teses surpreendentes, inclusive entre especialistas e jornalistas indianos, segundo as quais, na sequência de tensões da Rússia com o ocidente, Moscou ter-se-ia ‘'pivoteado'’ para a China, em termos estratégicos, e estaria tomando forma um eixo sino-russo na política mundial; e essas duas potências “orientais” estariam determinadas a desafiar os EUA. Alguns especuladores chegaram até a fantasiar que o destino do dólar norte-americano est