Pobreza alastra na Grécia
Pobreza alastra na Grécia
O número de pessoas sem-abrigo na capital grega ascende a pelo menos 13 mil, das quais 1500 vivem nas ruas e 11 500 em edifícios devolutos. Estes são dados calculados pela organização não governamental grega, Praksis, que reconhece serem estimativas aproximadas, devido à falta de estatísticas oficiais sobre o flagelo.
Todavia, segundo declarou o presidente desta ONG à AFP (24.05), Tzanetos Antypas, «a crise fez aparecer um novo perfil dos desalojados».
Actualmente, «vêem-se nas ruas pessoas, sobretudo homens entre os 40 e os 55 anos, desempregados ou gente que não pode continuar a pagar alojamento ou assumir as responsabilidades pelas famílias», enquanto antes eram mais jovens imigrantes ou toxicodependentes, acrescentou Antypas.
A pobreza fez disparar em 40 por cento a taxa de suicídios na Grécia, país que passou a liderar este indicador na União Europeia. Depois do suicídio em Abril de Dimitris Christoulas, de 77 anos, frente ao parlamento grego, na semana passada outro caso sobressaltou a opinião pública.
O número de pessoas sem-abrigo na capital grega ascende a pelo menos 13 mil, das quais 1500 vivem nas ruas e 11 500 em edifícios devolutos. Estes são dados calculados pela organização não governamental grega, Praksis, que reconhece serem estimativas aproximadas, devido à falta de estatísticas oficiais sobre o flagelo.
Todavia, segundo declarou o presidente desta ONG à AFP (24.05), Tzanetos Antypas, «a crise fez aparecer um novo perfil dos desalojados».
Actualmente, «vêem-se nas ruas pessoas, sobretudo homens entre os 40 e os 55 anos, desempregados ou gente que não pode continuar a pagar alojamento ou assumir as responsabilidades pelas famílias», enquanto antes eram mais jovens imigrantes ou toxicodependentes, acrescentou Antypas.
A pobreza fez disparar em 40 por cento a taxa de suicídios na Grécia, país que passou a liderar este indicador na União Europeia. Depois do suicídio em Abril de Dimitris Christoulas, de 77 anos, frente ao parlamento grego, na semana passada outro caso sobressaltou a opinião pública.
Um homem de 60 anos e a sua mãe de 90 anos, que sofria de Alzheimer, decidiram pôr termo à vida, dia 23, por falta de meios de sobrevivência, saltando de mãos dadas do cimo de um edifício de cinco andares.
Entretanto, a crise prossegue o seu curso devastador, lançando a cada dia novos trabalhadores no desemprego.
Na segunda-feira, 28, em protesto contra os despedimentos e cortes salariais, os jornalistas dos diferentes órgãos de comunicação cumpriram uma greve de 24 horas. A maioria das televisões e estações de rádio ficou sem noticiários, a principal agência noticiosa, ANA, suspendeu a divulgação de notícias, assim como a maioria dos grandes sites informativos. Anteontem, terça-feira, as bancas estavam despidas de jornais.
Confrontados com uma vaga de despedimentos colectivos, os sindicatos do sector exigem novos acordos colectivos que protejam o emprego. Desde a intervenção da troika, em 2010, perdeu-se mais de quatro mil empregos no sector e muitos jornalistas sofreram cortes de 20 a 30 por cento. Três grandes jornais e o canal de televisão privado Alter fecharam nos últimos dois anos.
Por seu lado, no dia da greve na imprensa, a banca grega recebeu 18 mil milhões de euros provenientes do Fundo de Estabilidade Europeu (FESF), para assegurar a sua recapitalização. No total, os bancos gregos receberão 50 mil milhões de euros no quadro do segundo plano de assistência financeira à Grécia, traçado pela UE e pelo FMI.
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