Acordai!
Acordai!
por Aurélio Santos
«Acordai, homens que dormis /a embalar a dor dos silêncios vis»
Do poema de Gomes Ferreira para as «Heróicas» de Lopes Graça
A falência e o descrédito da prática política dos partidos socialistas e social- democratas geraram na Europa um avanço de forças de extrema-direita e neofascistas, cuja dimensão exige séria preocupação pelo futuro.
Na Hungria o governo de direita impôs nova Constituição, reduziu a liberdade de imprensa e proibiu a greve. Milícias paramilitares fascistas do partido Jobbik estão autorizadas a aterrorizar minorias étnicas.
Em França Marie Le Pen, com um programa fascizante, teve nas presidenciais mais de 18%.
Na Finlândia o partido Verdadeiros Finlandeses quadruplicou a votação e é a terceira força política. Propõe que as mulheres «regressem a casa para dar à luz verdadeiros finlandeses».
Na Grécia o partido nazi Aurora Dourada passou nas últimas eleições de 1% para 7%.
Na Suíça o partido União Democrática teve a maior votação de sempre, com 54 deputados em 200. Fez uma campanha onde um rebanho de ovelhas brancas expulsava uma ovelha negra.
Na Holanda o partido Liberdade, de extrema-direita, é o terceiro partido do país.
Na Áustria o Partido Liberal, de direita, tem 34 deputados em 183 e uma dissidência deste partido tem 21 lugares.
Na Suécia a extrema-direita está pela primeira vez no parlamento.
Na Dinamarca o Partido do Povo, de direita, não faz parte do governo mas tem enorme influência nas decisões.
Na Letónia participam no governo forças de extrema-direita com neonazis que desfilam em Riga numa marcha de antigos legionários das Waffen SS.
Na Lituânia o governo de coligação integra uma direita conservadora anticomunista que elegeu 45 deputados em 141.
Na Polónia o anterior governo de direita, retrógrado e anticomunista elegeu 157 deputados em 460.
Na Bulgária o governo de direita obteve 40% de votos e o partido de extrema-direita União Nacional Ataque voltou a entrar no parlamento.
O avanço na Europa destas políticas e ideias justifica o apelo que o poeta lançou ao mundo: acordai!
Texto original no Jornal Avante
O Mafarrico Vermelho
por Aurélio Santos
«Acordai, homens que dormis /a embalar a dor dos silêncios vis»
Do poema de Gomes Ferreira para as «Heróicas» de Lopes Graça
A falência e o descrédito da prática política dos partidos socialistas e social- democratas geraram na Europa um avanço de forças de extrema-direita e neofascistas, cuja dimensão exige séria preocupação pelo futuro.
Na Hungria o governo de direita impôs nova Constituição, reduziu a liberdade de imprensa e proibiu a greve. Milícias paramilitares fascistas do partido Jobbik estão autorizadas a aterrorizar minorias étnicas.
Em França Marie Le Pen, com um programa fascizante, teve nas presidenciais mais de 18%.
Na Finlândia o partido Verdadeiros Finlandeses quadruplicou a votação e é a terceira força política. Propõe que as mulheres «regressem a casa para dar à luz verdadeiros finlandeses».
Na Grécia o partido nazi Aurora Dourada passou nas últimas eleições de 1% para 7%.
Na Suíça o partido União Democrática teve a maior votação de sempre, com 54 deputados em 200. Fez uma campanha onde um rebanho de ovelhas brancas expulsava uma ovelha negra.
Na Holanda o partido Liberdade, de extrema-direita, é o terceiro partido do país.
Na Áustria o Partido Liberal, de direita, tem 34 deputados em 183 e uma dissidência deste partido tem 21 lugares.
Na Suécia a extrema-direita está pela primeira vez no parlamento.
Na Dinamarca o Partido do Povo, de direita, não faz parte do governo mas tem enorme influência nas decisões.
Na Letónia participam no governo forças de extrema-direita com neonazis que desfilam em Riga numa marcha de antigos legionários das Waffen SS.
Na Lituânia o governo de coligação integra uma direita conservadora anticomunista que elegeu 45 deputados em 141.
Na Polónia o anterior governo de direita, retrógrado e anticomunista elegeu 157 deputados em 460.
Na Bulgária o governo de direita obteve 40% de votos e o partido de extrema-direita União Nacional Ataque voltou a entrar no parlamento.
O avanço na Europa destas políticas e ideias justifica o apelo que o poeta lançou ao mundo: acordai!
Texto original no Jornal Avante
O Mafarrico Vermelho
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