PSTU/LIT : NA TRINCHEIRA DO INIMIGO
NA TRINCHEIRA DO INIMIGO
A crise política e ética de uma parcela da esquerda mundial (LIT/ PSTU/ FER )
Por Maristela R. Santos Pinheiro - Cientista Social
"O fato grave não é tanto o surgimento dessa mulher e sua estorinha redondinha isso faz parte da luta de classes, mas o mais grave é que um grupo de esquerda, no Brasil, não está somente apoiando politicamente a estratégia imperialista, com esta atitude, está promovendo a manipulação direta das massas, em unidade de ação com o imperialismo/sionismo. Não é a VEJA que está levando uma agente "humanitária" a manipular nosso povo, é um partido de esquerda!" ( Refere-se ao PSTU/LIT)
As posições políticas alinhadas com o
imperialismo não podem mais ser
tratadas como diferenças táticas, a crise
com os valores marxistas/leninistas de certos setores da esquerda mundial está
tomando proporções assustadoras e criminosas, que afetam a correlação de forças
na luta de classe, na medida que manipula um setor importante da vanguarda e da
juventude com suas posições contaminadas pelo inimigo, e afetam, sobremaneira,
a prática da solidariedade internacionalista à luta dos povos oprimidos contra o
capital e o imperialismo. Em particular, afeta, no Oriente, sobretudo, à luta
pela Palestina Livre.
Todo militante da
causa palestina sabe que se dependesse da mídia corporativa, ou das ONGs a
verdadeira situação do povo palestino, os 64 anos de crimes de guerra, o
cotidiano dramático da ocupação, a história da própria formação da entidade
sionista, o significado ideológico do sionismo e a história de todos os
movimentos de resistência da Palestina ocupada estariam, ainda, sem a
devida compreensão que hoje uma grande parcela tem deste enfrentamento covarde e
criminoso.
Essa consciência da
dura realidade da luta palestina foi uma construção dos partidos identificados
com o internacionalismo proletário. Essas organizações tiveram papel
fundamental na organização da solidariedade internacionalista espalhadas pelo
mundo.
Aqui no Brasil, por
exemplo, mesmo durante a Ditadura Militar, no final da década de 70, os
militantes das organizações de esquerda, do
Rio de Janeiro, organizaram um Comitê pelo Reconhecimento da OLP, e apesar da
clandestinidade, os comunistas, juntos com outras organizações, se
esforçavam por um contato com os lutadores palestinos e participavam
ativamente pelo reconhecimento da organização árabe/palestina.
No entanto, temos
observado o grave afastamento de uma parcela da "esquerda" do internacionalismo
proletário, cuja base marxista sempre foi fundamental para correta análise da
realidade, considerando seu movimento em sua complexa totalidade, historicamente
determinada e daí tomar as decisões e posições, aquelas que mais favorecerão as
nossas posições e, enfraquecerão ou fragilizarão as do inimigo de classe e seus
aliados. Talvez esse fenômeno seja ainda reflexo ou eco da derrocada soviética
e de um balanço ainda não totalmente apurado e enfrentado da derrota histórica
do movimento operário internacional e da consequente abertura de espaço para o
fortalecimento da ideologia do inimigo de classe.
Quando a OTAN,
representante de 28 Estados "democráticos", lançou toneladas de bombas sobre a
antiga Iugoslávia nos Bálcãs, ficou patente e exposta a crise da esquerda com os
valores marxistas/leninistas. Muita gente boa e organizações caíram na cantilena
americana da "responsabilidade de proteger", da "campanha humanitária" e na
campanha de "criminalização do inimigo atacado"e, ainda na "ingenuidade" do
"fogo amigo" . O imperialismo, através da OTAN, com o apoio incondicional da UE,
conseguiu, depois de massacrar, assassinar e derramar muito sangue, fragmentar
o Estado em diversos e pequenos cinturões étnicos, dos quais consegue , com muita facilidade,
extrair riquezas naturais e explorar a mais valia: Servia, Montenegro,
Kosovo, Eslovena, Macedônia, Croácia, Bósnia e Herzegovina. Durante muito tempo
depois, velhos militantes iugoslavos denunciavam exaustivamente que organismos
dos direitos humanos e ONGs especializada em democracia haviam proliferado no
país, algum tempo antes dos acontecimentos, para nutrir a ideologia pró-
imperialista e arregimentar grupos mercenários e esquadrões da morte que
fomentavam as provocações entre as etnias, que até então, sempre viveram juntas
e sem problemas. Poucas organizações da esquerda lhes davam ouvidos, seja na
Europa, ou América Latina. Muita gente boa entorpecida com o fim da URSS e
outras gentes felizes pela "democracia" ter voltado aos países socialistas,
como a Iugoslávia.
Talvez tenha sido este o primeiro grande teste para
aferir os valores internacionalistas de solidariedade proletária
que tínhamos conseguido, ou não, manter e assegurar dos destroços. Por óbvio, os
sinais de mudança e crise estavam no
horizonte das diversas tradições da esquerda, mas apesar deste ser um tema
apaixonante para o debate, este não é o tema desse texto. Seu objetivo é muito
mais simples, queremos contribuir para por fim
à forma hipócrita que estamos lidando com esses visíveis e lamentáveis sinais de retrocesso e
deformação.
Não podemos
mais tratar posições políticas alinhadas com o
imperialismo como diferenças táticas, quando são problemas
estratégicos e de princípios; queremos enfatizar e denunciar que a crise com os
valores marxistas/leninistas de certos setores da esquerda mundial está tomando
proporções assustadoras e criminosas, que afetam a correlação de forças na luta
de classe, na medida que manipula um setor importante da vanguarda e da
juventude com suas posições contaminadas pelo inimigo, e afetam, sobremaneira,
a prática da solidariedade internacionalista à luta dos povos oprimidos contra o
capital e o imperialismo. Em particular, afeta, no Oriente, sobretudo, à luta
pela Palestina Livre.
No Brasil, a ocupação do Iraque motivou a última
história de unidade na luta internacionalista das diversas organizações de
esquerda, que se perfilaram contra a invasão do Iraque e pela soberania de seu
povo. Nesta invasão militar, os EUA colocaram em movimento sua tradicional
campanha de "criminalização do inimigo atacado" , a "campanha humanitária" e a
sua "responsabilidade de proteger", mas, em que pese a reação da esquerda, ter
sido débil , fraca e pontual, longe de expressar a tradição bolchevique, é
inegável e positivo que foi uma reação contrária às campanhas
imperialistas/sionistas.
Nestes 10 anos de ocupação, os norte americanos
utilizaram bombas de nêutrons empobrecido, última variante da bomba atômica;
assassinaram mais de 1 milhão de iraquianos; ainda derramaram duas bombas
nucleares: uma em Faluja e outra em Bora Bora, no Afeganistão. No entanto,
grande parte da esquerda, nestes 10 anos, ignorou a estratégia geopolítica e
militar americana, ignorou , da mesma forma, a resistência debilmente armada que
Faluja sustentou durante muito tempo. Pouco se importou com a estratégia dos
exércitos mercenários, ou com as bombas de nêutrons, ou com
as corporações privadas paramilitares sionistas que implantavam a "democracia"
no Iraque. Claro, houve textos em sítios e artigos em jornais , como há missas
aos domingos.
A esse comportamento frouxo, com relação a
solidariedade internacionalista, adicionamos as aberrações nas análises
políticas dos mais variados matizes: reducionismos primários, teorias
economicistas e liberais "pós-modernos"; unidades inusitadas, por exemplo com
as ONGs, em particular de Direitos Humanos e pró-democracia; uma aproximação
fervorosa com a ideia da democracia como valor universal, o foco nas questões
imediatas e de grupos específicos, tendencias às lutas fragmentadas com pautas
próprias e as famosas políticas de identidade.
Enquanto parte das organizações de esquerda se
afasta dos valores internacionalistas de Marx e Lenine, a crise sistêmica do
capitalismo o leva a seguir, com mais vigor, sua estratégia expansionista de
tomar posse das riquezas do planeta. No Oriente, isso significa expandir sua
ocupação "democrática" para além das fronteiras de Israel, e dos Emirados
Árabes, completar a limpeza étnica da Palestina, manter o domínio sobre o Egito,
onde tem a classe operária mais importante do Mundo Árabe e aumentar a
exploração da mais valia das massas árabes. Para isso necessita destruir o bloco
de resistência pan-árabe, sustentado pelo trio Hezbollah, Síria e Irã e ,
concomitante, fortalecer e se aliar ao que tem de mais atrasado e
pró-sionista, a Irmandade Muçulmana.
A destruição do Estado líbio e o massacre de seu
povo pela OTAN, foi um marco na mudança de paradigmas de parte da esquerda
mundial.
Na Líbia e na Síria, o papel da Irmandade, aliada
privilegiada para esta estratégia , foi, e ainda é, especialmente militar.
Financiada pela Arábia Saudita, Qatar e com a ajuda técnica da Turquia, a
Irmandade construiu um exército de mercenários, cuja base social é a escória,
o lumpesinato e os fundamentalistas mais atrasados do Islã, recrutados pelo
mundo. Na Líbia, esse exército de mercenários só conseguiu dar o golpe de
Estado, depois que a OTAN massacrou o país pelo ar.
Com a ajuda da mídia, ONGs, Organismos Internacionais de Direitos Humanos e certas organizações , o imperialismo pôs em marcha, primeiro na Líbia e desde março de 2011, na Síria, uma operação de surfar e manipular os protestos pacíficos e reais da população destes países, logo no seu início, para em seguida introduzir armas e mais mercenários e mudar completamente a natureza e a composição social destas "agendas". Esta não é uma nova estratégia. Esquadrões da morte para fomentar violência sectária, ou destruir organizações insurgentes foram plantados pelos serviços secretos imperialistas, em diversas ocasiões históricas, por exemplo em El Salvador, os contra da Nicarágua, os mercenários mujahedeen no Afeganistão, os paramilitares da Colômbia, e os esquadrões de terror para o Iraque, só para citar alguns.
A tragédia na Líbia, chamada criminosamente de "revolução popular" por setores da esquerda, passado um ano, não tem nada de revolução e de popular: é o caos e a desgraça para o povo líbio, vítima da barbárie e do atraso instalado nas ruas pela escória mercenária e pelo governo títere da Irmandade Muçulmana. A população que se gabava de ter o melhor IDH da região, voltou a idade do tacape, literalmente.
Para a Síria, a estratégia foi muito parecida, mas
a situação não está exatamente como o imperialismo/sionismo desejava: A Síria resiste, resiste e resiste! Por um principal
e inequívoco motivo: a unidade e determinação do povo sírio pela defesa de sua
soberania e autodeterminação. O povo sírio luta pelo seu Estado laico e
antimperialista. Essa é a poderosa força que impede a Síria de ser destruída e
voltar, como a Líbia, um século no tempo.
Entretanto, setores da esquerda resolveram caracterizar os mercenários de revolucionários, ONGs e Mídias corporativas de fontes de informação do QG da Comissão Revolucionária e grupos pequenos burgueses das redes sociais de soviets da revolução. Bom, daí assumir a unidade militar com o imperialismo em nome da "democracia", não precisa nem pular, é o passo seguinte e assim tem sido.
Quem está apontando armas para o povo sírio e praticando
atos de terrorismo não é o Exército Árabe da Síria, são os mercenários, os
esquadrões da morte da Irmandade Muçulmana, chamado de exército livre da Síria
(ELS), com quem parcela da esquerda faz unidade e chama o envio de
armas. Eles estão sendo armados pela França, pelos EUA, Arabia Saudita,
Turquia e Israel, e têm o aparelho militar da OTAN ao seu lado, não necessitam
desta "solidariedade".
A vertente de
esquerda que comemorou como vitória a queda da União Soviética, quando deveria
ajudar no balanço dos erros cometidos que levaram a derrota da classe operária
mundial; que diz que Cuba é uma ditadura castrista, por que o sistema
democrático cubano é socialista e dirigido por Fidel, por quem nutrem um ódio
sem igual, enfim, essa esquerda, que na Colômbia rotula a guerrilha das FARCS
de reformista, e na Venezuela faz manifestações em unidade com a direita, se
uniu militarmente ao imperialismo sob a bandeira do fascista Rei Idris e chamou
esse movimento de revolução popular na Líbia. Essa "esquerda" fez campanha
chamando o envio de armas para os "rebeldes" líbios, quando nem isso os
mercenários bem armados da OTAN precisavam; se pauta pelas informações de
observatórios de Direitos Humanos, pela mídia corporativa e por ONGs implantadas
nos territórios dos países como braços dos serviços de inteligencia . Esta
parcela da esquerda se uniu aos "rebeldes" que são assumidamente descritos
pelos próprios Estados agressores, como mercenários ligados a Al Qaeda. Na
Síria, não estão fazendo diferente, estão juntos com o imperialismo no terreno
militar.
O que se passa com
esses grupos? Considerando que muitos deles vêm de uma tradição que se construiu
como alternativa crítica à degeneração da burocracia soviética , essa nova
postura é de se espantar!
A primeira coisa que
vem à mente é que esses grupos foram picados pelo mesmo veneno que
historicamente foi a origem da burocratização soviética e sua posterior derrota
para o capital, ou seja abandonaram de vez os princípios do marxismo
revolucionário.
Construíram seus
alicerces e suas identidades tão presos à crítica pontual e à preocupação de
rotular os "inimigos" da própria classe, que se perderam, ou se cristalizaram
no pequeno instante, no alienante momento focado, e não conseguem se localizar
nos movimentos reais, complexos, dinâmicos e históricos, em tempos de mudanças
rápidas e vitórias dos inimigos de classe, da outra classe. Em muitos países,
esses grupos mal conseguem sustentar um compromisso de unidade para lutar, com
outras correntes e tradições porque, como alguns grupos religiosos
fundamentalistas, só acreditam em suas almas abençoadas e purificadas, e
sustentam, miticamente e metafisicamente, uma fé de que a revolução nos espera
na próxima esquina, logo, para que tanto energia gasta com a unidade.
Essa forma
mecanicista de analisar a realidade está anos luz do marxismo revolucionário e
passa longe da compreensão da totalidade e da complexidade dos fenômenos
históricos e sociais no contexto da luta de classes.
Não me leve a
mal: Essa esquerda cuja principal base social em
todo o mundo é a pequeno burguesia não é, hoje, exatamente marxista, não porque
são pequenos burgueses, mas por que agem e pensam como tal.
SUPOSTA
"MILITANTE" SÍRIA ELOGIADA EM SITIO DAS FORÇAS ARMADAS
DOS EUA !? O que pode significar isso?
No Brasil, uma dessas
organizações abriu espaço em seu sítio e nos sindicatos no qual dirige para uma
suposta "rebelde" síria. Uma mulher chamada Sara Al Suri que conta uma estória
redondinha, a mesma que lemos no Globo. Essa mulher tem um espaço na mídia que o
companheiro Latuf, militante da causa palestina, não tem; ou mesmo os grupos
da comunidade síria identificados com a luta antimperialista e antisionista em
seu país, não tem. Os movimentos sociais contra a remoção, as vítimas da
violência policial, enfim, nada , nem nenhuma luta social, do interesse da
classe trabalhadora, em nosso país, tem o poder midiático desta mulher
síria.
Ela surge no Brasil
pronta e preparada para dar entrevistas e fazer discursos redondinhos sobre a
importância de apoiarmos os mercenários que querem destruir o Estado laico da
Síria e transformá-lo num domínio do grupo pró sionista chamado Irmandade
Muçulmana. E , ainda afirma que se a Síria for destruída e o governo
antimperialista cair, isso facilitará a vitória da Palestina Livre!!!???
Como, cara pálida, que os aliados do sionismo, uma
vez no governo da Síria, irão manter a ajuda que a Síria dá atualmente aos
militantes palestinos?Afinal, é neste Estado laico, sob o governo de Bashar Al
Assad, apoiado pela esmagadora maioria de seu próprio povo, que as diversas
facções e braços armados das organizações palestinas recebem treinamento militar
e armas para libertar a Palestina da ocupação sionista. A derrota da Síria para
os EUA e Israel, será a derrota da resistência pan-árabe e da maioria do
povo sírio contra o que há de mais fascista e atrasado no Mundo árabe, expressos
no grupo político da Irmandade Muçulmana. Por tabela, será a derrota da luta
pela Palestina Livre, que como disse um amigo palestino, militante e
simpatizante da Fatah, "O custo da derrota Síria será o de voltar, no mínimo,
50 anos para trás em nossa luta."
Esta suposta
síria, agente "humanitária e da democracia", omite o fato que grande
parte das forças de resistência palestina estão perfiladas na unidade ao lado do
povo da Síria em defesa da soberania e independência do Estado sírio e do
pan-arabismo, desde o início das tentativas de desestabilizar o governo e impor
, de fora, um golpe de Estado. A maior prova disso aconteceu em
Yarmouk.
Leia
aqui :
http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2012/12/declaracao-da-fplp-cg-sobre-o-ataque.html
Nas últimas semanas do ano,
em dezembro de 2012, os mercenários armados até os dentes entraram no
Campo-cidade de Yarmouk, cidade/campo
de refugiados
palestinos na Síria, desde 1948, com o objetivo de fazer ali
uma carnificina, mas foram surpreendidos pelos combatentes da FPLP- CG que
bravamente entraram em luta mortal, lado a lado com o Exército Árabe da Síria,
para defender o povo e acabar com as intenções do famigerado e terrorista ELS
de fazer do campo uma base contra o Estado sírio.
O fato grave não é tanto o surgimento dessa mulher e sua
estorinha redondinha isso faz parte da luta de classes, mas o mais grave é que
um grupo de esquerda, no Brasil, não está somente apoiando politicamente a
estratégia imperialista, com esta atitude, está promovendo a manipulação direta
das massas, em unidade de ação com o imperialismo/sionismo. Não é a VEJA que
está levando uma agente "humanitária" a manipular nosso povo, é um partido de
esquerda!
Alguém poderia dizer:
Não há exagero nisso? Pois bem, camaradas, vamos aos fatos
O vídeo/conferência
da tal Sara foi encontrado no sitio das Forças Armadas dos EUA e,
imediatamente, após ter encontrado, militantes postaram a denuncia no Facebook
Uma semana após a denúncia, feita no Brasil, o vídeo foi tirado do ar. Por
sorte, copiamos algumas fotos do sítio, postadas abaixo, já prevendo que fariam
isto. Imaginem que as Forças Armadas imperialistas iriam querer atrapalhar o
trabalho da agente Sara, sua aliada.
Denúncia e fotos postados no Facebook em 24 de
dezembro:
A primeira foto, tirada do site Millitary.com (EUA), é de uma soldado judia do exército sionistas. Como era de se esperar de um sitio das Forças Armadas do imperialismo, este tem inúmeras matérias onde exaltam a força e determinação do Exército de Israel e de suas belas soldados. A foto da direita foi copiada do vídeo da suposta "ativista" síria publicada amplamente na Internet.
A foto abaixo foi copiada da página inicial do Military.com (EUA) : A primeira imagem é da Campanha de recrutamento do Exército dos EUA, logo abaixo vem a chamada do vídeo da "rebelde" síria.
Aumentamos
o tamanho da foto para que todos vejam o nome do sito indicado pela seta
azul.
Na primeira semana do ano, uma semana após a denúncia ter circulado no facebook o vídeo foi tirado do ar, vejam:
Lamentamos, a página solicitada não pode ser encontrado. tente uma das seguintes opções: Utilize a caixa de pesquisa para encontrar o vídeo você está procurando ou check-out Military.com 's vídeos mais populares e vídeos em destaque . Military.comEntretenimento : Encontre o mais recente em filmes, jogos e muito mais! Confira os Mapa Entretenimentopara mais. Military.com Home Page : Confira alguns dos outros recursos em Military.com Military.comMapa : Olhando para uma página específica ou tópico? Experimente o nosso mapa do site.
As denúncias não param por aí:
Canadense se alista no exército mercenário e diz que serão leais à Israel
Canadense se alista no exército mercenário e diz que serão leais à Israel
Outra denúncia que desmascara a estratégia dos
agentes"humanitários e
democráticos", que se dizem
preocupados com o povo sírio e com os
palestinos, foi publicada no insuspeito (sionista) Jornal
israelense Yane news, em novembro de 2012 , onde o jornalista exalta o perfil de uma mulher síria identificada como "rebelde" de nome
Thabia Qanfani, que vivia no Canadá
e se "juntou" ao mercenário exército livre, fala abertamente, sem
travas na língua, que "Israel vai se beneficiar de nos apoiar" solicita que
"Israel deve nos apoiar na luta contra Assad"e
que "vamos cooperar com o diabo se ele ajudar nossa
causa".
O Jornal conclui assim: " Qafani diz que os membros da oposição síria e civis que ela conheceu ""todos dizem a mesma coisa. Nós não somos inimigos de Israel e não vamos prejudicá-lo, ... podemos vir a ser mais leais a Israel do que Assad e seus comparsas.""
Para terminar, e confirmando nossas preocupações
sobre a gravíssima crise dos valores marxistas e leninistas de um pequeno setor
da esquerda mundial, reproduzimos abaixo
um trecho do discurso de um dirigente da LIT por ocasião de um ato
comemorativo:
"O final do ato ficou por conta de Angel Luís Parras, o Cabeças, da direção do Corriente Roja da Espanha e da LIT.
"A
situação atual é muito complicada, mas muito apaixonante", afirmou."Temos assistido a explosão das revoluções do
Norte da África e Oriente, fruto da crise econômica e ascenso popular, mas
também fruto dessa mudança que foi o fim do aparato estalinista. Submetidos à
miséria e à ditadura, os povos irromperam o cenário político", citando a crise na Europa e as revoluções do
Norte da África.
Cabeças atacou a posição de grande parte da esquerda e do castro-chavismo, de apoio ao ditador Assad na Síria."
Cabeças atacou a posição de grande parte da esquerda e do castro-chavismo, de apoio ao ditador Assad na Síria."
Esse trecho do
discurso é esclarecedor , em todos os sentido: A caracterização de que na Líbia
(África) houve explosões revolucionárias e sua origem é a crise econômica,
ascenso popular e claro, o fim dos "stalinistas". Na Líbia, em primeiro lugar,
não havia crise econômica, em segundo, não houve nenhuma manifestação ou
processo de organização de manifestações de massa, ou da classe trabalhadora e,
em terceiro, não havia nem organizações stalinistas, nem partidos comunistas
desde o início da era Kadafi, mas ONGs , muitas, e redes sociais dirigidas desde
o exterior. Além disso, o dirigente da LIT esqueceu de falar em seu discurso, a
única explosão sentida pelo povo líbio não foi a revolução, e sim a explosão de
toneladas de bombas da OTAN , massacrando as conquistas do povo e o próprio povo
líbio (mais de 50 mil mortos). Em seu afã de provar que havia uma revolução
onde, na verdade, acontecia uma contra revolução, esqueceu também de contar que
grupos de mercenários estupraram todas as mulheres que viam pela frente. Devo
dizer , que este foi um insignificante esquecimento na lógica desses
grupos.
O dirigente faz uso dos famosos e já rotineiros rótulos do tipo: stalinistas, castro-chavistas, ditador Assad, sempre muito utilizados pelos que reduzem e desejam descartar a discussão, por que desqualifica de imediato uma opinião contrária, ou um debate franco para se chegar à compreensão dos processos ricos e complexos da realidade, não para nos gabarmos em discursos estéreis da academia, e sim para melhor intervir na realidade, afim de transformá-la. Entretanto, neste caso, lamentavelmente, o mais importante é a disputa dos aparatos e a superfície das análises e discussões.
Quero terminar essa contribuição ao debate sobre a crise política e moral refletida na prática do internacionalismo proletário de parte da esquerda mundial reproduzindo o final do discurso do dirigente da LIT, onde afirma a unidade com o imperialismo e expõe uma tentativa grotesca de falsear a história com comparações escandalosamente inapropriadas historicamente:
"Dizem que há uma unidade de ação entre os rebeldes e o imperialismo. Mas claro que houve. A mesma unidade de ação que houve no desembarque dos aliados na Normandia e os partisanos contra Mussolini".
O dirigente faz uso dos famosos e já rotineiros rótulos do tipo: stalinistas, castro-chavistas, ditador Assad, sempre muito utilizados pelos que reduzem e desejam descartar a discussão, por que desqualifica de imediato uma opinião contrária, ou um debate franco para se chegar à compreensão dos processos ricos e complexos da realidade, não para nos gabarmos em discursos estéreis da academia, e sim para melhor intervir na realidade, afim de transformá-la. Entretanto, neste caso, lamentavelmente, o mais importante é a disputa dos aparatos e a superfície das análises e discussões.
Quero terminar essa contribuição ao debate sobre a crise política e moral refletida na prática do internacionalismo proletário de parte da esquerda mundial reproduzindo o final do discurso do dirigente da LIT, onde afirma a unidade com o imperialismo e expõe uma tentativa grotesca de falsear a história com comparações escandalosamente inapropriadas historicamente:
"Dizem que há uma unidade de ação entre os rebeldes e o imperialismo. Mas claro que houve. A mesma unidade de ação que houve no desembarque dos aliados na Normandia e os partisanos contra Mussolini".
"Neste ato,
queremos enviar uma saudação a nossos detratores: sigam convocando atos em
defesa de Assad, pois a LIT continuará na resistência" provocou Cabeças.
(texto completo pode ser encontrado no sítio dessa organização
internacional)
Afirmam que continuarão na "resistência", leia-se: continuarão mantendo a unidade com o imperialismo contra o povo sírio, contra as massas árabes e o pan-arabismo, contra o bloco antimperialista e contra a Palestina Livre! Tudo, claro em, nome dos valores democráticos burgueses.
Por sorte, uma parcela significativa da esquerda mundial, a mesma que está comprometida em fazer o balanço dos muitos erros cometidos pelos soviéticos, e os próprios, em seus países de origem, está tentando a duras penas manter o timão apontado para o marxismo-leninismo.
De nossa parte , vamos insistir na análise marxista da realidade, vamos insistir na posição que nos dê a chance de alterar a realidade para ficar a nosso favor, a favor dos trabalhadores, nunca contra e nunca em unidade com o inimigo!
Por sorte, uma parcela significativa da esquerda mundial, a mesma que está comprometida em fazer o balanço dos muitos erros cometidos pelos soviéticos, e os próprios, em seus países de origem, está tentando a duras penas manter o timão apontado para o marxismo-leninismo.
De nossa parte , vamos insistir na análise marxista da realidade, vamos insistir na posição que nos dê a chance de alterar a realidade para ficar a nosso favor, a favor dos trabalhadores, nunca contra e nunca em unidade com o inimigo!
Viva o povo da Líbia que resiste contra
a barbárie prometida!
Viva a unidade do povo sírio , sua
autodeterminação e soberania do Estado laico!
Viva a Palestina
Livre!
Viva a unidade e a luta pan-arábica contra o
imperialismo, o sionismo, a OTAN, a UE !
Fonte: Somos Todos Palestinos em http://somostodospalestinos.blogspot.com.br/2013/01/na-trincheira-do-inimigo.html
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