Os acordes do hino revolucionário 'Grândola, Vila Morena' interromperam hoje o discurso do direitista Passos Coelho na Assembleia da República.


Os acordes do hino revolucionário 'Grândola, Vila Morena' interromperam hoje o discurso do direitista Passos Coelho na Assembleia da República.

 


Dúzias de pessoas começaram a cantar o hino imortalizado por José Afonso no 25 de Abril de 1974, que na altura serviu de sinal para o início da Revolução dos Cravos e desde então é um símbolo revolucionário em Portugal.

O primeiro-ministro, protagonista de uma vaga neoliberal e anticonstitucional sem precedentes em Portugal nas últimas décadas, começava a sua intervenção quinzenal na Assembleia da República quando das galerias do público se ouviu o canto coletivo de várias dúzias de pessoas.

A presidenta da Assembleia pediu às pessoas que cantavam que abandonassem o local, o que fizeram progressivamente sem deixarem de cantar 'Grândola, Vila Morena'. Fora da sede parlamentar, Paula Gil, em nome do movimento 'Que se lixe a troika', declarou que o ato teve como objetivo lembrar aos deputados e às deputadas que "o povo é quem mais ordena", em referência a mais uma citação historicamente ligada à Revolução portuguesa de 1974.

 

 


O líder da direita portuguesa assumiu com um sorriso a ação, considerando-a "de bom gosto", enquanto membros da oposição parlamentar afirmaram representar "uma lufada de ar fresco".
 
 
 
 


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