O fedor pestilento do fascismo pode ser sentido, nos novos ataques contra os trabalhadores perpetrados pelo nôvo esbirro da UE: O Sr. Passos Coelho.



Os fascistas verdugos do povo Português: Carmona e Salazar
Opressão Fascista em Portugal
Mafarrico Vermelho

Para que os portugueses não tenham memória curta. Digam não a essa tentativa de "branquear" o fascismo em Portugal. Época onde canalhas como - Santos Costa, Julio Botelho Moniz, Mario de Figueiredo, Marcelo Caetano e outros crápulas, participavam do Govêrno fascista.
.
Mas, os verdadeiros donos do país eram os - Champalimaud, Mello da CUF, Espirito Santo, Cupertino de Miranda e mais alguns poucos. Esses faziam a festa de milionários sob o fascismo. A ostentação, a corrupção e o esbanjamento definiam o modo de vida desses beneficiários do regime e dos seus lacaios e serventuários fascistas.
.
Meia dúzia de grandes monopolistas dominavam toda vida econômica de Portugal sob o facínora Salazar. A acumulação de riquezas num reduzido grupo de beneficiários do regime teve uma contrapartida: a condenação da maioria do povo à mais extrema miséria.





Devemos ter em mente, que os partidos que partilham o poder em Portugal - PSD , PS e até o CDS-PP - são "farinha do mesmo saco" e não passam de serventuários e estafetas da UE: seus verdadeiros patrões.

Os beneficiários do regime fascista, que faziam " a festa de milionários", continuam através de seus herdeiros e sucessores, agora com a máscara de "democratas", atrelados e submissos a plutocracia da UE.

Por isso, é necessário voltarmos a falar dessa noite escura que foi o fascismo em Portugal. Que passou. Mas seu fedor pestilento pode ser sentido, nos novos ataques contra os trabalhadores perpetrados pelo nôvo esbirro da UE: O Sr. Passos Coelho.

A Opressão Fascista

Em 1926, depois de um golpe militar, instaurou-se um Govêrno de ditadura em Portugal.

Apoiada nas forças mais reacionárias, cedo evoluiu para um regime característicamente fascista.

Chamado primeiro para Ministro das Finanças em 1926 e depois para Presidente do Conselho de Ministros em 1932, Salazar estruturou definitivamente o sistema nos moldes fascistas Italianos.

Na Constituição de Mussolini foi buscar os fundamentos do Estado Novo Corporativo, o reforço e a ação prepoderante do poder executivo e a atividade acessória da Assembléia Nacional, o domínio do Partido Único- a União Nacional - , a Câmara corporativa e os organismos corporativos.

Ainda dentro desses mesmos moldes organiza a polícia política, arregimenta a juventude na "Mocidade Portuguesa" e cria a milícia fascista, a "Legião Portuguesa".

Sob a capa de uma ditadura "paternalista e cristã" hipócritamente adapta os violentos processos repressivos do fascismo italiano e do nazismo alemão à situação portuguesa, mantendo-lhes a eficiência, só alterando um pouco a forma, de maneira a torná-los mais discretos perante a opinião pública nacional e internacional.

Assim, jesuíticamente, ergueu um invólucro repressivo que abrange todo o país e penetra em todas as atividades.

A destruição de todas as forças que podem contrariar a "ordem fascista" imposta, é uma preocupação constante da ditadura.

Em 1926 foram proibidos todos os partidos políticos e instituiu-se a Censura. Os Sindicatos livres dos operários foram suprimidos em 1933. Deixou de haver direito à greve e as lutas econômicas são reprimidas brutalmente. Fecharam as cooperativas camponesas. Não há liberdade de imprensa, de reunião, de organização, de expressão de pensamento, embora estas liberdades venham consignadas na Constituição de 1933. Os que discordam da ditadura são perseguidos, demitidos dos emprêgos e muitas vêzes presos e torturados.

Como em todos os regimes fascistas, o ódio do salazarismo à cultura, manifesta-se no fraco e reacionário incremento do ensino, na perseguição aos artistas, cientistas e intelectuais que não se submetem à sua "ordem espiritual", e na existência onipotente da Censura que tem provocado atrasos irreparáveis no desenvolvimento cultural do povo.

Mas a ação nefasta do salazarismo foi mais sentida pelas grandes massas trabalhadoras que em boa parte viveram na miséria. Enquanto nas fábricas e nos campos as condições de exploração aumentavam, os governantes apregoavam estrodosamente a "ordem" e o "bem estar" do povo português. E quando os trabalhadores,  fartos da mentira e da miséria reclamavam democracia e pão, eram espancados, encarcerados e algumas vêzes assassinados.

E tudo isto porque o Govêrno fascista do Salazar era o mandatário dos grandes monopólios e dos grandes latifundiários, defendia os seus interesses a ferro e fogo e garantia-lhes a liberdade de explorarem livremente e sem freios as classes trabalhadoras.

Mantiveram-se no poder por quase 50 anos, a ditadura fascista, embora apoiada numa monstruosa organização repressiva, não pôde quebrar o ânimo do povo na sua luta por um Portugal livre e independente.

E, finalmente, veio o 25 de abril.






* Texto baseado no livro A Resistência em Portugal - Cronicas. Autor Amilcar Gomes Duarte. Edição Felam Rêgo - 1962

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O complexo militar industrial e a energia nuclear

Tortura nas prisões colombianas: sistematismo e impunidade revelam uma lógica de Estado

Campo de Concentração do Tarrafal - o Campo da Morte Lenta