Um mundo sem capitalistas é necessário. A riqueza pertence aos que a produzem!


DECLARAÇÃO DO PRIMEIRO DE MAIO 2012:
A riqueza pertence aos que a produzem! 
Federação Sindical Mundial (FSM)
 
"...mundo de acordo com as nossas necessidades e capacidades. Um mundo de prosperidade, paz e solidariedade fraterna. O único obstáculo que se interpõe no caminho deste progresso é a atividade parasitária dos monopólios – a exploração predadora dos recursos para a produção de riqueza em seu próprio proveito e à custa dos povos e do meio ambiente."

A Federação Sindical Mundial dirige uma fraternal saudação a todos os trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo. O 1.º de Maio é o dia que nos recorda o nosso papel social insubstituível na produção de toda a riqueza no mundo. O 1.º de Maio é o dia que nos recorda o poder invencível que a unidade de classe nos pode proporcionar para mudar o mundo de acordo com as nossas necessidades e capacidades. Um mundo de prosperidade, paz e solidariedade fraterna. O único obstáculo que se interpõe no caminho deste progresso é a atividade parasitária dos monopólios – a exploração predadora dos recursos para a produção de riqueza em seu próprio proveito e à custa dos povos e do meio ambiente.
 

Em tempos de crises capitalistas, sobretudo numa crise profunda e sincronizada como a que enfrentamos hoje, as rivalidades interimperialistas intensificam-se, a sua avidez por mais esferas de influência, pelo controlo sobre os recursos para a produção de riqueza, por maiores mercados e mão-de-obra mais barata é enorme. Tornam-se mais implacáveis na competição. O fogo das guerras imperialistas e dos conflitos causados pelas intervenções imperialistas está a alargar-se e as rivalidades intercapitalistas dão lugar a guerras e conflitos.
 

 O impacto na vida dos povos é dramático:

. 16% da totalidade da população sofre de desnutrição;

. O desemprego aumenta de forma contínua;

. Uma em cada seis pessoas do mundo não tem acesso a água potável;

. Mais de 6 milhões de pessoas não têm casa. Milhões vivem em bairros marginais. Centenas de milhões vivem de arrendamento ou têm de pagar exorbitâncias por empréstimos para ter a sua própria casa;

. 920 milhões de pessoas continuam a ser analfabetas;

. Em 2009, 8,1 milhões de crianças morreram antes de completarem cinco anos de idade;

. Todos os anos, cerca de 2,1 milhões de pessoas em todo o mundo morrem de doenças evitáveis com vacinação;

. Os direitos dos trabalhadores a um salário básico decente, segurança social, serviços públicos gratuitos e de qualidade (educação, saúde, transportes, electricidade) estão a ser minados e atacados;

. A liberdade de associação e as liberdades sindicais em geral estão a ser atacadas;

. Há sindicalistas que são assassinados, presos e despedidos.

Ao contrário, os lucros dos capitalistas aumentam ou permanecem provocadoramente altos.

Em 2010, em plena crise capitalista, as 50 empresas mais rentáveis obtiveram lucros de mais de 715 mil milhões de dólares.

Esta realidade obriga-nos, a todos os trabalhadores do mundo, a um contra-ataque coordenado e militante contra a exploração capitalista e a barbárie, para o cumprimento das necessidades básicas atuais e por um mundo sem exploração do homem pelo homem.

No dia 3 de Outubro de 2012, Dia Internacional de Acção em 2012, vamos lutar organizados com greves, manifestações, mobilizações, atividades em dezenas de países dos cinco continentes, para acabar com a exploração predadora das multinacionais, para exigir o nosso direito a alimentação, água potável, habitação, medicamentos, educação, transportes e serviços públicos gratuitos e de qualidade para todos.

 Um mundo sem trabalhadores é impossível.

Um mundo sem capitalistas é necessário.
 


Texto original no sítio pelosocialismo


O Mafarrico Vermelhoi

 

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