UE- Goldman Sachs, nôvo patrão da Itália, Grécia e BCE

Draghi, Papademos, Monti: o golpe do Goldman Sachs sobre a Europa





Mario Draghi é o novo patrão do Banco Central Europeu (BCE). Loukas Papademos acaba de ser designado Primeiro-ministro grego. Mario Monti é apontado como presidente do conselho italiano. Destes três financeiros formados nos Estados Unidos, dois são ex-responsáveis do sulfuroso banco Goldman Sachs. É razoável recrutar incendiários para bombeiros? Explicações.







O primeiro chama-se Mario Draghi. É diplomado em economia pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (ITM). Foi encarregado das privatizações italianas, de 1993 a 2001. Tornou-se governador do Banco de Itália em 2006. De 1993 a 2006 teve assento em diversos conselhos de administração de bancos. De 2002 a 2006 foi vice-presidente para a Europa do Goldman Sachs, o sulfuroso banco de investimento americano. Acaba de ser nomeado presidente do Banco Central Europeu (BCE).








O segundo chama-se Loukas Papademos. Também é diplomado pelo Instituto de Tecnologia de Massachussets (ITM). Foi professor na Universidade americana de Columbia antes de se tornar conselheiro económico do banco da reserva federal de Boston. De 1994 a 2002 foi governador do Banco da Grécia – posto que ocupava quando a Grécia se “qualificou” para entrar no euro, graças às contas falsificadas pelo Goldman Sachs. Depois, foi vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE). Acaba de ser nomeado, sob pressão da União Europeia e do G20, Primeiro-ministro da Grécia, com o apoio dos dois partidos dominantes.








O terceiro chama-se Mario Monti. É diplomado pela Universidade de Yale. Estudou o comportamento dos bancos em regime de monopólio. Depois, foi comissário europeu durante dez anos, de 1994 a 2004. Primeiro, “no mercado interior e nos direitos aduaneiros” (ou, mais precisamente, na sua supressão), depois na concorrência. Membro da Trilateral e do grupo de Bilderberg – segundo a Wikipédia – foi nomeado conselheiro internacional do Goldman Sachs em 2005.




Acaba de ser nomeado senador vitalício e a União Europeia e o G20 tentam impô-lo como presidente do conselho italiano( Já no cargo ).








São três financeiros europeus (?), três homens da superclasse mundial formados nas universidades americanas e estreitamente ligados ao Goldman Sachs.








“Governo Sachs” aos comandos da Europa?

 



O banco Goldman Sachs é conhecido nos Estados Unidos como “governo Sachs” tal é a sua influência sobre o governo americano. O Secretário do Tesouro de Clinton, Robert Rubin, que procedeu à desregulamentação financeira, veio do Goldman Sachs. Tal como o Secretário do Tesouro de Bush, Hank Paulson, que transferiu para os Estados as dívidas tóxicas dos bancos, durante a crise financeira. O atual presidente do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, gosta de dizer que “faz o trabalho de deus”. Com efeito, Goldman Sachs está no coração da predação financeira e implicado em numerosos escândalos financeiros: o dos “subprimes”, o do engano dos seus clientes (a quem recomendava a compra de produtos financeiros sobre os quais especulava, quando em baixa), o da maquilhagem das contas gregas.








Estes são os homens do Goldman Sachs que, hoje, são colocados nos comandos. Por que meios? E com que fins? Para fazer pagar aos povos as falcatruas dos bancos? Para fazer com que os europeus salvem a América?








Em seis meses – salvo algum imprevisto – os franceses vão eleger um novo presidente da República: seria prudente da sua parte exigir aos três principais candidatos (François Hollande, Marine Le Pen e Nicolas Sarkozy) o compromisso de não imporem como Primeiro-ministro um … ex-Goldman Sachs.





Fonte: Pelo Socialismo – www.pelosocialismo.net



O Mafarrico Vermelho – www.mafarricovermelho.blogspot.com



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