A guarda pretoriana de Dilma e a repressão durante a Copa da Fifa

A guarda pretoriana de Dilma e a repressão durante a Copa da Fifa
por Rafael Gomes Penelas
 
"Cada vez mais o povo brasileiro se dá conta de que esta Copa só vem para beneficiar o grande capital e no seu rastro seus podemos constatar as remoções, a militarização, a violência policial desenfreada e o sofrimento de milhares de famílias pobres. A palavra de ordem ‘Não vai ter Copa!’ ecoou e ecoa nas manifestações de rua de várias cidades brasileiras. Na própria Favela Metrô-Mangueira, como citamos acima, ela foi entoada com vigor.

Alguns grupos de militantes do PT/pecedobê, que há mais de uma década legitimam esta gerência do velho Estado brasileiro, assim como a grande burguesia, também estão preocupados com a realização do megaevento. Para tentar desmerecer os legítimos e justos protestos populares eles tentam apresentar a Copa como algo positivo para o país, chegando a qualificar os manifestantes e os protestos como de “direita” e, em algumas ocasiões, até de “golpistas”. "
 


Os recentes acontecimentos na Favela Metrô-Mangueira, na zona Norte do Rio de Janeiro, foram uma demonstração de como o velho Estado irá tratar as lutas populares em 2014. Neste caso específico, esta comunidade, uma das que resistem há anos contra a remoção, se encontra ocupada pela Polícia Militar para garantir sua destruição visando a construção de um estacionamento como parte das obras do Maracanã. A maior parte da favela já foi demolida, mas as famílias que lá permanecem travaram dias seguidos de resistência contra o aparato repressivo e contra as arbitrariedades do gerenciamento municipal Eduardo Paes.

O caso do Metrô-Mangueira é um dos inúmeros casos de covardia que ocorreram no Rio de Janeiro nos últimos anos, isto sem contar os diversos casos semelhantes que aconteceram por todo o país em nome dos megaeventos da Fifa e da grande burguesia que se aproximam, a Copa e as Olimpíadas.

A preocupação das “autoridades” com a aproximação da Copa do Mundo é evidente, ainda mais tendo o Brasil passado por um grande levante popular há poucos meses atrás, em especial durante a Copa das Confederações, que foi uma prévia dos levantes que virão este ano. E a repressão não contará apenas com as violentas tropas de choque das PMs e as guardas municipais.

Recentemente, a gerência FMI-PT anunciou que vai disponibilizar 10,6 mil soldados da Força “Nacional de Segurança” para incrementar a repressão contra os protestos durante o evento. Os 12 estados que receberão jogos das seleções projetam seus esquemas de “segurança” e poderão requerer a presença da guarda pretoriana de Dilma.

Vale lembrar que esta Força Nacional é a mesma que garantiu a repressão no leilão de Libra no dia 21 de outubro do ano passado, na Barra da Tijuca, assim como, em diversas ocasiões, a repressão contra operários nos canteiros de obras do PAC país afora.

Ano passado, durante a Copa das Confederações, o “governo” federal e a Fifa tiveram que realizar uma reunião emergencial para “resolver” a situação das manifestações. Dilma então se comprometeu em aumentar em 30% o efetivo nos locais de competição e a Força Nacional foi enviada para cinco cidades sedes, com exceção de Brasília, que só recebeu a primeira partida. O resultado disso tudo todos já sabem: bombas, balas de borracha, prisões, manifestantes feridos, etc.

Cada vez mais o povo brasileiro se dá conta de que esta Copa só vem para beneficiar o grande capital e no seu rastro seus podemos constatar as remoções, a militarização, a violência policial desenfreada e o sofrimento de milhares de famílias pobres. A palavra de ordem ‘Não vai ter Copa!’ ecoou e ecoa nas manifestações de rua de várias cidades brasileiras. Na própria Favela Metrô-Mangueira, como citamos acima, ela foi entoada com vigor.

Alguns grupos de militantes do PT/pecedobê, que há mais de uma década legitimam esta gerência do velho Estado brasileiro, assim como a grande burguesia, também estão preocupados com a realização do megaevento. Para tentar desmerecer os legítimos e justos protestos populares eles tentam apresentar a Copa como algo positivo para o país, chegando a qualificar os manifestantes e os protestos como de “direita” e, em algumas ocasiões, até de “golpistas”. Ora, vamos!

 
 
 
 

 
 

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