Cárceres nos Estados Unidos ou sucursais do inferno
Cárceres nos Estados Unidos ou sucursais do inferno
por Javier Rodríguez
Prensa Latina
Havana, 19 mar. (PL) - Cuba foi convertida hoje em alvo de uma campanha mediática, dirigida pelos Estados Unidos, tratando de desvirtuar uma realidade de plena vigência dos direitos humanos e luta pelo mesmo objetivo no resto do planeta.
A investida publicitária, em plena coordenação no exterior com os grupos anticubanos e setores de direita, especialmente norte-americanos e europeus, utiliza argumentos falsos sobre os centros penitenciários da Ilha e o tratamento aos reclusos.
Por suposto, é óbvio que essas instalações na Cuba de hoje têm entre suas principais tarefas trabalhar para a reinserção na sociedade dos sancionados, mediante planos educacionais, trabalho produtivo remunerado e benefícios para os presos de acordo com a sua conduta.
Apesar do que dizem as campanhas mediáticas, nunca ficou registrado nelas um só caso de tortura nem assassinato nem muito menos mortes por maltratos ou falta de assistência médica, qualquer que seja o delito cometido por quem esteja privado de liberdade.
Sem embargo, resulta interessante olhar para a situação carcerária do principal instigador dos ataques a Cuba, Estados Unidos.
Segundo dados oficiais, a cada ano morrem nos cárceres estadunidenses ao redor de sete mil pessoas assassinadas ou por suicídio ao não poder resistir às condições em que cumprem a sua sanção.
Ao final do mandato presidencial de George W. Bush, os verdadeiros armazéns de homens e mulheres que constituem os cárceres norte-americanas guardavam em seu interior 22 mil 480 seres humanos portadores do virus HIV-SIDA.
Não era tão estranho que isso acontecesse, pois quase 5% dos alojados em prisões estaduais e federais sofreram violações, incluindo ataques de outros reclusos e de pessoal do próprio sistema penitenciário.
Ao redor de 200 mil menores são julgados como maiores e uma parte deles vai para a prisão, sem esquecer que alguns são condenados à pena máxima e perdem a vida.
O consumo de drogas e seu comércio dentro das penitenciárias resulta em ser um tema recorrente nos próprios filmes norte-americanos, que muitas vezes reconhecem seus cárceres como verdadeiros infernos na terra.
Se de presos políticos se trata, o exemplo mais recente é o de cinco antiterroristas cubanos presos e sancionados por infiltrar-se em grupos violentos situados nos Estados Unidos, com o próposito de coletar informação que permitisse evitar atos de terrorismo e salvar vidas.
Não só sofreram isolamentos e sanções injustas, como também o rancor político permitiu impedir o contato durante mais de 11 anos de um homem com sua esposa e, durante mutos anos, de um pai com a sua filha, como dos integrantes de esse grupo de revolucionários cubanos.
Realmente, não são necessárias as comparações, e nem sequer o intento de converter presos comuns em patriotas que denunciam supostos abusos nos centros penitencários cubanos pode livrar os Estados Unidos de serem considerados o verdadeiro violador dos direitos humanos.
Fonte: Prensa Latina
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