Israel é um Estado fascista, terrorista, criminoso, racista e fora-da-lei. Há ainda alguma dúvida sobre isto?


Israel é um Estado fascista, terrorista, criminoso, racista e fora-da-lei. Há ainda alguma dúvida sobre isto?


Ramez Philippe Maalouf


Israel é um Estado fascista, terrorista, criminoso, racista e fora-da-lei. Há ainda alguma dúvida sobre isto?

Israel, além de ocupar os territórios palestinos há 61 anos, continua violando, dia e noite, o território e os espaços aéreo e marítimo do Líbano. O objetivo de tais “incursões”, no jargão da mídia racista e ocidental, é gerar uma resposta violenta dos libaneses para dar ao exército de Israel um pretexto para destruir o Líbano e massacrar os libaneses, assim como já fizera em 1969, 1973, 1978, 1981, 1982, 1993, 1996 e 2006.

Em novembro de 2009, o exército libanês, quase sempre ausente na defesa do Líbano, alvejou um avião militar não-tripulado (drone) israelense, que atacou o Líbano. As lideranças israelenses, no entanto, já não escondem que o alvo não é mais o Hizbollah (como no passado a OLP o fora). Para o ministro da defesa, Ehud Barak, o alvo de Israel é o Líbano. Israel já provou que não tem capacidade para ocupar o Líbano, portanto, destruir um país e exterminar um povo é mais fácil que vencer uma guerrilha de resistência.

Fica uma pergunta. O que o mundo diria se, por hipótese, um ministro da Síria ou de qualquer país árabe ou muçulmano dissesse na TV ou na imprensa que Israel é o alvo? Qual seria a reação do Ocidente e do mundo “livre e civilizado”? Certamente, milhares de advogados da causa sionista diriam que “Israel tem o direito de existir e de se defender”.

É mais que conhecida, portanto, a indiferença do Ocidente em relação ao expansionismo nazi-sionista (seria um pleonasmo?) de Israel. O que realmente oferece total segurança aos terroristas israelenses em suas ameaças e a certeza de impunidade de seus crimes não é o Ocidente é o um mundo árabe estilhaçado, aonde não faltam aliados declarados ou não, e a cumplicidade dos demais países vizinhos da região, como Irã e Turquia, que, na retórica, advogam o título de “campeões da causa palestina”, mas que sempre apostam na lógica do “quanto pior, melhor”. A indiferença continua sendo o combustível para o nazismo israelense. Os libaneses (assim como os palestinos) sabem que não podem contar com ninguém para sua defesa, exceto o auxílio da Síria à resistência árabe no sul do Líbano.

Há exatos 40 anos, o Líbano é atacado por Israel. Na primeira vez, em dezembro de 1969, a aviação israelense atacou e destruiu toda aviação civil libanesa, no aeroporto internacional de Beirute. Na invasão terrorista dos israelenses de 1982, apoiada por milícias libanesas, foram mais de 25 mil árabes (palestinos, libaneses e sírios) exterminados pelas tropas de Ariel Sharon. No último ataque terrorista ao território libanês, no verão de 2006, Israel exterminou 1.200 árabes, tendo o apoio velado do Egito, Jordânia, Arábia Saudita e Marrocos. O Irã balbuciou uma resposta, mas preferiu prosseguir o massacre dos iraquianos. Ao mesmo tempo, os assassinos israelenses exterminaram mais de 800 palestinos na Faixa de Gaza. Israel ocupou o Líbano por 22 anos (1978-2000) e só se retirou após uma tenaz resistência árabe (palestina, libanesa e síria) contra os invasores, liderada pelo Hizbollah, após a expulsão da OLP do Líbano, em 1983, que só bem sucedida depois de liquidar um grupo terrorista libanês pró-sionista, o Exército do Sul do Líbano. Ainda assim, somente uma grande parte do sul do Líbano foi desocupada pelos assassinos israelenses, restando, sob as botas dos nazi-sionistas (é um pleonasmo?), as Fazendas de Shebaa.

É inacreditável que em pleno século XXI um Estado possa ameaçar a existência de outro impunemente.
e-mail recebido secretaria geral PCB secretariageral.pcb@gmail.com

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